Questões de Vestibular IFAL 2016 para Vestibular
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TEXTO 1
“A política não é lugar pra preto vagabundo feito você!”
(Douglas Belchior)
Tenho plena consciência de que represento uma exceção. Ainda que miscigenado (fosse a pele retinta, bem sei que a vida reservaria ainda mais dificuldades), como homem negro, estudei. Alcancei o banco de uma universidade reconhecida, a PUC- SP, onde me formei em História e alcei o desvalorizado, mas nem por isso menos nobre, status de professor. Trabalhador da rede pública estadual de São Paulo, nada convidativo financeiramente, mas ainda assim, digno.
Conciliar profissão a militância política foi uma opção consciente – outro privilégio para poucos. Trabalho, ganho a vida e pago minhas contas fazendo o que amo: educação, logo, política. A vida que escolhi me levou a pessoas incríveis: lideres políticos, intelectuais, atletas e artistas. Me levou a lugares impensáveis: salas acarpetadas de governos, viagens para debates, palestras e atividades políticas das mais diversas em quase todos os estados brasileiros e até nos EUA. Em todos esses espaços, tanto em momentos de conflito com adversários, quanto em momentos de elaboração e confraternização com os meus da “esquerda”, uma coisa nunca mudou: sou um homem negro. E como um negro no país da democracia racial, sempre soube que o tratamento gentil e tolerante a mim dispensado sempre esteve condicionado a que eu soubesse o meu lugar e que não me atrevesse a sair dele.
Fui candidato a deputado federal nas eleições de 2014. Alcancei quase 12 mil votos, alcançando posição de segundo suplente à câmara federal. Como liderança política do diverso e confuso movimento negro brasileiro, me dediquei ao enfrentamento ao racismo, à denúncia do genocídio negro e à luta por direitos sociais para o povo negro, sobretudo no que diz respeito à educação e aos direitos humanos, temas em que atuo com mais profundidade. Ainda assim, sempre enfrentei olhares desconfiados, posturas desencorajadoras e a impressão de eterna dúvida quanto à minha capacidade política ou profissional. Depois da candidatura em 2014, essa impressão só aumentou. E agora finalmente transpareceu, verbalizada, em uma destas conversas de internet, na última semana: “A política não é lugar pra preto vagabundo feito você!”
Um fato é inquestionável: negros não são tolerados na política, senão como serviçais, cabos eleitorais ou, no máximo, assistentes. No campo da esquerda isso não muda. E se for mulher é ainda mais difícil. Só que desta vez consegui reverter o efeito desestimulante. Diante da cultura racista dominante na ocupação dos espaços do poder político, dou aqui a minha resposta: “Vamos enfrentar, vamos disputar e vamos vencer! Lugar de preto é onde ele quiser – inclusive na política! "
(http://negrobelchior.cartacapital.com.br/politica-nao-elugar-pra-preto-vagabundo-feito-voce/. Texto adaptado)
TEXTO 1
“A política não é lugar pra preto vagabundo feito você!”
(Douglas Belchior)
Tenho plena consciência de que represento uma exceção. Ainda que miscigenado (fosse a pele retinta, bem sei que a vida reservaria ainda mais dificuldades), como homem negro, estudei. Alcancei o banco de uma universidade reconhecida, a PUC- SP, onde me formei em História e alcei o desvalorizado, mas nem por isso menos nobre, status de professor. Trabalhador da rede pública estadual de São Paulo, nada convidativo financeiramente, mas ainda assim, digno.
Conciliar profissão a militância política foi uma opção consciente – outro privilégio para poucos. Trabalho, ganho a vida e pago minhas contas fazendo o que amo: educação, logo, política. A vida que escolhi me levou a pessoas incríveis: lideres políticos, intelectuais, atletas e artistas. Me levou a lugares impensáveis: salas acarpetadas de governos, viagens para debates, palestras e atividades políticas das mais diversas em quase todos os estados brasileiros e até nos EUA. Em todos esses espaços, tanto em momentos de conflito com adversários, quanto em momentos de elaboração e confraternização com os meus da “esquerda”, uma coisa nunca mudou: sou um homem negro. E como um negro no país da democracia racial, sempre soube que o tratamento gentil e tolerante a mim dispensado sempre esteve condicionado a que eu soubesse o meu lugar e que não me atrevesse a sair dele.
Fui candidato a deputado federal nas eleições de 2014. Alcancei quase 12 mil votos, alcançando posição de segundo suplente à câmara federal. Como liderança política do diverso e confuso movimento negro brasileiro, me dediquei ao enfrentamento ao racismo, à denúncia do genocídio negro e à luta por direitos sociais para o povo negro, sobretudo no que diz respeito à educação e aos direitos humanos, temas em que atuo com mais profundidade. Ainda assim, sempre enfrentei olhares desconfiados, posturas desencorajadoras e a impressão de eterna dúvida quanto à minha capacidade política ou profissional. Depois da candidatura em 2014, essa impressão só aumentou. E agora finalmente transpareceu, verbalizada, em uma destas conversas de internet, na última semana: “A política não é lugar pra preto vagabundo feito você!”
Um fato é inquestionável: negros não são tolerados na política, senão como serviçais, cabos eleitorais ou, no máximo, assistentes. No campo da esquerda isso não muda. E se for mulher é ainda mais difícil. Só que desta vez consegui reverter o efeito desestimulante. Diante da cultura racista dominante na ocupação dos espaços do poder político, dou aqui a minha resposta: “Vamos enfrentar, vamos disputar e vamos vencer! Lugar de preto é onde ele quiser – inclusive na política! "
(http://negrobelchior.cartacapital.com.br/politica-nao-elugar-pra-preto-vagabundo-feito-voce/. Texto adaptado)
TEXTO 1
“A política não é lugar pra preto vagabundo feito você!”
(Douglas Belchior)
Tenho plena consciência de que represento uma exceção. Ainda que miscigenado (fosse a pele retinta, bem sei que a vida reservaria ainda mais dificuldades), como homem negro, estudei. Alcancei o banco de uma universidade reconhecida, a PUC- SP, onde me formei em História e alcei o desvalorizado, mas nem por isso menos nobre, status de professor. Trabalhador da rede pública estadual de São Paulo, nada convidativo financeiramente, mas ainda assim, digno.
Conciliar profissão a militância política foi uma opção consciente – outro privilégio para poucos. Trabalho, ganho a vida e pago minhas contas fazendo o que amo: educação, logo, política. A vida que escolhi me levou a pessoas incríveis: lideres políticos, intelectuais, atletas e artistas. Me levou a lugares impensáveis: salas acarpetadas de governos, viagens para debates, palestras e atividades políticas das mais diversas em quase todos os estados brasileiros e até nos EUA. Em todos esses espaços, tanto em momentos de conflito com adversários, quanto em momentos de elaboração e confraternização com os meus da “esquerda”, uma coisa nunca mudou: sou um homem negro. E como um negro no país da democracia racial, sempre soube que o tratamento gentil e tolerante a mim dispensado sempre esteve condicionado a que eu soubesse o meu lugar e que não me atrevesse a sair dele.
Fui candidato a deputado federal nas eleições de 2014. Alcancei quase 12 mil votos, alcançando posição de segundo suplente à câmara federal. Como liderança política do diverso e confuso movimento negro brasileiro, me dediquei ao enfrentamento ao racismo, à denúncia do genocídio negro e à luta por direitos sociais para o povo negro, sobretudo no que diz respeito à educação e aos direitos humanos, temas em que atuo com mais profundidade. Ainda assim, sempre enfrentei olhares desconfiados, posturas desencorajadoras e a impressão de eterna dúvida quanto à minha capacidade política ou profissional. Depois da candidatura em 2014, essa impressão só aumentou. E agora finalmente transpareceu, verbalizada, em uma destas conversas de internet, na última semana: “A política não é lugar pra preto vagabundo feito você!”
Um fato é inquestionável: negros não são tolerados na política, senão como serviçais, cabos eleitorais ou, no máximo, assistentes. No campo da esquerda isso não muda. E se for mulher é ainda mais difícil. Só que desta vez consegui reverter o efeito desestimulante. Diante da cultura racista dominante na ocupação dos espaços do poder político, dou aqui a minha resposta: “Vamos enfrentar, vamos disputar e vamos vencer! Lugar de preto é onde ele quiser – inclusive na política! "
(http://negrobelchior.cartacapital.com.br/politica-nao-elugar-pra-preto-vagabundo-feito-voce/. Texto adaptado)
TEXTO 1
“A política não é lugar pra preto vagabundo feito você!”
(Douglas Belchior)
Tenho plena consciência de que represento uma exceção. Ainda que miscigenado (fosse a pele retinta, bem sei que a vida reservaria ainda mais dificuldades), como homem negro, estudei. Alcancei o banco de uma universidade reconhecida, a PUC- SP, onde me formei em História e alcei o desvalorizado, mas nem por isso menos nobre, status de professor. Trabalhador da rede pública estadual de São Paulo, nada convidativo financeiramente, mas ainda assim, digno.
Conciliar profissão a militância política foi uma opção consciente – outro privilégio para poucos. Trabalho, ganho a vida e pago minhas contas fazendo o que amo: educação, logo, política. A vida que escolhi me levou a pessoas incríveis: lideres políticos, intelectuais, atletas e artistas. Me levou a lugares impensáveis: salas acarpetadas de governos, viagens para debates, palestras e atividades políticas das mais diversas em quase todos os estados brasileiros e até nos EUA. Em todos esses espaços, tanto em momentos de conflito com adversários, quanto em momentos de elaboração e confraternização com os meus da “esquerda”, uma coisa nunca mudou: sou um homem negro. E como um negro no país da democracia racial, sempre soube que o tratamento gentil e tolerante a mim dispensado sempre esteve condicionado a que eu soubesse o meu lugar e que não me atrevesse a sair dele.
Fui candidato a deputado federal nas eleições de 2014. Alcancei quase 12 mil votos, alcançando posição de segundo suplente à câmara federal. Como liderança política do diverso e confuso movimento negro brasileiro, me dediquei ao enfrentamento ao racismo, à denúncia do genocídio negro e à luta por direitos sociais para o povo negro, sobretudo no que diz respeito à educação e aos direitos humanos, temas em que atuo com mais profundidade. Ainda assim, sempre enfrentei olhares desconfiados, posturas desencorajadoras e a impressão de eterna dúvida quanto à minha capacidade política ou profissional. Depois da candidatura em 2014, essa impressão só aumentou. E agora finalmente transpareceu, verbalizada, em uma destas conversas de internet, na última semana: “A política não é lugar pra preto vagabundo feito você!”
Um fato é inquestionável: negros não são tolerados na política, senão como serviçais, cabos eleitorais ou, no máximo, assistentes. No campo da esquerda isso não muda. E se for mulher é ainda mais difícil. Só que desta vez consegui reverter o efeito desestimulante. Diante da cultura racista dominante na ocupação dos espaços do poder político, dou aqui a minha resposta: “Vamos enfrentar, vamos disputar e vamos vencer! Lugar de preto é onde ele quiser – inclusive na política! "
(http://negrobelchior.cartacapital.com.br/politica-nao-elugar-pra-preto-vagabundo-feito-voce/. Texto adaptado)
TEXTO 1
“A política não é lugar pra preto vagabundo feito você!”
(Douglas Belchior)
Tenho plena consciência de que represento uma exceção. Ainda que miscigenado (fosse a pele retinta, bem sei que a vida reservaria ainda mais dificuldades), como homem negro, estudei. Alcancei o banco de uma universidade reconhecida, a PUC- SP, onde me formei em História e alcei o desvalorizado, mas nem por isso menos nobre, status de professor. Trabalhador da rede pública estadual de São Paulo, nada convidativo financeiramente, mas ainda assim, digno.
Conciliar profissão a militância política foi uma opção consciente – outro privilégio para poucos. Trabalho, ganho a vida e pago minhas contas fazendo o que amo: educação, logo, política. A vida que escolhi me levou a pessoas incríveis: lideres políticos, intelectuais, atletas e artistas. Me levou a lugares impensáveis: salas acarpetadas de governos, viagens para debates, palestras e atividades políticas das mais diversas em quase todos os estados brasileiros e até nos EUA. Em todos esses espaços, tanto em momentos de conflito com adversários, quanto em momentos de elaboração e confraternização com os meus da “esquerda”, uma coisa nunca mudou: sou um homem negro. E como um negro no país da democracia racial, sempre soube que o tratamento gentil e tolerante a mim dispensado sempre esteve condicionado a que eu soubesse o meu lugar e que não me atrevesse a sair dele.
Fui candidato a deputado federal nas eleições de 2014. Alcancei quase 12 mil votos, alcançando posição de segundo suplente à câmara federal. Como liderança política do diverso e confuso movimento negro brasileiro, me dediquei ao enfrentamento ao racismo, à denúncia do genocídio negro e à luta por direitos sociais para o povo negro, sobretudo no que diz respeito à educação e aos direitos humanos, temas em que atuo com mais profundidade. Ainda assim, sempre enfrentei olhares desconfiados, posturas desencorajadoras e a impressão de eterna dúvida quanto à minha capacidade política ou profissional. Depois da candidatura em 2014, essa impressão só aumentou. E agora finalmente transpareceu, verbalizada, em uma destas conversas de internet, na última semana: “A política não é lugar pra preto vagabundo feito você!”
Um fato é inquestionável: negros não são tolerados na política, senão como serviçais, cabos eleitorais ou, no máximo, assistentes. No campo da esquerda isso não muda. E se for mulher é ainda mais difícil. Só que desta vez consegui reverter o efeito desestimulante. Diante da cultura racista dominante na ocupação dos espaços do poder político, dou aqui a minha resposta: “Vamos enfrentar, vamos disputar e vamos vencer! Lugar de preto é onde ele quiser – inclusive na política! "
(http://negrobelchior.cartacapital.com.br/politica-nao-elugar-pra-preto-vagabundo-feito-voce/. Texto adaptado)
TEXTO 1
“A política não é lugar pra preto vagabundo feito você!”
(Douglas Belchior)
Tenho plena consciência de que represento uma exceção. Ainda que miscigenado (fosse a pele retinta, bem sei que a vida reservaria ainda mais dificuldades), como homem negro, estudei. Alcancei o banco de uma universidade reconhecida, a PUC- SP, onde me formei em História e alcei o desvalorizado, mas nem por isso menos nobre, status de professor. Trabalhador da rede pública estadual de São Paulo, nada convidativo financeiramente, mas ainda assim, digno.
Conciliar profissão a militância política foi uma opção consciente – outro privilégio para poucos. Trabalho, ganho a vida e pago minhas contas fazendo o que amo: educação, logo, política. A vida que escolhi me levou a pessoas incríveis: lideres políticos, intelectuais, atletas e artistas. Me levou a lugares impensáveis: salas acarpetadas de governos, viagens para debates, palestras e atividades políticas das mais diversas em quase todos os estados brasileiros e até nos EUA. Em todos esses espaços, tanto em momentos de conflito com adversários, quanto em momentos de elaboração e confraternização com os meus da “esquerda”, uma coisa nunca mudou: sou um homem negro. E como um negro no país da democracia racial, sempre soube que o tratamento gentil e tolerante a mim dispensado sempre esteve condicionado a que eu soubesse o meu lugar e que não me atrevesse a sair dele.
Fui candidato a deputado federal nas eleições de 2014. Alcancei quase 12 mil votos, alcançando posição de segundo suplente à câmara federal. Como liderança política do diverso e confuso movimento negro brasileiro, me dediquei ao enfrentamento ao racismo, à denúncia do genocídio negro e à luta por direitos sociais para o povo negro, sobretudo no que diz respeito à educação e aos direitos humanos, temas em que atuo com mais profundidade. Ainda assim, sempre enfrentei olhares desconfiados, posturas desencorajadoras e a impressão de eterna dúvida quanto à minha capacidade política ou profissional. Depois da candidatura em 2014, essa impressão só aumentou. E agora finalmente transpareceu, verbalizada, em uma destas conversas de internet, na última semana: “A política não é lugar pra preto vagabundo feito você!”
Um fato é inquestionável: negros não são tolerados na política, senão como serviçais, cabos eleitorais ou, no máximo, assistentes. No campo da esquerda isso não muda. E se for mulher é ainda mais difícil. Só que desta vez consegui reverter o efeito desestimulante. Diante da cultura racista dominante na ocupação dos espaços do poder político, dou aqui a minha resposta: “Vamos enfrentar, vamos disputar e vamos vencer! Lugar de preto é onde ele quiser – inclusive na política! "
(http://negrobelchior.cartacapital.com.br/politica-nao-elugar-pra-preto-vagabundo-feito-voce/. Texto adaptado)
TEXTO 3
NADA COMO UMA BOA BRIGA
(Duda Teixeira)
COM TODO MUNDO lendo nas redes sociais somente as notícias que corroboram seus preconceitos, os debates entre políticos ganharam uma utilidade pública ainda maior. Ao confrontarem ideias opostas, eles revelam fragilidades e silenciam os radicalismos ancorados na internet. Na segunda-feira, 26, a refrega verbal entre Hillary Clinton e Donald Trump, candidatos à Presidência dos Estados Unidos, estendeu-se por noventa minutos. O republicano Trump escorregou ao dizer que não pode divulgar sua declaração de imposto de renda e ao negar ter sido a favor da Guerra do Iraque. A democrata Hillary não explicou por que passou a criticar os tratados de livre- comércio, os quais sempre defendeu. À vista de todos, nenhuma mentira ficou impune. As afirmações foram conferidas simultaneamente por equipes de jornalistas. Abastecido por eles, o moderador, Lester Holt, da NBC, interpelou várias vezes os dois rivais sobre as falsidades que tinham acabado de dizer. A transparência e a rapidez deixaram tudo mais empolgante e atraíram 84 milhões de espectadores nos Estados Unidos. Apesar do risco de corrigir algo que esteja certo, a checagem dos fatos em tempo real entusiasmou canais de televisão brasileiros, que pensam em reproduzir a iniciativa. Ficou a impressão de que, na era da polarização virtual, a democracia não perdeu vigor, como se especula aqui e ali. Está apenas sendo reinventada.
Veja. Ed. 2498, de 5 de outubro de 2016. p. 39.
TEXTO 3
NADA COMO UMA BOA BRIGA
(Duda Teixeira)
COM TODO MUNDO lendo nas redes sociais somente as notícias que corroboram seus preconceitos, os debates entre políticos ganharam uma utilidade pública ainda maior. Ao confrontarem ideias opostas, eles revelam fragilidades e silenciam os radicalismos ancorados na internet. Na segunda-feira, 26, a refrega verbal entre Hillary Clinton e Donald Trump, candidatos à Presidência dos Estados Unidos, estendeu-se por noventa minutos. O republicano Trump escorregou ao dizer que não pode divulgar sua declaração de imposto de renda e ao negar ter sido a favor da Guerra do Iraque. A democrata Hillary não explicou por que passou a criticar os tratados de livre- comércio, os quais sempre defendeu. À vista de todos, nenhuma mentira ficou impune. As afirmações foram conferidas simultaneamente por equipes de jornalistas. Abastecido por eles, o moderador, Lester Holt, da NBC, interpelou várias vezes os dois rivais sobre as falsidades que tinham acabado de dizer. A transparência e a rapidez deixaram tudo mais empolgante e atraíram 84 milhões de espectadores nos Estados Unidos. Apesar do risco de corrigir algo que esteja certo, a checagem dos fatos em tempo real entusiasmou canais de televisão brasileiros, que pensam em reproduzir a iniciativa. Ficou a impressão de que, na era da polarização virtual, a democracia não perdeu vigor, como se especula aqui e ali. Está apenas sendo reinventada.
Veja. Ed. 2498, de 5 de outubro de 2016. p. 39.
TEXTO 3
NADA COMO UMA BOA BRIGA
(Duda Teixeira)
COM TODO MUNDO lendo nas redes sociais somente as notícias que corroboram seus preconceitos, os debates entre políticos ganharam uma utilidade pública ainda maior. Ao confrontarem ideias opostas, eles revelam fragilidades e silenciam os radicalismos ancorados na internet. Na segunda-feira, 26, a refrega verbal entre Hillary Clinton e Donald Trump, candidatos à Presidência dos Estados Unidos, estendeu-se por noventa minutos. O republicano Trump escorregou ao dizer que não pode divulgar sua declaração de imposto de renda e ao negar ter sido a favor da Guerra do Iraque. A democrata Hillary não explicou por que passou a criticar os tratados de livre- comércio, os quais sempre defendeu. À vista de todos, nenhuma mentira ficou impune. As afirmações foram conferidas simultaneamente por equipes de jornalistas. Abastecido por eles, o moderador, Lester Holt, da NBC, interpelou várias vezes os dois rivais sobre as falsidades que tinham acabado de dizer. A transparência e a rapidez deixaram tudo mais empolgante e atraíram 84 milhões de espectadores nos Estados Unidos. Apesar do risco de corrigir algo que esteja certo, a checagem dos fatos em tempo real entusiasmou canais de televisão brasileiros, que pensam em reproduzir a iniciativa. Ficou a impressão de que, na era da polarização virtual, a democracia não perdeu vigor, como se especula aqui e ali. Está apenas sendo reinventada.
Veja. Ed. 2498, de 5 de outubro de 2016. p. 39.
Leia a notícia abaixo e responda à questão a seguir.
Após Temer se comprometer com refugiados na ONU, grupo fica isolado em aeroporto
Neste momento, mais de 30 estrangeiros de diversas nacionalidades como libaneses, senegaleses, guineenses e nigerianos estão na área de desembarque do aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, sem poder entrar no Brasil. Solicitantes de refúgio, eles saíram do país com autorização de retorno e foram surpreendidos por nova normativa quando regressaram. Agora estão isolados de qualquer conhecido, numa zona obscura do aeroporto e da lei.
A nova portaria foi baixada pelo Ministério da Justiça, por meio da Polícia Federal, dois dias depois de o presidente Michel Temer dizer em reunião da ONU que estuda facilitar a inclusão de refugiados no país. A Nota Informativa 09/2016 da Divisão de Polícia de Imigração, emitida dia 21 de setembro, fala sobre a necessidade de estrangeiros portadores de protocolo de solicitação de refúgio requererem visto para retornar ao país.
Isso quer dizer que os solicitantes de refúgio terão
trâmites a mais do que pessoas que viajam ao país
como turistas por exemplo, mesmo muitas vezes
sendo originários de países em situação de conflito,
onde é ainda mais difícil ter acesso à burocracia.
(Fonte: www. redebrasilatual.com.br)
Sobre o problema da imigração estrangeira para
o Brasil, é incorreto afirmar que: