Texto 3
Um dos maiores mitos propagados por aí é o de que dois raios não caem no mesmo lugar. Mas não dê ouvidos a
tudo o que lhe dizem. Em áreas de grande incidência, podem cair não somente dois, mas diversos raios. Prova disso
é o Cristo Redentor, agraciado por seis raios por ano, em média, de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de
Pesquisas Espaciais). E o Empire State Building, em Nova York, que recebe 25 descargas, sendo que já aconteceu
de o topo do prédio ser atingido oito vezes em apenas oito minutos.
A chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa, em termos estatísticos: é menor do que
um para um milhão. O que não é motivo para baixar a guarda. Se você estiver em uma área descampada (como uma
praia ou campo de futebol) durante uma tempestade forte, a probabilidade é bem maior: de um para mil. Isso porque
o seu corpo acaba se transformando em para-raios nessas situações.
Raios são descargas elétricas de grande intensidade que conectam as nuvens de tempestade e o solo. Ou seja:
para que eles ocorram, é necessário haver uma nuvem carregada de partículas com carga negativa (geradas pelo
choque das partículas de gelo) e um solo repleto de partículas com carga positiva. Como os campos elétricos
costumam se acumular em extremidades, não é de se estranhar que arranha-céus, monumentos pontiagudos,
copas de árvores e cabeças sejam mais vulneráveis.
É bom lembrar que relâmpago é o nome genérico que se dá às descargas elétricas, mas os raios são só os que se
conectam ao solo. E o trovão? É o som produzido pelo ar que se aquece e se expande rapidamente na região em
que circula a corrente elétrica do raio.
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