A Igreja Anglicana, denominação congregacional cristã
das igrejas da Inglaterra, historicamente define sua origem entre os antigos celtas que, no século VI, foram incorporados pelas missões gregorianas à Igreja de Roma. Só
voltou a ser independente, dez séculos depois, quando o
rei Tudor, Henrique VIII, renunciou à autoridade do papa
que se recusou a anular seu casamento com Catarina de
Aragão, após 24 anos de união, sem que dela frutificasse
um sucessor para o trono. Em 1534, um documento assinado pelo Parlamento inglês concedeu ao rei a soberania
sobre a Igreja Católica na Inglaterra que, para legitimar
seu poder temporal e espiritual instituiu a obrigatoriedade
de todos os súditos lhe jurarem fidelidade. Qualquer recusa era considerada um ato de traição, passível de breve
julgamento e de penalidades como banimento dos domínios ingleses até a morte, por enforcamento ou decapitação. A esse respeito, pode-se afirmar que o ofício que instituiu a Reforma inglesa e legitimou o anglicanismo como
religião oficial resultou: