Questões de Vestibular URCA 2019 para Vestibular - Prova II - História \ Geografia \ Português \ Inglês

Foram encontradas 9 questões

Q1314124 Português
Caboclo Roceiro, das plaga do Norte/ Que vive sem sorte, sem terra e sem lar/ A tua desdita é tristonho que canto/ Se escuto o meu pranto me ponho a chorar.
Este fragmento pertence ao poema Caboclo Roceiro, de um(a) expressivo(a) representante da nossa Literatura. Ao dá voz ao clamor do povo representa as figuras sociais do camponês, do agregado sem terra, do vaqueiro, da pessoa que vive nas margens das camadas sociais; a linguagem do(A) poeta realiza um vasto material para a pesquisa sociológica e esteticamente é a consumação de algo muito diverso daquilo que acontece quando poetas de outra extração social vem falar destas mesmas personagens. O poema e as informações referem-se a:
Alternativas
Q1314125 Português
Em ABC da Literatura, Ezra Poud afirma que “literatura é a linguagem carregada de significado. Grande literatura é simplesmente a linguagem carregada de significado até o máximo grau possível.” No fragmento: E eu vi por tantas cantigas e luas e pontas de ruas meu verso voar, do poeta Cleilson Pereira Ribeiro, temos:
Alternativas
Q1314127 Português
Observe o poema a seguir e marque a opção correta:
“Portugal colonial” Nada te devo nem o sítio onde nasci
nem a morte que depois comi nem a vida
repartida p'los cães nem a notícia
curta a dizer-te que morri
nada te devo Portugal Colonial
cicatriz doutra pele apertada
(David Mestre, poeta angolano. In: DÁSKALOS, M. A.; APA, L.; BARBEITOS, A. Poesia africana de língua portuguesa: antologia. Rio de Janeiro: Lacerda Editores, 2003, p. 104.)

Alternativas
Q1314128 Português
Venenos de Deus, remédios do diabo: as
      incuráveis vidas de Vila Cacimba

– Noutro dia, você zangou-se comigo porque eu não o chamava pelo seu nome inteiro. Mas eu conheço o seu segredo.
– Não tenho segredos. Quem tem segredos são as mulheres.
– O seu nome é Tsotsi. Bartolomeu Tsotsi.
– Quem lhe contou isso? De certeza que foi o cabrão do Administrador. 
Acabrunhado, Bartolomeu aceitou. Primeiro, foram os outros que lhe mudaram o nome, no baptismo. Depois, quando pôde voltar a ser ele mesmo, já tinha aprendido a ter vergonha de seu nome original. Ele se colonizara a si mesmo. E Tsotsi dera origem a Sozinho [Bartolomeu Sozinho].
– Eu sonhava ser mecânico, para consertar o mundo. Mas aqui para nós que ninguém nos ouve: um mecânico pode chamar-se Tsotsi?
– Ini nkabe dziua.
– Ah, o Doutor já anda a aprender a língua deles?
– Deles? Afinal, já não é a sua língua?
– Não sei, eu já nem sei...
O português confessa sentir inveja de não ter duas línguas. E poder usar uma delas para perder o passado. E outra para ludibriar o presente. 
– A propósito de língua, sabe uma coisa, Doutor Sidonho? Eu já me estou a desmulatar.
E exibe a língua, olhos cerrados, boca escancarada. O médico franze o sobrolho, confrangido: a mucosa está coberta de fungos, formando uma placa esbranquiçada.
– Quais fungos? – reage Bartolomeu. – Eu estou é a ficar branco de língua, deve ser porque só falo português...
O riso degenera em tosse e o português se afasta, cauteloso, daquele foco contaminoso. [...]
O médico olha para o parapeito e estremece de ver tão frágil, tão transitório aquele que é seu único amigo em Vila Cacimba. O aro da janela surge como uma moldura da derradeira fotografia desse teimoso mecânico reformado.
– Posso fazer-lhe uma pergunta íntima?
– Depende – responde o português.
– O senhor já alguma vez desmaiou, Doutor?
– Sim.
– Eu gostava muito de desmaiar. Não queria morrer sem desmaiar.
O desmaio é uma morte preguiçosa, um falecimento de duração temporária. O português, que era um guarda-fronteira da Vida, que facilitasse uma escapadela dessas, uma breve perda de sentidos. 
– Me receite um remédio para eu desmaiar.
O português ri-se. Também a ele lhe apetecia uma intermitente ilucidez, uma pausa na obrigação de existir.
– Uma marretada na cabeça é a única coisa que me ocorre. Riem-se. Rir junto é melhor que falar a mesma língua. Ou talvez o riso seja uma língua anterior que fomos perdendo à medida que o mundo foi deixando de ser nosso. [...]

(COUTO, Mia. Venenos de Deus, remédios do diabo: as incuráveis vidas de Vila Cacimba. São Paulo: Companhia das Letras, 2008, pp. 110-113)
“Identidade nacional representa um conjunto de sentimentos que fazem com que um indivíduo se sinta parte de uma sociedade ou nação. A língua é um importante elemento na constituição da identidade de um povo. Ela permite reconhecer membros da comunidade, diferenciar estrangeiros e transmitir tradições”. Das proposições a seguir, marque a que não aparece o sentimento de não pertencimento:
Alternativas
Q1314130 Português
Aquilo que na atualidade é entendido por Cultura geralmente não passa de uma Indústria Cultural. Observe o diálogo existente entre a afirmação dada e a tirinha a seguir; em seguida marque a opção que não está de acordo com as mensagens aqui expostas:
Imagem associada para resolução da questão
Alternativas
Respostas
1: B
2: D
3: E
4: A
5: D