O homem do campo brasileiro, em sua grande maioria,
está desarmado diante de uma economia cada vez mais
modernizada, concentrada e desalmada, incapaz de se
premunir contra as vacilações da natureza, de se armar para
acompanhar os progressos técnicos e de se defender contra
as oscilações dos preços externos e internos, e a ganância
dos intermediadores. Esse homem do campo é menos titular
de direitos que a maioria dos homens da cidade, já que os
serviços públicos essenciais lhe são negados, sob a desculpa
da carência de recursos para lhe fazer chegar saúde e
educação, água e eletricidade, para não falar de tantos outros
serviços essenciais.
SANTOS, Milton. O Espaço do Cidadão. 7ª edição. São Paulo:
EDUSP, 2007, p. 41-42
Analisar o direito ao campo brasileiro na perspectiva
democrática torna-se uma questão de grande complexidade
para os cientistas sociais. Nesse sentido, é correto afirmar
que: