Questões de Vestibular UFJF 2018 para Vestibular, 1º Dia - Módulo II
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Leia o texto e responda:
Segundo pesquisa do IBGE, a proporção de famílias formadas por casais sem filhos cresceu 33% no Brasil entre 2004 e 2013. Ao longo desse período, houve queda de 13,7% na proporção dos casais com filhos (de 50,9% para 43,9%). Já o número de casais sem herdeiros cresceu de 14,6% para 19,4%. Em 2013, um em cada cinco casais brasileiros não tinha filhos, de acordo com a Síntese de Indicadores Sociais 2014.
A tendência de queda no número da taxa de natalidade não é nova. O número de filhos por mulher vem se reduzindo desde a década de 1960, a exemplo do que ocorreu também em vários outros países. Se em 1970 as brasileiras tinham, em média, 5,8 filhos, hoje esse número não chega a 2. O número de nascimentos caiu 13,3% entre 2000 e 2012, quando o número de filhos por mulher foi de 1,77 - contra 2,29 em relação ao período anterior.
(Texto adaptado. Disponível em: <https://brasil.elpais.com/brasil/2015/02/17/politica/1424196059_041074.html>. Acesso em: 05 ago. 2018.)
As mudanças verificadas no Brasil, apresentadas na reportagem, ocasionam qual comportamento demográfico?
Observe o gráfico abaixo sobre produção agrícola no Brasil e escolha a opção que o descreve:
Pesquisa diz que SP não é apenas metrópole de serviços
17 de fevereiro de 2008
Uma pesquisa da Fundação SEADE apontou que a anunciada fuga da indústria da Região Metropolitana de São Paulo para o interior é um movimento limitado a um raio de cem quilômetros. O “interior”, no caso, é uma mancha geográfica extremada pelas regiões de Campinas, São José dos Campos, Sorocaba e Baixada Santista. Houve um rearranjo interno, em que municípios como Campinas, Guarulhos, Osasco, Barueri e São José dos Campos ganharam peso, enquanto São Paulo perdeu. Mas a metrópole paulista é, ainda, uma região que tem seu dinamismo econômico conferido pela indústria: por conta da concorrência trazida pela abertura ao comércio exterior, que obrigou o enxugamento de custos, as indústrias passaram a priorizar seu produto principal, terceirizando inúmeras atividades de apoio. O desenvolvimento de tecnologias de informação e comunicação viabilizou o surgimento de prestadoras de serviços organizadas de forma similar à indústria e que se tornaram elos de cadeias produtivas.
(Texto adaptado. Disponível em: <http://saopaulo.sp.gov.br>. Acesso em: 20 ago. 2018.)
Com relação ao fato apresentado no fragmento acima, é CORRETO afirmar que:
“Troco um carro novo com tanque vazio por um usado com tanque cheio! E um amigo troca um rim por 1 litro de gasolina. E outro troca a sogra por 1 litro de gasolina. E pode ficar com a gasolina! Rarará!
O Meirelles aumenta a gasolina porque que a gente não tem posto, só levado! Rarará!
E o chargista Brum: ‘Saudades de entrar num posto e gritar COMPLETA!’. Vamos na banguela! Rarará!”
(SIMÃO, José. E a gasolina! Nóis vai na banguela! Folha de São Paulo, São Paulo, 22 mai. 2018. Ilustrada, p.C5. Disponível em:<https://www1.folha.uol.com.br/colunas/josesimao/2018/05/e-a-gasolina-nois-vai-na-banguela.shtml> . Acesso em: 20 ago. 2018.)
Em 19 de maio de 2018 entrou em vigor o quinto reajuste diário consecutivo do diesel: a Petrobras elevou os preços desse combustível em 0,80% e os da gasolina em 1,34% nas refinarias. Como consequência, dois dias depois, os caminhoneiros e as transportadoras paralisaram a circulação de cargas no país, movimento que durou 10 dias, sendo classificado por alguns como greve e, por outros, como locaute. Os impactos foram atrozes para a economia do país, bem como para toda população que vivenciou o desabastecimento de combustíveis e alimentos, a paralisação de aeroportos, dentre outros problemas.
(Texto adaptado. Disponível em<https://g1.globo.com/economia/noticia/cronologia-greve-dos-caminhoneiros.ghtml>: . Acesso em: 20 ago. 2018.)
Sobre a greve dos caminhoneiros de 2018 no Brasil, pode-se afirmar que:
Leia o texto abaixo e marque a opção CORRETA:
Em análise sobre os anos 1980, BRUNO (2002) mencionava o filme O ovo da serpente (1977), de Ingmar Bergman, obra que associava o momento político da Alemanha nos anos 1920 ao amadurecimento do nazismo. A autora identificava o aumento da violência no campo e a multiplicação dos grupos de defesa da propriedade como sinais de que “algo estava no ar”. [...] Três décadas após a redemocratização no Brasil, a serpente já se arrasta e o ar da democracia torna-se mais rarefeito. Paradoxalmente, aqueles grupos que se mobilizavam em torno da União Democrática Ruralista (UDR) ganharam força simbólica no Congresso, se institucionalizaram – principalmente na Frente Parlamentar da Agropecuária (vulgo “bancada ruralista”) – e conseguem, nesses espaços institucionais, terreno fértil para a redução de direitos sociais.
Essa frente parlamentar foi decisiva na derrubada da presidente Dilma Rousseff, em 2016, e na manutenção, nesse mesmo ano, do presidente Michel Temer no poder. Mais do que isso: diante dos serviços prestados, esses deputados e senadores vêm protagonizando uma pedalada autoritária contra os povos originários e tradicionais do Brasil, por meio da criminalização – como nas CPIs da Funai e do Incra – e da tentativa de eliminação, de apagamento das expressões no campo que não sejam aquelas do agronegócio. A campanha “O Agro é Pop”, da Rede Globo, elimina a palavra “negócio” e celebra um modelo que os políticos buscam tornar cada vez mais hegemônico no Congresso. Os modelos camponês e indígena são invisibilizados.
(Texto adaptado. CASTILHO, Alceu. A serpente fora do ovo: a frente do agronegócio e o supremacismo ruralista. Revista OKARA, v. 12, n. 2, UFPB, 2018. Disponível em: <http://www.periodicos.ufpb.br/ojs2/index.php/okara/article/view/41337/20731> . Acesso em: 19 ago. 2018.)