É particularmente no Oeste da província de São Paulo – o Oeste de 1840, não o de 1940 – que
os cafezais adquirem seu caráter próprio, emancipando-se das formas de exploração agrária
estereotipadas desde os tempos coloniais no modelo clássico de lavoura canavieira e do
“engenho” de açúcar. A silhueta antiga do senhor de engenho perde aqui alguns dos seus
traços característicos, desprendendo-se mais da terra e da tradição – da rotina – rural. A terra
da lavoura deixa então de ser o seu pequeno mundo para se tornar unicamente seu meio de
vida, sua fonte de renda e de riqueza. A fazenda resiste com menos energia à influência
urbana.
(Sérgio Buarque de Holanda. Raízes do Brasil, 1995.)
O historiador compara duas economias agrárias, empregando como critério da comparação