Questões de Vestibular UNICAMP 2024 para Vestibular
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Maria era uma boa moça Pra turma lá do Gantois* Era Maria vai com as outras Maria de coser, Maria de casar Porém o que ninguém sabia É que tinha um particular Além de coser, além de rezar Também era Maria de pecar (Fragmento da canção Maria vai com as outras, de Vinícius de Moraes e Toquinho, gravada em 1971.) ------
* Um dos principais terreiros de candomblé da cidade de Salvador. Pronuncia-se gantoá
A partir da forma e do significado da expressão “maria vai com as outras”, podemos afirmar que
*Legenda das falas do último quadrinho:
“Quantos títulos eu tenho? / Quem foi meu avô?”
(Quadrinhos de Wesley Samp. Disponível em https://westrips.com.br/author/wesleysamp/. Acesso em 04/05/2024.)
*Legenda das falas do último quadrinho:
“Quantos títulos eu tenho? / Quem foi meu avô?”
(Quadrinhos de Wesley Samp. Disponível em https://westrips.com.br/author/wesleysamp/. Acesso em 04/05/2024.)
(SANTOS, Antônio Bispo dos. A terra dá, a terra quer. São Paulo: UBU/Piseagrama, p. 24, 2023.)
Considerando o ponto de vista apresentado no texto de Antônio Bispo dos Santos sobre os “tipos de pessoa”, a personagem que fala nos quadrinhos de Wesley Samp pode ser caracterizada como alguém que
Macetar, verbo transitivo: “golpear (alguém ou algo) com maceta ou macete, um martelo de cabo curto”. A definição está nos dicionários, mas o carnaval, como de praxe, mascarou o significado a seu bel-prazer. O coro da multidão que acompanhou Ivete Sangalo na abertura da folia de Salvador comprova que essa é a época ideal para enriquecer o vocabulário. Música gravada pela cantora baiana com participação de Ludmilla, “Macetando” despontou como hit nacional ao encher a boca do povo com o refrão-chiclete: “Ah, bebê, é a Veveta que tá no comando / Macetando, macetando, macetando...”.
(Adaptado de CUNHA, G. Qual o macete de ‘macetando’? O Globo (versão online), 10/02/2024.)
Na letra da música em questão, um dos aspectos que contribuem para o mascaramento do significado de macetar é
O “duplo sentido” a que o autor se refere está relacionado a uma
O Gato apenas sorriu ao avistá-la. Alice achou que ele parecia afável. Mas como tinha garras muito compridas e dentes bem graúdos, sentiu que devia tratá-lo com respeito. – Gatinho de Cheshire – começou a dizer timidamente, sem ter certeza se ele gostaria de ser tratado assim, mas ele apenas abriu um pouco mais o sorriso. “Ótimo, parece que ele gostou”, pensou ela, e prosseguiu: – Podia me dizer, por favor, qual é o caminho para sair daqui? – Isso depende muito do lugar para onde você quer ir – disse o Gato. – Não me importa onde... – disse Alice. – Nesse caso não importa por onde você vá – disse o Gato. – ...conquanto que eu chegue a algum lugar – acrescentou Alice como explicação. – É claro que isso acontecerá – disse o Gato –, desde que você ande por algum tempo.
(CARROLL, L. Aventuras de Alice no país das maravilhas. Tradução de Sebastião Uchoa Leite. São Paulo: Editora 34, p. 68-69, 2016.)
A partir da leitura do trecho e da compreensão do todo da narrativa, pode-se afirmar que o excerto é um exemplo
Num país em que, com tanta facilidade, se fabricam manipansos milagrosos, ídolos aterradores e deuses onipotentes, causa pasmo que a Secretaria dos Cultos não seja tão conhecida como a da Viação. Há, entretanto, nela, no seu Museu e nos seus registros, muita cousa interessante e digna de exame.
Foi, por ocasião de desempenhar-me da incumbência do meu diretor, que vim a conhecer Gonzaga de Sá, afogado num mar de papeis, na seção de “alfaias, paramentos e imagens”, informando muito seriamente a consulta do vigário de Sumaré, versando sobre o número de setas que devia ter a imagem de S. Sebastião.
(BARRETO, Lima. Vida e morte de M. J. Gonzaga de Sá. São Paulo: Edição da Revista do Brasil, p. 17, 1919.)
A partir dessa citação e da leitura do romance, é correto afirmar que Lima Barreto usa a personagem Gonzaga de Sá para
“Lembro-me ainda do temor de minha mãe nos dias de fortes chuvas. Em cima da cama (...) ela nos protegia com seu abraço (...). Nesses momentos os olhos de minha mãe se confundiam com os olhos da natureza. Chovia, chorava! Chorava, chovia! Então, por que eu não conseguia lembrar a cor dos olhos dela?” (EVARISTO, Conceição. Olhos D’água. Rio de Janeiro: Pallas; Fundação Biblioteca Nacional, p. 17-18, 2016.)
A partir da leitura dos trechos e da compreensão do todo da narrativa, podemos afirmar que, comparativamente, os textos exprimem,
(ABREU, Caio Fernando. Além do ponto. Morangos Mofados. São Paulo: Companhia das Letras, p. 42, 2019.)
No conto “Além do ponto”, observa-se que o contraste entre o “eu”, personagem que deseja, e o “ele”, personagem imaginado,
“Foi ali que eu atinei que tinha algo na perspectiva dos povos indígenas, em nosso jeito de observar e pensar, que poderia abrir uma fresta de entendimento nesse entorno que é o mundo do conhecimento. Naquele tempo eu comecei a visitar as florestas (...) e, por todos os lados, os pajés diziam: ‘vocês precisam tomar cuidado porque o mundo dos brancos está invadindo a nossa existência.’ Invadindo.”.
(KRENAK, A. A vida não é útil. São Paulo: Companhia das Letras, p. 35-36, 2020.)
No trecho, as preocupações dos pajés evocam
Leia os versos da canção “Silêncio de um cipreste” – composição de Cartola e Carlos Cachaça.
Todo mundo tem o direito
De viver cantando.
O meu único defeito
É viver pensando
Em que não realizei
E é difícil realizar.
Se eu pudesse dar um jeito
Mudaria o meu pensar.
O pensamento é uma folha desprendida
Do galho de nossas vidas
Que o vento leva e conduz,
É uma luz vacilante e cega,
É o silêncio do cipreste
Escoltado pela cruz.
Nesta canção, é possível afirmar que o eu-lírico