Questões de Vestibular IF Sul - MG 2018 para Vestibular - Primeiro Semestre

Foram encontradas 10 questões

Ano: 2018 Banca: IF SUL - MG Órgão: IF Sul - MG Prova: IF SUL - MG - 2018 - IF Sul - MG - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1268926 Português
A questão se refere ao texto I.

Texto I
Autismo

Ludwig Wittgenstein, gênio da filosofia, começou a falar só aos 4 anos. Estudou com tutores particulares em sua casa, em Viena, até os 14 anos. Sem conseguir passar no vestibulinho do colegial, foi parar em 1903 na escola técnica de Linz (a mesma de Adolf Hitler, de quem não foi colega, pois o futuro ditador estava dois anos atrasado nos estudos). Mas ele simplesmente não se interessava pelos colegas. A solidão e a dislexia fizeram dele um perfeito alvo de bullying. “Nunca consegui expressar metade do que queria. Na verdade, não mais que um décimo”, contou em suas memórias.

Assim foi o jovem Wittgenstein. Mas sua excentricidade e o fato de ter revolucionado a filosofia no século 20 não são uma contradição, segundo o professor Michael Fitzgerald, do Trinity College, em Dublin. O psiquiatra vê em sua biografia sintomas que caracterizam a síndrome de Asperger – um tipo de autismo que, aliado a um intelecto avantajado, pode ser a base da genialidade.

Todo autista se foca obsessivamente em interesses muito específicos, tem comportamentos repetitivos e não se interessa em interagir com outras pessoas. Mas, enquanto a imagem mais comum é a da criança ensimesmada balançando para a frente e para trás, o espectro do autismo vai desde o atraso mental até o desenvolvimento linguístico e cognitivo completo – caso da síndrome de Asperger. Quem tem essa síndrome não se interessa em dividir experiências e emoções, tem padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento e de interesses e não abre mão de sua rotina. Isso torna o convívio difícil – mas pode ter um efeito colateral inesperado.

“Muitas características da síndrome de Asperger aumentam a criatividade”, escreve Fitzgerald em Autism and Creativity (Autismo e Criatividade). “Pessoas assim têm uma capacidade extraordinária para focar-se em um tópico por um longo período – dias, sem interrupção nem mesmo para as refeições. Não desistem diante de obstáculos.” E não é apenas a concentração. A forma como entendem o mundo é diferente. Quando veem uma coisa, apreendem o detalhe para então sistematizar como funciona o geral – enquanto a maioria das pessoas apreende o geral para depois se afunilar em detalhes. Isso é um enorme ponto positivo para engenheiros, físicos, matemáticos, músicos.

Não que não haja um lado negativo. Portadores da síndrome de Asperger também têm dificuldade em aceitar e adotar regras sociais. Por isso, muitas vezes parecem ter personalidade infantil. Quando entrou para a faculdade de engenharia, Wittgenstein se fascinou pela obra Os Princípios da Matemática, de Bertrand Russell. Em 1911, mudou-se para a Universidade de Cambridge para estudar com Russell. Nos primeiros dias, chegava à sala do mestre à noite e seguia até a manhãzinha desdobrando suas ideias como que em um monólogo. Em 1926, quando terminou a defesa oral de sua tese de doutorado, deu um tapinha nos ombros dos examinadores. “Não se preocupem. Eu sei que vocês nunca conseguirão entender”, disse. Wittgenstein começou então a dar aulas. Em seus seminários, era como se não houvesse uma audiência. Lutava com seus pensamentos e volta e meia caía em silêncios que nenhum estudante ousava interromper. Qualquer comentário que considerasse estúpido era retrucado brutalmente.

Para escrever Investigações Filosóficas, sua maior obra, ficou isolado numa cabana na Irlanda. Certa vez, o caseiro, que o havia visto conversando, perguntou-lhe se tivera uma boa companhia. A resposta foi: “Sim, falei muito com um ótimo amigo – eu mesmo”. Numa carta a Bertrand Russell, escreveu: “Estar sozinho me faz um bem infinito, e não acho que agora poderia suportar a vida entre pessoas”. O único grande prazer social do filósofo era discutir seus interesses – lógica, linguística e música. O mundo real pouco lhe importava.

HORTA, Maurício. “O lado bom das coisas ruins”, Superinteressante, São Paulo, nº 302, março 2012. Disponível em: https:// super.abril.com.br/comportamento/o-lado-bom-das-coisas-ruins/. Acesso em: 23 set.2018.
O texto Autismo faz parte da matéria “O lado bom das coisas ruins”, a qual apresenta aspectos positivos relacionados a síndromes, doenças e comportamentos considerados negativos. No texto em questão, Marcos Horta, retoma certos aspectos da vida de Wittgenstein para defender esse posicionamento. Assinale a alternativa na qual há um argumento presente no texto para sustentar o ponto de vista defendido pelo autor:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: IF SUL - MG Órgão: IF Sul - MG Prova: IF SUL - MG - 2018 - IF Sul - MG - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1268927 Português
A questão se refere ao texto I.

Texto I
Autismo

Ludwig Wittgenstein, gênio da filosofia, começou a falar só aos 4 anos. Estudou com tutores particulares em sua casa, em Viena, até os 14 anos. Sem conseguir passar no vestibulinho do colegial, foi parar em 1903 na escola técnica de Linz (a mesma de Adolf Hitler, de quem não foi colega, pois o futuro ditador estava dois anos atrasado nos estudos). Mas ele simplesmente não se interessava pelos colegas. A solidão e a dislexia fizeram dele um perfeito alvo de bullying. “Nunca consegui expressar metade do que queria. Na verdade, não mais que um décimo”, contou em suas memórias.

Assim foi o jovem Wittgenstein. Mas sua excentricidade e o fato de ter revolucionado a filosofia no século 20 não são uma contradição, segundo o professor Michael Fitzgerald, do Trinity College, em Dublin. O psiquiatra vê em sua biografia sintomas que caracterizam a síndrome de Asperger – um tipo de autismo que, aliado a um intelecto avantajado, pode ser a base da genialidade.

Todo autista se foca obsessivamente em interesses muito específicos, tem comportamentos repetitivos e não se interessa em interagir com outras pessoas. Mas, enquanto a imagem mais comum é a da criança ensimesmada balançando para a frente e para trás, o espectro do autismo vai desde o atraso mental até o desenvolvimento linguístico e cognitivo completo – caso da síndrome de Asperger. Quem tem essa síndrome não se interessa em dividir experiências e emoções, tem padrões restritos, repetitivos e estereotipados de comportamento e de interesses e não abre mão de sua rotina. Isso torna o convívio difícil – mas pode ter um efeito colateral inesperado.

“Muitas características da síndrome de Asperger aumentam a criatividade”, escreve Fitzgerald em Autism and Creativity (Autismo e Criatividade). “Pessoas assim têm uma capacidade extraordinária para focar-se em um tópico por um longo período – dias, sem interrupção nem mesmo para as refeições. Não desistem diante de obstáculos.” E não é apenas a concentração. A forma como entendem o mundo é diferente. Quando veem uma coisa, apreendem o detalhe para então sistematizar como funciona o geral – enquanto a maioria das pessoas apreende o geral para depois se afunilar em detalhes. Isso é um enorme ponto positivo para engenheiros, físicos, matemáticos, músicos.

Não que não haja um lado negativo. Portadores da síndrome de Asperger também têm dificuldade em aceitar e adotar regras sociais. Por isso, muitas vezes parecem ter personalidade infantil. Quando entrou para a faculdade de engenharia, Wittgenstein se fascinou pela obra Os Princípios da Matemática, de Bertrand Russell. Em 1911, mudou-se para a Universidade de Cambridge para estudar com Russell. Nos primeiros dias, chegava à sala do mestre à noite e seguia até a manhãzinha desdobrando suas ideias como que em um monólogo. Em 1926, quando terminou a defesa oral de sua tese de doutorado, deu um tapinha nos ombros dos examinadores. “Não se preocupem. Eu sei que vocês nunca conseguirão entender”, disse. Wittgenstein começou então a dar aulas. Em seus seminários, era como se não houvesse uma audiência. Lutava com seus pensamentos e volta e meia caía em silêncios que nenhum estudante ousava interromper. Qualquer comentário que considerasse estúpido era retrucado brutalmente.

Para escrever Investigações Filosóficas, sua maior obra, ficou isolado numa cabana na Irlanda. Certa vez, o caseiro, que o havia visto conversando, perguntou-lhe se tivera uma boa companhia. A resposta foi: “Sim, falei muito com um ótimo amigo – eu mesmo”. Numa carta a Bertrand Russell, escreveu: “Estar sozinho me faz um bem infinito, e não acho que agora poderia suportar a vida entre pessoas”. O único grande prazer social do filósofo era discutir seus interesses – lógica, linguística e música. O mundo real pouco lhe importava.

HORTA, Maurício. “O lado bom das coisas ruins”, Superinteressante, São Paulo, nº 302, março 2012. Disponível em: https:// super.abril.com.br/comportamento/o-lado-bom-das-coisas-ruins/. Acesso em: 23 set.2018.
Releia o primeiro parágrafo do texto, reproduzido abaixo:
"Ludwig Wittgenstein, gênio da filosofia, começou a falar só aos 4 anos. Estudou com tutores particulares em sua casa, em Viena, até os 14 anos. Sem conseguir passar no vestibulinho do colegial, foi parar em 1903 na escola técnica de Linz (a mesma de Adolf Hitler, de quem não foi colega, pois o futuro ditador estava dois anos atrasado nos estudos). Mas ele simplesmente não se interessava pelos colegas. A solidão e a dislexia fizeram dele um perfeito alvo de bullying. “Nunca consegui expressar metade do que queria. Na verdade, não mais que um décimo”, contou em suas memórias."
Nesse trecho, os termos em destaque constituem recursos anafóricos, utilizados para retomar palavras ou expressões anteriores. Assinale a alternativa que NÃO indica um recurso anafórico utilizado para fazer referência a Ludwig Wittgenstein:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: IF SUL - MG Órgão: IF Sul - MG Prova: IF SUL - MG - 2018 - IF Sul - MG - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1268928 Português

Imagem associada para resolução da questão

Disponível em: http://cdn.atividadesparaprofessores.com.br/uploads/preconceito.jpeg Acesso em: 30.10.18

Para a produção de sua crítica, o cartunista faz uso de diferentes recursos, EXCETO o(a):

Alternativas
Ano: 2018 Banca: IF SUL - MG Órgão: IF Sul - MG Prova: IF SUL - MG - 2018 - IF Sul - MG - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1268929 Português
Imagem associada para resolução da questão

Sobre a campanha publicitária produzida pela Federação Nacional de Educação e Inclusão dos Surdos (FENEIS) são feitas as seguintes afirmações:
I- O uso do adjetivo "total" produz o sentido de que a inclusão ainda é incompleta. II – A expressão “com a língua de sinais” indica o modo como “uma inclusão total” será conquistada. III – O uso do termo “quando” indica uma condição para que uma “inclusão total com a língua de sinais” seja possível.
São corretas as afirmações feitas em:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: IF SUL - MG Órgão: IF Sul - MG Prova: IF SUL - MG - 2018 - IF Sul - MG - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1268930 Português
As questão se refere ao texto II

Texto II

Leia o trecho da entrevista ao Le Diplomatique, concedida pelo rapper brasileiro Emicida, quando questionado sobre o seu papel como artista: 

EMICIDA - Talvez minha cruz seja a liberdade. Tenho um bagulho selvagem. Livre e selvagem, e não estou contando com a compreensão dos outros. No momento que precisávamos romper com a tradição, rompemos, sem medo de ser feliz ou triste.
[...]
Não chamo a liberdade de cruz por ser ruim, mas a atmosfera do nosso país faz com que a liberdade seja uma parada amaldiçoada quando um preto é livre. Quando você é preto, precisa cumprir com alguns requisitos básicos para ser interpretado como ser humano. As pessoas têm um estereótipo, e se você quebra isso, elas se julgam no direito de colocar o dedo na sua cara.
[...]
A vida inteira estamos cantando sobre ascensão, quebrar as barreiras e mostrar como a vitória também pode ser possível. Corta para 2017. Um bando de cabaço do MBL (Movimento Brasil Livre) pega uma foto minha em um evento de gala e coloca: “usa um terno de R$ 15 mil e isso é uma grande contradição no discurso dele”. No imaginário dessas e de várias pessoas que corroboram com essa palhaçada, o lugar do preto está definido. Eles nunca se incomodam ao ver um preto na calçada, jogado no lixo, andando pelado, louco na rua ou amontoado em cadeia. Mas quando vê um preto ganhando troféu de “Homem do ano”, com um terno foda, nesse momento consigo ler claramente que a liberdade ofende. Quando damos um passo rumo ao SP Fashion Week, com pretos em toda cadeia de produção, da costureira da Vila Brasilândia a modelo que desfilou, move toda estrutura, e no momento que colocamos esses pretos vivos na capa de todos os jornais do Brasil, as pessoas falam que estamos cobrando caro nas roupas da Laboratório Fantasma… É gente que não faz a menor ideia do que é a nossa história, do que nós falamos, da cadeia que movemos. Na cabeça delas, nosso destino é ser miserável. Não temos o direito de cobrar o que achamos que nosso trabalho vale. Mas aí eu me apego à minha liberdade. Eu quero é que se foda.
Disponível em: https://diplomatique.org.br/me-preocupa-o-fato-de-a-poesia-precisar-ser-obvia-pra-caralho-emicida/
Conforme o ponto de vista do entrevistado, a compreensão do termo “liberdade”, abarca:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: IF SUL - MG Órgão: IF Sul - MG Prova: IF SUL - MG - 2018 - IF Sul - MG - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1268931 Português
As questão se refere ao texto II

Texto II

Leia o trecho da entrevista ao Le Diplomatique, concedida pelo rapper brasileiro Emicida, quando questionado sobre o seu papel como artista: 

EMICIDA - Talvez minha cruz seja a liberdade. Tenho um bagulho selvagem. Livre e selvagem, e não estou contando com a compreensão dos outros. No momento que precisávamos romper com a tradição, rompemos, sem medo de ser feliz ou triste.
[...]
Não chamo a liberdade de cruz por ser ruim, mas a atmosfera do nosso país faz com que a liberdade seja uma parada amaldiçoada quando um preto é livre. Quando você é preto, precisa cumprir com alguns requisitos básicos para ser interpretado como ser humano. As pessoas têm um estereótipo, e se você quebra isso, elas se julgam no direito de colocar o dedo na sua cara.
[...]
A vida inteira estamos cantando sobre ascensão, quebrar as barreiras e mostrar como a vitória também pode ser possível. Corta para 2017. Um bando de cabaço do MBL (Movimento Brasil Livre) pega uma foto minha em um evento de gala e coloca: “usa um terno de R$ 15 mil e isso é uma grande contradição no discurso dele”. No imaginário dessas e de várias pessoas que corroboram com essa palhaçada, o lugar do preto está definido. Eles nunca se incomodam ao ver um preto na calçada, jogado no lixo, andando pelado, louco na rua ou amontoado em cadeia. Mas quando vê um preto ganhando troféu de “Homem do ano”, com um terno foda, nesse momento consigo ler claramente que a liberdade ofende. Quando damos um passo rumo ao SP Fashion Week, com pretos em toda cadeia de produção, da costureira da Vila Brasilândia a modelo que desfilou, move toda estrutura, e no momento que colocamos esses pretos vivos na capa de todos os jornais do Brasil, as pessoas falam que estamos cobrando caro nas roupas da Laboratório Fantasma… É gente que não faz a menor ideia do que é a nossa história, do que nós falamos, da cadeia que movemos. Na cabeça delas, nosso destino é ser miserável. Não temos o direito de cobrar o que achamos que nosso trabalho vale. Mas aí eu me apego à minha liberdade. Eu quero é que se foda.
Disponível em: https://diplomatique.org.br/me-preocupa-o-fato-de-a-poesia-precisar-ser-obvia-pra-caralho-emicida/
De acordo com a entrevista, são exemplos da quebra de paradigma que envolve o negro na sociedade brasileira, EXCETO:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: IF SUL - MG Órgão: IF Sul - MG Prova: IF SUL - MG - 2018 - IF Sul - MG - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1268932 Português

A questão se refere ao livro Clara dos Anjos, de Lima Barreto:

Leia o trecho abaixo, retirado do romance Clara dos Anjos, de Lima Barreto:


“Cassi Jones de Azevedo era filho legítimo de Manuel Borges de Azevedo e Salustiana Baeta de Azevedo. O Jones é que ninguém sabia onde ele o fora buscar, mas usava-o, desde os vinte e um anos, talvez, conforme explicavam alguns, por achar bonito o apelido inglês.

Era bem misterioso esse seu violão; era um elixir ou talismã de amor. Fosse ele ou fosse o violão, fossem ambos conjuntamente, o certo é que, no seu ativo, o Senhor Cassi Jones, de tão pouca idade, relativamente, contava perto de dez desfloramentos e a sedução de muito maior número de mulheres casadas”

BARRETO, Lima. Clara dos Anjos. p.7


Nesse trecho, Cassi Jones é apresentado ao leitor por meio do narrador que antecipa a ausência de caráter do jovem moço. A construção do perfil desse “malandro dos subúrbios” dá-se, ao longo da narrativa, por meio de ações e comportamentos de Cassi Jones, tais como:

I – a sedução da jovem Clara dos Anjos, iniciada na festa de aniversário desta, e concretizada por meio da troca de cartas de amor, intermediada por Meneses.

II – a incapacidade para o exercício profissional, em virtude da ausência de conhecimento e da falta de dedicação do jovem.

III – a criação de galos de briga, para disputas e comercialização, como forma de obter algum dinheiro.

IV – a elaboração e execução de um plano para assassinar o seu opositor, padrinho de Clara, o Sr. Marramaque.

V – a prática de furtos de objetos de pouco valor, nos bondes do centro do Rio de Janeiro, a fim de vendê-los no comércio local.

VI – o rompimento das relações familiares, e o consequente isolamento, a fim de que pudesse viver o estilo de vida escolhido, sem dever satisfações aos seus.


Mostra-se INCOERENTE com a narrativa, o que se afirma em:

Alternativas
Ano: 2018 Banca: IF SUL - MG Órgão: IF Sul - MG Prova: IF SUL - MG - 2018 - IF Sul - MG - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1268933 Português
A questão se refere ao livro Clara dos Anjos, de Lima Barreto:

"O drama da pobreza e do preconceito racial constitui também o núcleo de Clara dos Anjos, romance inacabado, vindo à luz postumamente, mas cuja primeira redação remonta a 1904/05 [...] A proximidade da composição e do tema está a definir a necessidade de expressão autobiográfica em que penava o jovem Lima Barreto. As humilhações do mulato encarna-as Clara dos Anjos, moça pobre do subúrbio, seduzida e desprezada por um rapaz de extração burguesa.” BOSI, Alfredo. História concisa da literatura brasileira. p.323
O desfecho da história se dá com Clara sendo humilhada pela mãe de Cassi Jones. A conclusão a que chega a protagonista, depois dessa cena, indica a:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: IF SUL - MG Órgão: IF Sul - MG Prova: IF SUL - MG - 2018 - IF Sul - MG - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1268934 Português
A questão se refere ao conto “Maria do Rosário Imaculada dos Santos”, de Conceição Evaristo.
Leia as afirmações abaixo sobre a estruturação do enredo do conto “Maria do Rosário Imaculada dos Santos”, de Conceição Evaristo.
I - a situação inicial do enredo caracteriza-se por uma cena cotidiana: Maria do Rosário, criança, encontra-se sentada à porta de sua casa junto com sua família. II - o contexto da vida pacata é quebrado pela chegada de um jipe, comandado por um casal de estrangeiros que se aproxima da família dos Santos e dos Reis e que, apesar da dificuldade linguística, consegue convencer os adultos a levar as crianças para um passeio no automóvel. III - o conflito se estabelece com a partida do casal, levando consigo, para outro país, duas crianças: Maria do Rosário e um dos seus irmãos, que, raptados, passarão anos de suas vidas junto aos raptores. IV - o clímax da história, como ponto alto da narrativa, ilustra-se pela angústia internalizada de Maria do Rosário a partir do momento em que toma consciência de que havia sido roubada dos seus. V - a vida apartada de sua origem desencadeia na protagonista o medo de constituir família e a necessidade de se deslocar rumo à cidade natal. VI - a resolução do conflito ocorre com a chegada da protagonista à cidade Flor de Mim, onde, finalmente, reencontra parte de sua família.
Mostra-se INCOERENTE com a narrativa o que se afirma em:

Alternativas
Ano: 2018 Banca: IF SUL - MG Órgão: IF Sul - MG Prova: IF SUL - MG - 2018 - IF Sul - MG - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1268935 Português
A questão se refere ao conto “Maria do Rosário Imaculada dos Santos”, de Conceição Evaristo.
Leia o trecho abaixo, retirado do conto “Maria do Rosário Imaculada dos Santos”
“A lembrança do dia em que fui roubada voltava incessantemente. Às vezes, com todos os detalhes, ora grosseiramente modificada. Na versão modificada, eu-menina era jogada no porão de um navio pelo casal que tinha me roubado de casa”. EVARISTO, Conceição. “Maria do Rosário Imaculada dos Santos”. p.4
Apesar de se tratar de uma reconstrução dos fatos, por meio do sonho ou da imaginação, a nova versão para o rapto mostra-se coerente com algumas experiências vividas por Maria do Rosário, EXCETO:

Alternativas
Respostas
1: B
2: A
3: D
4: A
5: B
6: B
7: C
8: D
9: B
10: C