É verdade que a maioria das estrelas que vemos já não existe
mais? Não, elas existem, sim. A luz das estrelas distantes
demora milhares de anos para chegar até a Terra, mas, ainda
assim, qualquer astro que você enxerga a olho nu está perto
demais para ter morrido. Os astros mais brilhantes ficam a
míseros 500 anos-luz da Terra. Ou seja, sua luz passa 500
anos viajando antes de ser vista. Se o Cruzeiro do Sul, por
exemplo, tivesse surgido no dia em que Cabral aportou no
Brasil, seu brilho só apareceria no céu agora. Para um ser humano, que vive em média 80 anos, é um bocado de tempo.
Mas para uma estrela, que chega a viver 10 bilhões de anos –
como é o caso do Sol –, não é nada. Veja a Eta Carinae. Ela
está a 7 500 anos-luz da Terra. Isso quer dizer que seu brilho
demora 7 500 anos para chegar aqui. “Mas, estima-se que ela
ainda vá viver 400 milênios”, explica à SUPER, o astrônomo,
Augusto Daminelli do Instituto Astronômico e Geofísico da
Universidade de São Paulo. “Nesse aspecto, a luz é uma
tartaruga cósmica”, compara Daminelli. (Texto adaptado. Revista Superinteressante, no
153, 2000). Quando se diz que uma determinada estrela está a 1000 anos-luz da terra, o texto se refere à: