Questões de Vestibular FPS 2017 para Vestibular - Segundo dia
Foram encontradas 12 questões
Texto1
Em busca de um conceito dinâmico de saúde
A despeito das diferentes possibilidades de encarar o
processo saúde/doença, não se pode compreender a saúde
de indivíduos e coletividades sem levar em conta que ela é
produzida nas relações com o meio físico, social e cultural.
Intrincados mecanismos determinam as condições de vida
das pessoas e a maneira como nascem, vivem e morrem,
bem como suas vivências em saúde e doença. Entre os
inúmeros fatores decisivos da condição de saúde, incluemse os condicionantes biológicos (sexo, idade,
características geradas pela herança genética), o meio
físico (condições geográficas, modos da ocupação, fontes
de água para consumo, disponibilidade e qualidade dos
alimentos, condições de habitação), assim como o meio
socioeconômico e cultural, que expressa os níveis de
ocupação e renda, o acesso à educação formal e ao lazer,
os graus de liberdade, hábitos e formas de relacionamento
interpessoal, as possibilidades de acesso aos serviços
destinados à promoção e à recuperação da saúde e a
qualidade da atenção por eles prestada.
Falar de saúde, portanto, envolve componentes
aparentemente tão díspares como a qualidade da água que
se consome e do ar que se respira, o consumismo
desenfreado e a miséria, a degradação social e a
desnutrição, os estilos de vida pessoais e as formas de
inserção das diferentes parcelas da população no mundo
do trabalho. Implica, ainda, a consideração dos aspectos
éticos relacionados ao direito à vida e à saúde, aos direitos
e deveres, às ações e omissões de indivíduos e grupos
sociais, dos serviços privados e do poder público.
A humanidade já dispõe de conhecimentos e de tecnologias
que podem melhorar significativamente a qualidade de vida
das pessoas. No entanto, além de não serem aplicados em
benefício de todos por falta de priorização de políticas sociais,
há uma série de enfermidades relacionadas ao potencial
genético de indivíduos ou etnias ou ao risco pura e
simplesmente de viver. Por melhores que sejam as condições
de vida, necessariamente, convive-se com doenças e
deficiências, com problemas de saúde e com a morte.
A busca do entendimento do processo saúde/doença e
seus múltiplos determinantes leva a concluir que nenhum
ser humano pode ser considerado totalmente saudável ou
totalmente doente: ao longo de sua existência, vive
condições de saúde/doença, conforme suas
potencialidades, condições de vida e interação com elas.
A saúde deixa de ser o avesso ou a imagem complementar
da doença, expressando-se na luta pela ampliação do uso
das potencialidades de cada pessoa e da sociedade,
refletindo sua capacidade de defender a vida. E a vitalidade
física, mental e social para a atuação frente às permanentes
transformações pessoais e sociais, e frente aos desafios e
conflitos, expressa esse potencial. Saúde é, portanto, produto
e parte do estilo de vida e das condições de existência,
sendo a vivência do processo saúde/doença uma forma de
representação da inserção humana no mundo.
Parâmetros Curriculares Nacionais – Saúde.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/saude.pdf. Acesso
em 26/04/17. Adaptado.
Texto1
Em busca de um conceito dinâmico de saúde
A despeito das diferentes possibilidades de encarar o
processo saúde/doença, não se pode compreender a saúde
de indivíduos e coletividades sem levar em conta que ela é
produzida nas relações com o meio físico, social e cultural.
Intrincados mecanismos determinam as condições de vida
das pessoas e a maneira como nascem, vivem e morrem,
bem como suas vivências em saúde e doença. Entre os
inúmeros fatores decisivos da condição de saúde, incluemse os condicionantes biológicos (sexo, idade,
características geradas pela herança genética), o meio
físico (condições geográficas, modos da ocupação, fontes
de água para consumo, disponibilidade e qualidade dos
alimentos, condições de habitação), assim como o meio
socioeconômico e cultural, que expressa os níveis de
ocupação e renda, o acesso à educação formal e ao lazer,
os graus de liberdade, hábitos e formas de relacionamento
interpessoal, as possibilidades de acesso aos serviços
destinados à promoção e à recuperação da saúde e a
qualidade da atenção por eles prestada.
Falar de saúde, portanto, envolve componentes
aparentemente tão díspares como a qualidade da água que
se consome e do ar que se respira, o consumismo
desenfreado e a miséria, a degradação social e a
desnutrição, os estilos de vida pessoais e as formas de
inserção das diferentes parcelas da população no mundo
do trabalho. Implica, ainda, a consideração dos aspectos
éticos relacionados ao direito à vida e à saúde, aos direitos
e deveres, às ações e omissões de indivíduos e grupos
sociais, dos serviços privados e do poder público.
A humanidade já dispõe de conhecimentos e de tecnologias
que podem melhorar significativamente a qualidade de vida
das pessoas. No entanto, além de não serem aplicados em
benefício de todos por falta de priorização de políticas sociais,
há uma série de enfermidades relacionadas ao potencial
genético de indivíduos ou etnias ou ao risco pura e
simplesmente de viver. Por melhores que sejam as condições
de vida, necessariamente, convive-se com doenças e
deficiências, com problemas de saúde e com a morte.
A busca do entendimento do processo saúde/doença e
seus múltiplos determinantes leva a concluir que nenhum
ser humano pode ser considerado totalmente saudável ou
totalmente doente: ao longo de sua existência, vive
condições de saúde/doença, conforme suas
potencialidades, condições de vida e interação com elas.
A saúde deixa de ser o avesso ou a imagem complementar
da doença, expressando-se na luta pela ampliação do uso
das potencialidades de cada pessoa e da sociedade,
refletindo sua capacidade de defender a vida. E a vitalidade
física, mental e social para a atuação frente às permanentes
transformações pessoais e sociais, e frente aos desafios e
conflitos, expressa esse potencial. Saúde é, portanto, produto
e parte do estilo de vida e das condições de existência,
sendo a vivência do processo saúde/doença uma forma de
representação da inserção humana no mundo.
Parâmetros Curriculares Nacionais – Saúde.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/saude.pdf. Acesso
em 26/04/17. Adaptado.
Texto1
Em busca de um conceito dinâmico de saúde
A despeito das diferentes possibilidades de encarar o
processo saúde/doença, não se pode compreender a saúde
de indivíduos e coletividades sem levar em conta que ela é
produzida nas relações com o meio físico, social e cultural.
Intrincados mecanismos determinam as condições de vida
das pessoas e a maneira como nascem, vivem e morrem,
bem como suas vivências em saúde e doença. Entre os
inúmeros fatores decisivos da condição de saúde, incluemse os condicionantes biológicos (sexo, idade,
características geradas pela herança genética), o meio
físico (condições geográficas, modos da ocupação, fontes
de água para consumo, disponibilidade e qualidade dos
alimentos, condições de habitação), assim como o meio
socioeconômico e cultural, que expressa os níveis de
ocupação e renda, o acesso à educação formal e ao lazer,
os graus de liberdade, hábitos e formas de relacionamento
interpessoal, as possibilidades de acesso aos serviços
destinados à promoção e à recuperação da saúde e a
qualidade da atenção por eles prestada.
Falar de saúde, portanto, envolve componentes
aparentemente tão díspares como a qualidade da água que
se consome e do ar que se respira, o consumismo
desenfreado e a miséria, a degradação social e a
desnutrição, os estilos de vida pessoais e as formas de
inserção das diferentes parcelas da população no mundo
do trabalho. Implica, ainda, a consideração dos aspectos
éticos relacionados ao direito à vida e à saúde, aos direitos
e deveres, às ações e omissões de indivíduos e grupos
sociais, dos serviços privados e do poder público.
A humanidade já dispõe de conhecimentos e de tecnologias
que podem melhorar significativamente a qualidade de vida
das pessoas. No entanto, além de não serem aplicados em
benefício de todos por falta de priorização de políticas sociais,
há uma série de enfermidades relacionadas ao potencial
genético de indivíduos ou etnias ou ao risco pura e
simplesmente de viver. Por melhores que sejam as condições
de vida, necessariamente, convive-se com doenças e
deficiências, com problemas de saúde e com a morte.
A busca do entendimento do processo saúde/doença e
seus múltiplos determinantes leva a concluir que nenhum
ser humano pode ser considerado totalmente saudável ou
totalmente doente: ao longo de sua existência, vive
condições de saúde/doença, conforme suas
potencialidades, condições de vida e interação com elas.
A saúde deixa de ser o avesso ou a imagem complementar
da doença, expressando-se na luta pela ampliação do uso
das potencialidades de cada pessoa e da sociedade,
refletindo sua capacidade de defender a vida. E a vitalidade
física, mental e social para a atuação frente às permanentes
transformações pessoais e sociais, e frente aos desafios e
conflitos, expressa esse potencial. Saúde é, portanto, produto
e parte do estilo de vida e das condições de existência,
sendo a vivência do processo saúde/doença uma forma de
representação da inserção humana no mundo.
Parâmetros Curriculares Nacionais – Saúde.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/saude.pdf. Acesso
em 26/04/17. Adaptado.
Texto1
Em busca de um conceito dinâmico de saúde
A despeito das diferentes possibilidades de encarar o
processo saúde/doença, não se pode compreender a saúde
de indivíduos e coletividades sem levar em conta que ela é
produzida nas relações com o meio físico, social e cultural.
Intrincados mecanismos determinam as condições de vida
das pessoas e a maneira como nascem, vivem e morrem,
bem como suas vivências em saúde e doença. Entre os
inúmeros fatores decisivos da condição de saúde, incluemse os condicionantes biológicos (sexo, idade,
características geradas pela herança genética), o meio
físico (condições geográficas, modos da ocupação, fontes
de água para consumo, disponibilidade e qualidade dos
alimentos, condições de habitação), assim como o meio
socioeconômico e cultural, que expressa os níveis de
ocupação e renda, o acesso à educação formal e ao lazer,
os graus de liberdade, hábitos e formas de relacionamento
interpessoal, as possibilidades de acesso aos serviços
destinados à promoção e à recuperação da saúde e a
qualidade da atenção por eles prestada.
Falar de saúde, portanto, envolve componentes
aparentemente tão díspares como a qualidade da água que
se consome e do ar que se respira, o consumismo
desenfreado e a miséria, a degradação social e a
desnutrição, os estilos de vida pessoais e as formas de
inserção das diferentes parcelas da população no mundo
do trabalho. Implica, ainda, a consideração dos aspectos
éticos relacionados ao direito à vida e à saúde, aos direitos
e deveres, às ações e omissões de indivíduos e grupos
sociais, dos serviços privados e do poder público.
A humanidade já dispõe de conhecimentos e de tecnologias
que podem melhorar significativamente a qualidade de vida
das pessoas. No entanto, além de não serem aplicados em
benefício de todos por falta de priorização de políticas sociais,
há uma série de enfermidades relacionadas ao potencial
genético de indivíduos ou etnias ou ao risco pura e
simplesmente de viver. Por melhores que sejam as condições
de vida, necessariamente, convive-se com doenças e
deficiências, com problemas de saúde e com a morte.
A busca do entendimento do processo saúde/doença e
seus múltiplos determinantes leva a concluir que nenhum
ser humano pode ser considerado totalmente saudável ou
totalmente doente: ao longo de sua existência, vive
condições de saúde/doença, conforme suas
potencialidades, condições de vida e interação com elas.
A saúde deixa de ser o avesso ou a imagem complementar
da doença, expressando-se na luta pela ampliação do uso
das potencialidades de cada pessoa e da sociedade,
refletindo sua capacidade de defender a vida. E a vitalidade
física, mental e social para a atuação frente às permanentes
transformações pessoais e sociais, e frente aos desafios e
conflitos, expressa esse potencial. Saúde é, portanto, produto
e parte do estilo de vida e das condições de existência,
sendo a vivência do processo saúde/doença uma forma de
representação da inserção humana no mundo.
Parâmetros Curriculares Nacionais – Saúde.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/saude.pdf. Acesso
em 26/04/17. Adaptado.
Texto1
Em busca de um conceito dinâmico de saúde
A despeito das diferentes possibilidades de encarar o
processo saúde/doença, não se pode compreender a saúde
de indivíduos e coletividades sem levar em conta que ela é
produzida nas relações com o meio físico, social e cultural.
Intrincados mecanismos determinam as condições de vida
das pessoas e a maneira como nascem, vivem e morrem,
bem como suas vivências em saúde e doença. Entre os
inúmeros fatores decisivos da condição de saúde, incluemse os condicionantes biológicos (sexo, idade,
características geradas pela herança genética), o meio
físico (condições geográficas, modos da ocupação, fontes
de água para consumo, disponibilidade e qualidade dos
alimentos, condições de habitação), assim como o meio
socioeconômico e cultural, que expressa os níveis de
ocupação e renda, o acesso à educação formal e ao lazer,
os graus de liberdade, hábitos e formas de relacionamento
interpessoal, as possibilidades de acesso aos serviços
destinados à promoção e à recuperação da saúde e a
qualidade da atenção por eles prestada.
Falar de saúde, portanto, envolve componentes
aparentemente tão díspares como a qualidade da água que
se consome e do ar que se respira, o consumismo
desenfreado e a miséria, a degradação social e a
desnutrição, os estilos de vida pessoais e as formas de
inserção das diferentes parcelas da população no mundo
do trabalho. Implica, ainda, a consideração dos aspectos
éticos relacionados ao direito à vida e à saúde, aos direitos
e deveres, às ações e omissões de indivíduos e grupos
sociais, dos serviços privados e do poder público.
A humanidade já dispõe de conhecimentos e de tecnologias
que podem melhorar significativamente a qualidade de vida
das pessoas. No entanto, além de não serem aplicados em
benefício de todos por falta de priorização de políticas sociais,
há uma série de enfermidades relacionadas ao potencial
genético de indivíduos ou etnias ou ao risco pura e
simplesmente de viver. Por melhores que sejam as condições
de vida, necessariamente, convive-se com doenças e
deficiências, com problemas de saúde e com a morte.
A busca do entendimento do processo saúde/doença e
seus múltiplos determinantes leva a concluir que nenhum
ser humano pode ser considerado totalmente saudável ou
totalmente doente: ao longo de sua existência, vive
condições de saúde/doença, conforme suas
potencialidades, condições de vida e interação com elas.
A saúde deixa de ser o avesso ou a imagem complementar
da doença, expressando-se na luta pela ampliação do uso
das potencialidades de cada pessoa e da sociedade,
refletindo sua capacidade de defender a vida. E a vitalidade
física, mental e social para a atuação frente às permanentes
transformações pessoais e sociais, e frente aos desafios e
conflitos, expressa esse potencial. Saúde é, portanto, produto
e parte do estilo de vida e das condições de existência,
sendo a vivência do processo saúde/doença uma forma de
representação da inserção humana no mundo.
Parâmetros Curriculares Nacionais – Saúde.
http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/saude.pdf. Acesso
em 26/04/17. Adaptado.
2) Em: “há uma série de enfermidades relacionadas ao potencial genético de indivíduos ou etnias ou ao risco pura e simplesmente de viver”, a forma destacada está em discordância morfossintática com o termo que modifica.
3) Em: “A humanidade já dispõe de conhecimentos e de tecnologias”, não haveria alteração de sentido se substituíssemos o ‘já’ pela forma ‘ainda’.
4) O segmento “Por melhores que sejam as condições de vida” corresponde a um sentido de ‘ressalva’.
5) Em: “além de não serem aplicados em benefício de todos por falta de priorização de políticas sociais”, o segmento em destaque tem um valor semântico de causalidade.
Estão corretas:
Texto 2
Nada cai do céu
O racionamento a que pode ser submetida boa parte da
população paulistana – e de outras cidades e estados
brasileiros – poderia ser evitado? A questão é muito mais
complexa do que possa parecer. Afinal, todos que vivemos
nessas áreas já somos e seremos ainda mais afetados.
O calor bate recordes no mundo. Dados recentes apontam
2014 como o ano mais quente da história. A temperatura
média no solo e nos oceanos aumentou 0,69 graus,
superando recordes anteriores. Parece pouco, mas não é.
A cada 20 ou 30 anos, em média, o Oceano Pacífico, a
maior massa de água do Planeta, sofre variações de
temperatura, ficando mais quente ou mais frio que o normal.
Essas oscilações interferem nos ventos, na chuva e na
temperatura em muitas regiões do globo. No Brasil,
diversos estados já sentem os impactos dessa alteração
climática. O verão passado foi um dos mais secos e
quentes, não apenas na região da capital paulista e seu
entorno, mas também em grande parte do Sudeste,
sobretudo em Minas Gerais, de onde vem a maior parte da
água que abastece a região metropolitana, por meio do
sistema Cantareira. Áreas dessa região registraram
anomalias de até 5 graus nas temperaturas máximas.
Com pouca água e maior consumo, devido ao calor, os rios
e represas que abastecem o sistema caíram aos menores
níveis já vistos. Em São Paulo, desde 2012, o Cantareira
vem sofrendo com chuva abaixo do normal.
As previsões não são as melhores. Segundo o estudo da
Climatempo, apenas no verão de 2017, é que se poderá
esperar por uma chuva normal ou acima da média, para
uma consistente recuperação do sistema.
Reverter a situação é um desafio. Trata-se de algo muito
mais educativo do que meteorológico. Desde o final de
2013, meteorologistas têm alertado sobre esse cenário
crítico. Já se sabe que o quadro não é favorável, e há
pouca chance de mudança em curto prazo. Porém, em um
planeta onde 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos é ocupado
por água, o ser humano ainda parece acreditar que ela
nunca irá acabar. Com ou sem chuva à vista, a população
precisa entender que a água pode – e vai – acabar se não
forem tomadas medidas preventivas.
A conscientização sobre o consumo deve ser permanente.
O que as nossas autoridades precisam entender é que não
dá para passar uma vida acreditando na ajuda divina. É
preciso arregaçar as mangas e se preparar. Ainda há muito
a fazer e a investir. Porque nada cai do céu – nem mesmo a
água tem caído, ultimamente.
MAGNO, Carlos. Folha de S. Paulo. Opinião,
25 fev. 2015. Adaptado.
Texto 2
Nada cai do céu
O racionamento a que pode ser submetida boa parte da
população paulistana – e de outras cidades e estados
brasileiros – poderia ser evitado? A questão é muito mais
complexa do que possa parecer. Afinal, todos que vivemos
nessas áreas já somos e seremos ainda mais afetados.
O calor bate recordes no mundo. Dados recentes apontam
2014 como o ano mais quente da história. A temperatura
média no solo e nos oceanos aumentou 0,69 graus,
superando recordes anteriores. Parece pouco, mas não é.
A cada 20 ou 30 anos, em média, o Oceano Pacífico, a
maior massa de água do Planeta, sofre variações de
temperatura, ficando mais quente ou mais frio que o normal.
Essas oscilações interferem nos ventos, na chuva e na
temperatura em muitas regiões do globo. No Brasil,
diversos estados já sentem os impactos dessa alteração
climática. O verão passado foi um dos mais secos e
quentes, não apenas na região da capital paulista e seu
entorno, mas também em grande parte do Sudeste,
sobretudo em Minas Gerais, de onde vem a maior parte da
água que abastece a região metropolitana, por meio do
sistema Cantareira. Áreas dessa região registraram
anomalias de até 5 graus nas temperaturas máximas.
Com pouca água e maior consumo, devido ao calor, os rios
e represas que abastecem o sistema caíram aos menores
níveis já vistos. Em São Paulo, desde 2012, o Cantareira
vem sofrendo com chuva abaixo do normal.
As previsões não são as melhores. Segundo o estudo da
Climatempo, apenas no verão de 2017, é que se poderá
esperar por uma chuva normal ou acima da média, para
uma consistente recuperação do sistema.
Reverter a situação é um desafio. Trata-se de algo muito
mais educativo do que meteorológico. Desde o final de
2013, meteorologistas têm alertado sobre esse cenário
crítico. Já se sabe que o quadro não é favorável, e há
pouca chance de mudança em curto prazo. Porém, em um
planeta onde 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos é ocupado
por água, o ser humano ainda parece acreditar que ela
nunca irá acabar. Com ou sem chuva à vista, a população
precisa entender que a água pode – e vai – acabar se não
forem tomadas medidas preventivas.
A conscientização sobre o consumo deve ser permanente.
O que as nossas autoridades precisam entender é que não
dá para passar uma vida acreditando na ajuda divina. É
preciso arregaçar as mangas e se preparar. Ainda há muito
a fazer e a investir. Porque nada cai do céu – nem mesmo a
água tem caído, ultimamente.
MAGNO, Carlos. Folha de S. Paulo. Opinião,
25 fev. 2015. Adaptado.
Texto 2
Nada cai do céu
O racionamento a que pode ser submetida boa parte da
população paulistana – e de outras cidades e estados
brasileiros – poderia ser evitado? A questão é muito mais
complexa do que possa parecer. Afinal, todos que vivemos
nessas áreas já somos e seremos ainda mais afetados.
O calor bate recordes no mundo. Dados recentes apontam
2014 como o ano mais quente da história. A temperatura
média no solo e nos oceanos aumentou 0,69 graus,
superando recordes anteriores. Parece pouco, mas não é.
A cada 20 ou 30 anos, em média, o Oceano Pacífico, a
maior massa de água do Planeta, sofre variações de
temperatura, ficando mais quente ou mais frio que o normal.
Essas oscilações interferem nos ventos, na chuva e na
temperatura em muitas regiões do globo. No Brasil,
diversos estados já sentem os impactos dessa alteração
climática. O verão passado foi um dos mais secos e
quentes, não apenas na região da capital paulista e seu
entorno, mas também em grande parte do Sudeste,
sobretudo em Minas Gerais, de onde vem a maior parte da
água que abastece a região metropolitana, por meio do
sistema Cantareira. Áreas dessa região registraram
anomalias de até 5 graus nas temperaturas máximas.
Com pouca água e maior consumo, devido ao calor, os rios
e represas que abastecem o sistema caíram aos menores
níveis já vistos. Em São Paulo, desde 2012, o Cantareira
vem sofrendo com chuva abaixo do normal.
As previsões não são as melhores. Segundo o estudo da
Climatempo, apenas no verão de 2017, é que se poderá
esperar por uma chuva normal ou acima da média, para
uma consistente recuperação do sistema.
Reverter a situação é um desafio. Trata-se de algo muito
mais educativo do que meteorológico. Desde o final de
2013, meteorologistas têm alertado sobre esse cenário
crítico. Já se sabe que o quadro não é favorável, e há
pouca chance de mudança em curto prazo. Porém, em um
planeta onde 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos é ocupado
por água, o ser humano ainda parece acreditar que ela
nunca irá acabar. Com ou sem chuva à vista, a população
precisa entender que a água pode – e vai – acabar se não
forem tomadas medidas preventivas.
A conscientização sobre o consumo deve ser permanente.
O que as nossas autoridades precisam entender é que não
dá para passar uma vida acreditando na ajuda divina. É
preciso arregaçar as mangas e se preparar. Ainda há muito
a fazer e a investir. Porque nada cai do céu – nem mesmo a
água tem caído, ultimamente.
MAGNO, Carlos. Folha de S. Paulo. Opinião,
25 fev. 2015. Adaptado.
Texto 3
O problema da norma culta
Nosso problema linguístico não é a regência desse ou
daquele verbo; não é esta ou aquela concordância verbal;
não são as regras de colocação dos pronomes oblíquos.
Nosso problema linguístico são 5 milhões de jovens entre 15 e 17 anos que estão fora da escola. Nosso problema são os elevados índices de evasão escolar. Nosso problema é termos ainda algo em torno de 12% de analfabetos na população adulta. Nosso problema é o tamanho do analfabetismo funcional, isto é, a quantidade daqueles que, embora frequentem ou tenham frequentado a escola, não conseguem ler e entender um texto medianamente complexo.
Os estudos sugerem que apenas 25% da população adulta brasileira, perto de 30 milhões de pessoas, conseguem ler e entender um texto medianamente complexo.
Texto 3
O problema da norma culta
Nosso problema linguístico não é a regência desse ou
daquele verbo; não é esta ou aquela concordância verbal;
não são as regras de colocação dos pronomes oblíquos.
Nosso problema linguístico são 5 milhões de jovens entre 15 e 17 anos que estão fora da escola. Nosso problema são os elevados índices de evasão escolar. Nosso problema é termos ainda algo em torno de 12% de analfabetos na população adulta. Nosso problema é o tamanho do analfabetismo funcional, isto é, a quantidade daqueles que, embora frequentem ou tenham frequentado a escola, não conseguem ler e entender um texto medianamente complexo.
Os estudos sugerem que apenas 25% da população adulta brasileira, perto de 30 milhões de pessoas, conseguem ler e entender um texto medianamente complexo.
Texto 3
O problema da norma culta
Nosso problema linguístico não é a regência desse ou
daquele verbo; não é esta ou aquela concordância verbal;
não são as regras de colocação dos pronomes oblíquos.
Nosso problema linguístico são 5 milhões de jovens entre 15 e 17 anos que estão fora da escola. Nosso problema são os elevados índices de evasão escolar. Nosso problema é termos ainda algo em torno de 12% de analfabetos na população adulta. Nosso problema é o tamanho do analfabetismo funcional, isto é, a quantidade daqueles que, embora frequentem ou tenham frequentado a escola, não conseguem ler e entender um texto medianamente complexo.
Os estudos sugerem que apenas 25% da população adulta brasileira, perto de 30 milhões de pessoas, conseguem ler e entender um texto medianamente complexo.