Questões de Vestibular Esamc 2016 para Vestibular - Primeiro Semestre

Foram encontradas 14 questões

Ano: 2016 Banca: Esamc Órgão: Esamc Prova: Esamc - 2016 - Esamc - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1369187 Português
O trecho abaixo narra a morte da cachorra Baleia, por Fabiano. Nesta cena, pode-se perceber o instinto animalesco de sobrevivência da personagem pelo trecho:
Caiu antes de alcançar essa cova arredada. Tentou erguer-se, endireitou a cabeça e estirou as pernas dianteiras, mas o resto do corpo ficou deitado de banda. Nesta posição torcida, mexeu-se a custo, ralando as patas, cravando as unhas no chão, agarrando-se nos seixos miúdos. Afinal esmoreceu e aquietou-se junto às pedras onde os meninos jogavam cobras mortas. Uma sede horrível queimava-lhe a garganta. Procurou ver as pernas e não as distinguiu: um nevoeiro impedia-lhe a visão. Pôs-se a latir e desejou morder Fabiano. Realmente não latia: uivava baixinho, e os uivos iam diminuindo, tornavam-se quase imperceptíveis. Como o sol a encandeasse, conseguiu adiantar-se umas polegadas e escondeu-se numa nesga de sombra que ladeava a pedra. Olhou-se de novo, aflita. Que lhe estaria acontecendo? O nevoeiro engrossava e aproximava-se.
(RAMOS, Graciliano. Vidas Secas. Editora Record, São Paulo: p. 88-89)
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Ano: 2016 Banca: Esamc Órgão: Esamc Prova: Esamc - 2016 - Esamc - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1369188 Português
Ainda sobre o trecho acima, é correto:
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Ano: 2016 Banca: Esamc Órgão: Esamc Prova: Esamc - 2016 - Esamc - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1369189 Português
O trecho abaixo pertence ao conto “Conversa de bois”, do livro Sagarana, de Guimarães Rosa, cujo recurso narrativo é o diálogo entre boisde-carga, que conversam entre si enquanto trabalham:
    Todavia, ninguém boi tem culpa de tanta má-sorte, e lá vai ele tirando, afrontado pela soalheira, com o frontispício abaixado, meio guilhotinado pela canga-de-cabeçada, gangorrando no cós da brocha de couro retorcido, que lhe corta em duas a barbela; pesando de-quina contra as mossas e os dentes dos canzis hiselados; batendo os vazios; arfando ao ritmo do costelame, que se abre e fecha como um fole; e com o focinho, glabro, largo e engraxado, vazando baba e pingando gotas de suor. Rebufa e sopra:     — Nós somos bois... Bois-de-carro.. Os outros, que vêm em manadas, para ficarem um tempo-das-águas pastando na invernada, sem trabalhar, só vivendo e pastando, e vão-se embora para deixar lugar aos novos que chegam magros, esses todos não são como nós...      — Eles não sabem que são bois... — apoia enfim Brabagato, acenando a Capitão com um esticão da orelha esquerda.
(ROSA, João Guimarães. “Conversa de bois”. Sagarana. Editora Nova Aguilar, Rio de Janeiro, p. 214.)

No trecho citado, há uma diferenciação entre os “bois-de-carro” e os “outros, que vêm em manadas”. De acordo com o boi Brabagato, estes “outros” “não sabem que são bois…”. Brabagato presumiu isso, pois:
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Ano: 2016 Banca: Esamc Órgão: Esamc Prova: Esamc - 2016 - Esamc - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1369190 Português

Leia o diálogo a seguir:


     Dormir é com o Seu Soronho, escanchado beato, logo atrás do pigarro.

     De lá do coice, voz nasal, cavernosa, rosna Realejo. E todos falam.

     — Se o carro desse um abalo maior...

     — Se nós todos corrêssemos, ao mesmo tempo...

     — O homem-do-pau-comprido rolaria para o chão.

     — Ele está na beirada...— Está cai-não-cai, na beiradinha...

     — Se o bezerro, lá na frente, de repente gritasse, nós teríamos de correr, sem pensar, de supetão...

    — E o homem cairia...— Daqui a pouco... Daqui a pouco...— Cairia... Cairia... — Agora! Agora!— Môung! Mûng!— ...rolaria para o chão.

     — Namorado, vamos!!!...

    Tiãozinho deu um grito e um salto para o lado, e a vara assobiou no ar... 

    E os oito bois das quatro juntas se jogaram para diante, de uma vez... E o carro pulou forte, e craquejou, estrambelhado, com um guincho do cocão.

    — Virgem, minha Nossa Senhora!... Ôa, ôa, boi!... Ôa, meu Deus do céu!...

    Agenor Soronho tinha o sono sereno, a roda esquerda lhe colhera mesmo o pescoço, e a algazarra não deixou que se ouvisse xingo ou praga — assim não se pôde saber ao certo se o carreiro despertou ou não, antes de desencarnar.


(ROSA, João Guimarães. “Conversa de bois”. Sagarana.

Editora Nova Aguilar, Rio de Janeiro, p. 234-235.)



O trecho acima, do conto “Conversa de bois”, de Guimarães Rosa, além da consciência dos bois, que dialogam entre si, revela a seguinte ação contra um homem, que está dormindo e é carregado por estes bois:

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Respostas
9: D
10: B
11: A
12: B