Questões de Vestibular UEL 2017 para Vestibular
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Leia a charge a seguir.
(Disponível em: <https://www.revistaforum.com.br/mariafro/2012/05/24/ laerte-dia-do-orgulho-reacionario/>. Acesso em: 15 jun. 2017.)
A charge remete a um conjunto de questões que apontam,
senão para a morte, ao menos para o refluxo
do espírito democrático na modernidade, em diversos
países. Nessas manifestações, verifica-se
Para realizar Anotações a partir de Caspar David Friedrich, Renata De Bonis, ao invés de focar-se na imensidão atemporal das paisagens, capturou a sonoridade dos ambientes, a parte que existia apenas como imaginação projetada sobre a visualidade enquadrada. As faixas de som gravadas nas locações de Friedrich, então, tornaram-se substrato para esta sinestésica instalação sonora. (Adaptado de: MIYADA,P.; ARDUI, O. Texto curatorial - Arte Atual Festival - Quadro, Desquadro, Requadro. Instituto Tomie Ohtake: São Paulo, 2016. Disponível em: <http://www.institutotomieohtake.org.br/curadoria/ post/arte-atual-quadro-desquadro-requadro>. Acesso em: 27 mar. 2017.)
(Renata De Bonis, Vista geral da instalação Monge Diante do Mar [da série Anotações a partir de Caspar David Friedrich], 2015/2016. Captação sonora realizada à beira mar na Ilha de Rügen em paisagem retratada por Friedrich, instalação sonora composta por dez canais e diversos elementos coletados no local. )
(Caspar David Friedrich, Der Mönch am Meer / Monge Diante do Mar, óleo sobre tela, 171 x 110cm, 1809 Disponível em: <http://www.smb.museum/ausstellungen/detail/dermoench-ist-zurueck.html>. Acesso em: 27 mar. 2017.)
É magnífico, na infinita solidão de uma beira mar, sob um céu velado, levar o olhar até uma imensa extensão de água deserta. É necessário, para isso, uma pretensão dirigida pelo coração e uma privação, se posso me exprimir assim, imposta pela natureza. [...] Mas diante do quadro isso é impossível, e o que eu supunha encontrar no próprio quadro encontrei-o de antemão entre o quadro e mim mesmo - ao mesmo tempo uma pretensão que meu coração dirigia ao quadro e uma privação que o quadro mesmo me impunha. E é assim que me tornei, eu mesmo, o monge, o quadro tornou-se a duna [...]. Não há nada de mais triste e mais penoso do que uma tal situação no mundo: ser a única flâmula de vida no imenso império da morte, o centro solitário de um círculo solitário. (Adaptado de: KLEIST, H. V. Impressões diante de uma paisagem marinha de Friedrich. Petitis écrits. Paris: Le Promeneur, 1999. p. 199-200. (1a. edição 1810).
Com base nos textos, nas figuras e nos conhecimentos sobre arte contemporânea, considere as afirmativas a seguir.
I. Ao construir a instalação por meio dos sons e da reprodução da imagem da pintura de Caspar David Friedrich, Renata De Bonis reitera sentidos, dialoga com a obra do artista romântico e atualiza o conceito de paisagem. II. A grandiloquência do texto de Heinrich von Kleist se transfigura na ação da artista; embora o procedimento seja o de apropriação e de citação, isso está para além do plano da imagem: De Bonis empreendeu um conjunto de ações no tempo e no espaço. III. O que caracteriza o trabalho de De Bonis como instalação é o conjunto de procedimentos e de deslocamento que a artista adota, assim como as materialidades que coleta para constituir, como obra, o próprio ambiente. IV. O tempo entre a pintura de Caspar David Friedrich e a instalação de Renata De Bonis, assim como as diferenças técnicas entre ambas, indicam o sentido da evolução da arte e, do mesmo modo, da compreensão do homem acerca da vida.
Assinale a alternativa correta.