“Quantos “cariris” cabem no espaço hoje
conhecido pelo mesmo nome? Quantos nomes, vozes e histórias ajudaram a
construí-lo como lugar incomum e plural para tantas gerações de intelectuais, artistas,
políticos e religiosos? Cariri, espaço simbólico, monumentalizado em
narrativas, cantado e poetizado por homens como José Bernardino da Silva,
Patativa do Assaré, Manoel Caboclo; esculpido em formas belas e estranhas como
as da escola de artistas populares inaugurada por Noza, Ciça do Barro Cru, Nino
e tantos outros que se destacaram ao longo do século XX; xilogravado por
Stêncio Diniz, José Lourenço, Nilo, dentre outros. Tantas cores, palavras e
nuances que, encontrar uma síntese de definição tem sido tarefa complexa a qual
muitos dedicaram a vida.” (MENESES, Sônia. Apresentação do livro Cariri,
Cariris: outros olhares sobre um lugar (in) comum. MENESES, Sônia (org.).
Crato: Universidade Regional do Cariri (URCA); Recife: Imprima, 2016.
Considerando o trecho acima da historiadora Sônia Meneses, é correto afirmar
sobre o Cariri e sua história e território: