Questões de Vestibular URCA 2019 para Vestibular - Prova II - História \ Geografia \ Português \ espanhol

Foram encontradas 15 questões

Q1313935 Português

Texto (fragmento) pra questão.


Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio

E tivesse só o céu por cima e a água por baixo...

Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro

E que ele me batesse e me estimasse...

Antes isso que ser o que atravessa a vida

Olhando para trás de si e tendo pena... 

O fragmento acima é parte da Obra do heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro. São características de Caeiro e que estão presentes no texto, exceto:
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Q1313936 Português

Texto (fragmento) pra questão.


Quem me dera que eu fosse os choupos à margem do rio

E tivesse só o céu por cima e a água por baixo...

Quem me dera que eu fosse o burro do moleiro

E que ele me batesse e me estimasse...

Antes isso que ser o que atravessa a vida

Olhando para trás de si e tendo pena... 

O sentimento expresso nos últimos dois versos do fragmento acima transcrito remete a uma ideia de:
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Q1313937 Português

Leia o fragmento a seguir e marque a opção que se encontra de acordo com as ideias presentes no texto:


Hoje, como no passado, a tarefa mais importante e também mais difícil na criação de uma criança é ajudá-la a encontrar significado na vida. Muitas experiências são necessárias para se chegar a isso. A criança. à medida que se desenvolve, deve aprender passo a passo a se entender melhor; com isto, torna-se mais capaz de entender os outros, e eventualmente pode-se relacionar com eles de forma mutuamente satisfatória e significativa.

Para encontrar um significado mais profundo, devemos ser capazes de transcender os limites estreitos de uma existência autocentrada e acreditar que daremos uma contribuição significativa para a vida - senão imediatamente agora, pelo menos em algum tempo futuro. Este sentimento é necessário para uma pessoa estar satisfeita consigo mesma e com o que está fazendo. Para não ficar à mercê dos acasos da vida, devemos desenvolver nossos recursos interiores, de modo que nossas emoções, imaginação e intelecto se ajudem e se enriqueçam mutuamente. Nossos sentimentos positivos dão-nos força para desenvolver nossa racionalidade; só a esperança no futuro pode sustentar-nos nas adversidades que encontramos inevitavelmente.

(BETTELHEIM, Bruno. A psicanálise nos contos de fadas.)

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Q1313938 Português

De origem na Grécia, a palavra crase significa mistura ou fusão. Na língua portuguesa, a crase indica a contração de duas vogais idênticas, mais precisamente, a fusão da preposição a com o artigo feminino a e com o a do início de pronomes. Sempre que houver a fusão desses elementos, o fenômeno será indicado por intermédio da presença do acento grave, também chamado de acento indicador de crase.

Para usar corretamente o acento indicador de crase, é necessário compreender as situações de uso nas quais o fenômeno está envolvido. Aprender a colocar o acento depende, sobretudo, da verificação da ocorrência simultânea de uma preposição e um artigo ou pronome.

(https://portugues.uol.com.br/gramatica/cinco-dicassimples-sobre-uso-crase.html)


Observe o excerto retirado do fragmento anterior: A criança. à medida que se desenvolve, deve aprender passo a passo a se entender melhor.


Compreende a mesma regra do acento grave:

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Q1314128 Português
Venenos de Deus, remédios do diabo: as
      incuráveis vidas de Vila Cacimba

– Noutro dia, você zangou-se comigo porque eu não o chamava pelo seu nome inteiro. Mas eu conheço o seu segredo.
– Não tenho segredos. Quem tem segredos são as mulheres.
– O seu nome é Tsotsi. Bartolomeu Tsotsi.
– Quem lhe contou isso? De certeza que foi o cabrão do Administrador. 
Acabrunhado, Bartolomeu aceitou. Primeiro, foram os outros que lhe mudaram o nome, no baptismo. Depois, quando pôde voltar a ser ele mesmo, já tinha aprendido a ter vergonha de seu nome original. Ele se colonizara a si mesmo. E Tsotsi dera origem a Sozinho [Bartolomeu Sozinho].
– Eu sonhava ser mecânico, para consertar o mundo. Mas aqui para nós que ninguém nos ouve: um mecânico pode chamar-se Tsotsi?
– Ini nkabe dziua.
– Ah, o Doutor já anda a aprender a língua deles?
– Deles? Afinal, já não é a sua língua?
– Não sei, eu já nem sei...
O português confessa sentir inveja de não ter duas línguas. E poder usar uma delas para perder o passado. E outra para ludibriar o presente. 
– A propósito de língua, sabe uma coisa, Doutor Sidonho? Eu já me estou a desmulatar.
E exibe a língua, olhos cerrados, boca escancarada. O médico franze o sobrolho, confrangido: a mucosa está coberta de fungos, formando uma placa esbranquiçada.
– Quais fungos? – reage Bartolomeu. – Eu estou é a ficar branco de língua, deve ser porque só falo português...
O riso degenera em tosse e o português se afasta, cauteloso, daquele foco contaminoso. [...]
O médico olha para o parapeito e estremece de ver tão frágil, tão transitório aquele que é seu único amigo em Vila Cacimba. O aro da janela surge como uma moldura da derradeira fotografia desse teimoso mecânico reformado.
– Posso fazer-lhe uma pergunta íntima?
– Depende – responde o português.
– O senhor já alguma vez desmaiou, Doutor?
– Sim.
– Eu gostava muito de desmaiar. Não queria morrer sem desmaiar.
O desmaio é uma morte preguiçosa, um falecimento de duração temporária. O português, que era um guarda-fronteira da Vida, que facilitasse uma escapadela dessas, uma breve perda de sentidos. 
– Me receite um remédio para eu desmaiar.
O português ri-se. Também a ele lhe apetecia uma intermitente ilucidez, uma pausa na obrigação de existir.
– Uma marretada na cabeça é a única coisa que me ocorre. Riem-se. Rir junto é melhor que falar a mesma língua. Ou talvez o riso seja uma língua anterior que fomos perdendo à medida que o mundo foi deixando de ser nosso. [...]

(COUTO, Mia. Venenos de Deus, remédios do diabo: as incuráveis vidas de Vila Cacimba. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, pp. 110-113)
“Identidade nacional representa um conjunto de sentimentos que fazem com que um indivíduo se sinta parte de uma sociedade ou nação. A língua é um importante elemento na constituição da identidade de um povo. Ela permite reconhecer membros da comunidade, diferenciar estrangeiros e transmitir tradições”. Das proposições a seguir, marque a que não aparece o sentimento de não pertencimento:
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Respostas
11: C
12: D
13: A
14: B
15: A