Questões de Vestibular USP 2018 para Vestibular - Primeira Fase

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Ano: 2018 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2018 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q949437 Português

Seria difícil encontrar hoje um crítico literário respeitável que gostasse de ser apanhado defendendo como uma ideia a velha antítese estilo e conteúdo. A esse respeito prevalece um religioso consenso. Todos estão prontos a reconhecer que estilo e conteúdo são indissolúveis, que o estilo fortemente individual de cada escritor importante é um elemento orgânico de sua obra e jamais algo meramente “decorativo”. Na prática da crítica, entretanto, a velha antítese persiste praticamente inexpugnada.

                                    Susan Sontag. “Do estilo”. Contra a interpretação.


Consideradas no contexto, as expressões “religioso consenso”, “orgânico” e “inexpugnada”, sublinhadas no texto, podem ser substituídas, sem alteração de sentido, respectivamente, por:

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Ano: 2018 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2018 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q949438 Português

Examine o anúncio.


Imagem associada para resolução da questão


No contexto do anúncio, a frase “A diferença tem que ser só uma letra” pressupõe a

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Ano: 2018 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2018 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q949439 Português

I. Diante da dificuldade, municípios de diferentes regiões do país realizaram um segundo “dia D” neste sábado. O primeiro ocorreu em 18 de agosto. A adesão, no entanto, ainda ficou abaixo do esperado. Agora, a recomendação é que estados e municípios façam busca ativa para garantir que todo o público‐alvo da campanha seja vacinado.

Folha de S. Paulo. São Paulo. 03/09/2018.


II. Pensar sobre a vaga, buscar conhecer a empresa e o que ela busca já faz de você alguém especial. Muitos que procuram o balcão de emprego não compreendem que os detalhessão fundamentais para conseguir a recolocação. Agora, não pense que você vai conseguir na primeira investida, a busca por um novo emprego requer paciência e persistência, tenha você 20 anos ou 50.

Balcão de Emprego. Disponível em: <https://empregabrasil.com.br/>


O termo “Agora” pode ser substituído, respectivamente, em I e II e sem prejuízo de sentidos nos dois textos, por

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Ano: 2018 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2018 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q949440 Português

I. Surge então a pergunta: se a fantasia funciona como realidade; se não conseguimos agir senão mutilando o nosso eu; se o que há de mais profundo em nós é no fim de contas a opinião dos outros; se estamos condenados a não atingir o que nos parece realmente valioso –, qual a diferença entre o bem e o mal, o justo e o injusto, o certo e o errado? O autor passou a vida a ilustrar esta pergunta, que é modulada de maneira exemplar no primeiro e mais conhecido dos seus grandes romances de maturidade.


II. É preciso todavia lembrar que essa ligação com o problema geográfico e social só adquire significado pleno, isto é, só atua sobre o leitor, graças à elevada qualidade artística do livro. O seu autor soube transpor o ritmo mesológico para a própria estrutura da narrativa, mobilizando recursos que a fazem parecer movida pela mesma fatalidade sem saída. (...) Da consciência mortiça da personagem podem emergir ostranses periódicos em que se estorce o homem esmagado pela paisagem e pelos outros homens.


Nos fragmentosI e II, aqui adaptados, o crítico Antonio Candido avalia duas obras literárias, que são, respectivamente,

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Ano: 2018 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2018 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q949441 Português

Atente para as seguintes afirmações relativas ao desfecho do romance A Relíquia, de Eça de Queirós:


I. O autor revela, por meio de Teodorico, sua descrença num Jesus divinizado, imagem que é substituída pela ideia de Consciência.

II. Ao ser sincero com Crispim, Teodorico conquista a vida de burguês que sempre almejou.

III. Teodorico dá ouvidos à mensagem de Cristo, arrepende‐se de sua hipocrisia beata e abraça a fé católica.


Está correto o que se afirma apenas em

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Ano: 2018 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2018 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q949442 Português

O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba, pode falar uma língua com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a nêspera?  

                  José de Alencar. Bênção Paterna. Prefácio a Sonhos d’ouro.


A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome, outras remexe o uru de palha matizada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda e as tintas de que matiza o algodão.

                                                                           José de Alencar. Iracema.


Glossário:

“ará”: periquito; “uru”: cesto; “crautá”: espécie de bromélia; “juçara”: tipo de palmeira espinhosa. 

Com base nos trechos acima, é adequado afirmar:
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Ano: 2018 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2018 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q949443 Português

O povo que chupa o caju, a manga, o cambucá e a jabuticaba, pode falar uma língua com igual pronúncia e o mesmo espírito do povo que sorve o figo, a pera, o damasco e a nêspera?  

                  José de Alencar. Bênção Paterna. Prefácio a Sonhos d’ouro.


A graciosa ará, sua companheira e amiga, brinca junto dela. Às vezes sobe aos ramos da árvore e de lá chama a virgem pelo nome, outras remexe o uru de palha matizada, onde traz a selvagem seus perfumes, os alvos fios do crautá, as agulhas da juçara com que tece a renda e as tintas de que matiza o algodão.

                                                                           José de Alencar. Iracema.


Glossário:

“ará”: periquito; “uru”: cesto; “crautá”: espécie de bromélia; “juçara”: tipo de palmeira espinhosa. 

No trecho “outras remexe o uru de palha matizada”, a palavra sublinhada expressa ideia de
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Q949444 Português
Considerando os poemas, assinale a alternativa correta.
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Q949445 Português
O oxímoro é uma “figura em que se combinam palavras de sentido oposto que parecem excluir‐se mutuamente, mas que, no contexto, reforçam a expressão” (HOUAISS, 2001). No poema “Sonetilho do falso Fernando Pessoa”, o emprego dessa figura de linguagem ocorre em:
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Ano: 2018 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2018 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q949446 Português

E grita a piranha cor de palha, irritadíssima:

– Tenho dentes de navalha, e com um pulo de ida‐e‐volta resolvo a questão!...

– Exagero... – diz a arraia – eu durmo na areia, de ferrão a prumo, e sempre há um descuidoso que vem se espetar.

– Pois, amigas, – murmura o gimnoto*, mole, carregando a bateria – nem quero pensar no assunto: se eu soltar três pensamentos elétricos, bate‐poço, poço em volta, até vocês duas boiarão mortas...

*peixe elétrico.


Esse texto, extraído de Sagarana, de Guimarães Rosa,

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Ano: 2018 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2018 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q949447 Português

I. Cinquenta anos! Não era preciso confessá‐lo. Já se vai sentindo que o meu estilo não é tão lesto* como nos primeiros dias. Naquela ocasião, cessado o diálogo com o oficial da marinha, que enfiou a capa e saiu, confesso que fiquei um pouco triste. Voltei à sala, lembrou‐me dançar uma polca, embriagar‐ me das luzes, das flores, dos cristais, dos olhos bonitos, e do burburinho surdo e ligeiro das conversas particulares. E não me arrependo; remocei. Mas, meia hora depois, quando me retirei do baile, às quatro da manhã, o que é que fui achar no fundo do carro? Os meus cinquenta anos.  

*ágil


II. Meu caro crítico,

     Algumas páginas atrás, dizendo eu que tinha cinquenta anos, acrescentei: “Já se vai sentindo que o meu estilo não é tão lesto como nos primeiros dias”. Talvez aches esta frase incompreensível, sabendo‐se o meu atual estado; mas eu chamo a tua atenção para a sutileza daquele pensamento. O que eu quero dizer não é que esteja agora mais velho do que quando comecei o livro. A morte não envelhece. Quero dizer, sim, que em cada fase da narração da minha vida experimento a sensação correspondente. Valha‐me Deus! é preciso explicar tudo.

                          Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas.

Entre os doistrechos do romance, nota‐se o movimento que vai da memória de vivências à revisão que o defunto autor faz de um mesmo episódio. A citação, pertencente a outro capítulo do mesmo livro, que melhor sintetiza essa duplicidade narrativa, é:
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Q949448 Português

I. Cinquenta anos! Não era preciso confessá‐lo. Já se vai sentindo que o meu estilo não é tão lesto* como nos primeiros dias. Naquela ocasião, cessado o diálogo com o oficial da marinha, que enfiou a capa e saiu, confesso que fiquei um pouco triste. Voltei à sala, lembrou‐me dançar uma polca, embriagar‐ me das luzes, das flores, dos cristais, dos olhos bonitos, e do burburinho surdo e ligeiro das conversas particulares. E não me arrependo; remocei. Mas, meia hora depois, quando me retirei do baile, às quatro da manhã, o que é que fui achar no fundo do carro? Os meus cinquenta anos.  

*ágil


II. Meu caro crítico,

     Algumas páginas atrás, dizendo eu que tinha cinquenta anos, acrescentei: “Já se vai sentindo que o meu estilo não é tão lesto como nos primeiros dias”. Talvez aches esta frase incompreensível, sabendo‐se o meu atual estado; mas eu chamo a tua atenção para a sutileza daquele pensamento. O que eu quero dizer não é que esteja agora mais velho do que quando comecei o livro. A morte não envelhece. Quero dizer, sim, que em cada fase da narração da minha vida experimento a sensação correspondente. Valha‐me Deus! é preciso explicar tudo.

                          Machado de Assis, Memórias Póstumas de Brás Cubas.

A passagem final do texto II – “Valha‐me Deus! é preciso explicar tudo.” – denota um elemento presente no estilo do romance, ou seja,
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Ano: 2018 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2018 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q949449 Inglês

                             


      What time isit? Thatsimple question probably is asked more often today than ever. In our clock‐studded, cell‐phone society, the answer is never more than a glance away, and so we can blissfully partition our daysinto eversmaller incrementsfor ever more tightly scheduled tasks, confident that we will always know it is 7:03 P.M.

      Modern scientific revelations about time, however, make the question endlessly frustrating. If we seek a precise knowledge of the time, the elusive infinitesimal of “now” dissolves into a scattering flock of nanoseconds. Bound by the speed of light and the velocity of nerve impulses, our perceptions of the present sketch the world as it was an instant ago—for all that our consciousness pretends otherwise, we can never catch up.

      Even in principle, perfect synchronicity escapes us. Relativity dictates that, like a strange syrup, time flows slower on moving trains than in the stations and faster in the mountains than in the valleys. The time for our wristwatch or digital screen is not exactly the same as the time for our head.  

      Our intuitions are deeply paradoxical. Time heals all wounds, but it is also the great destroyer. Time is relative but also relentless. There is time for every purpose under heaven, but there is never enough.  

                                    Scientific American, October 24, 2014. Adaptado.

No texto, a pergunta “What time is it?” (L. 1), inserida no debate da ciência moderna sobre a noção de tempo,
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Ano: 2018 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2018 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q949450 Inglês

                             


      What time isit? Thatsimple question probably is asked more often today than ever. In our clock‐studded, cell‐phone society, the answer is never more than a glance away, and so we can blissfully partition our daysinto eversmaller incrementsfor ever more tightly scheduled tasks, confident that we will always know it is 7:03 P.M.

      Modern scientific revelations about time, however, make the question endlessly frustrating. If we seek a precise knowledge of the time, the elusive infinitesimal of “now” dissolves into a scattering flock of nanoseconds. Bound by the speed of light and the velocity of nerve impulses, our perceptions of the present sketch the world as it was an instant ago—for all that our consciousness pretends otherwise, we can never catch up.

      Even in principle, perfect synchronicity escapes us. Relativity dictates that, like a strange syrup, time flows slower on moving trains than in the stations and faster in the mountains than in the valleys. The time for our wristwatch or digital screen is not exactly the same as the time for our head.  

      Our intuitions are deeply paradoxical. Time heals all wounds, but it is also the great destroyer. Time is relative but also relentless. There is time for every purpose under heaven, but there is never enough.  

                                    Scientific American, October 24, 2014. Adaptado.

No texto, a expressão que melhor representa o caráter supostamente exato do tempo é:
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Ano: 2018 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2018 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q949451 Inglês

                             


      What time isit? Thatsimple question probably is asked more often today than ever. In our clock‐studded, cell‐phone society, the answer is never more than a glance away, and so we can blissfully partition our daysinto eversmaller incrementsfor ever more tightly scheduled tasks, confident that we will always know it is 7:03 P.M.

      Modern scientific revelations about time, however, make the question endlessly frustrating. If we seek a precise knowledge of the time, the elusive infinitesimal of “now” dissolves into a scattering flock of nanoseconds. Bound by the speed of light and the velocity of nerve impulses, our perceptions of the present sketch the world as it was an instant ago—for all that our consciousness pretends otherwise, we can never catch up.

      Even in principle, perfect synchronicity escapes us. Relativity dictates that, like a strange syrup, time flows slower on moving trains than in the stations and faster in the mountains than in the valleys. The time for our wristwatch or digital screen is not exactly the same as the time for our head.  

      Our intuitions are deeply paradoxical. Time heals all wounds, but it is also the great destroyer. Time is relative but also relentless. There is time for every purpose under heaven, but there is never enough.  

                                    Scientific American, October 24, 2014. Adaptado.

De acordo com o texto, considera‐se contraditório, em relação à percepção humana do tempo,
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Ano: 2018 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2018 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q949452 Inglês
De acordo com o texto, para ingresso nos Estados Unidos, o cruzamento da fronteira entre este país e o México, no local denominado The Gateway International Bridge, é
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Ano: 2018 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2018 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q949453 Inglês
A frase nominal “this kind of barrier” (L. 14‐15) refere‐se
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Ano: 2018 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2018 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q949454 Inglês
Segundo o texto, após ingresso nos Estados Unidos, os migrantes que requerem asilo
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Ano: 2018 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2018 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q949455 Inglês
Com base no texto e nos fatos que envolveram a política imigratória dos EUA em junho de 2018, é correto afirmar:
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Q949456 História

(…) o “arco do triunfo” é um fragmento de muro que, embora isolado da muralha, tem a forma de uma porta da cidade. (...) Os primeiros exemplos documentados são estruturas do século II a.C., mas os principais arcos de triunfo são os do Império, como os arcos de Tito, de Sétimo Severo ou de Constantino, todos no foro romano, e todos de grande beleza pela elegância de suas proporções.

PEREIRA, J. R. A., Introdução à arquitetura. Das origens ao século XXI. Porto Alegre: Salvaterra, 2010, p. 81.


Dentre os vários aspectos da arquitetura romana, destaca‐se a monumentalidade de suas construções. A relação entre o “arco do triunfo” e a História de Roma está baseada

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Respostas
61: D
62: B
63: E
64: E
65: C
66: B
67: D
68: A
69: A
70: A
71: B
72: C
73: E
74: C
75: A
76: A
77: D
78: E
79: E
80: C