Questões de Vestibular IF Sul Rio-Grandense 2016 para Odontólogo
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Com relação à profilaxia da endocardite bacteriana, deve-se indicar o seguinte esquema profilático para adultos:
Após realizar completa anamnese, exame clínico e radiográfico, o dentista está apto a determinar o plano de tratamento mais adequado para o tipo de traumatismo envolvido.
Com relação às lesões traumáticas dos dentes e suas estruturas de suporte, o que é correto afirmar?
Com relação à avulsão, é INCORRETO afirmar que
Durante exame periodontal, em paciente de 52 anos, observou-se perda linear horizontal do tecido de sustentação na região da furca do dente 36. Essa perda excedia 1/3 da largura do dente, mas não circundava a largura total da área de furca.
Com relação ao envolvimento de furca descrito, essa lesão deve ser classificada como
A intimidade entre os tecidos pulpares e periodontais favorece a ocorrência concomitante de lesões de origem endodônticas e periodontais no mesmo dente.
Com relação às lesões endo-periodontais, é correto afirmar que
Paciente de 20 anos chega ao consultório relatando dor apenas durante o ato mastigatório, quando o alimento encosta no dente 46. Também comenta que, às vezes, o dente sangra. O exame clínico evidencia pólipo no interior de uma cavidade cariosa e, radiograficamente, observa-se cárie profunda, havendo uma pequena comunicação direta da câmara pulpar com a cavidade da cárie, junto ao corno pulpar mesial. O periodonto apical encontra-se ligeiramente espessado e o assoalho da câmara pulpar, íntegro.
Com base no caso clínico apresentado, o diagnóstico é
I. Pulpite reversível.
II. Periodontite apical de origem bacteriana.
III. Pulpite crônica hiperplásica.
O tratamento indicado, segundo Mário Roberto Leonardo(2008), é
I. Pulpotomia.
II. Biopulpectomia.
III. Necropulpectomia.
Sobre o diagnóstico e o tratamento indicados, estão corretas apenas as afirmativas da alternativa
Com respeito aos princípios biológicos periodontais, o que é correto afirmar?
Com relação às ligas e às restaurações de amálgama, é correto afirmar que
Conhecendo as bases, fundamentos e técnicas relacionadas às interações adesivas, o que é correto afirmar?
Contra a mera “tolerância” das diferenças
Renan Quintanilha
“É preciso tolerar a diversidade”. Sempre que me defronto com esse tipo de colocação, aparentemente progressista e bem intencionada, fico indignado. Não, não é preciso tolerar.
“Tolerar”, segundo qualquer dicionário, significa algo como “suportar com indulgência”, ou seja, deixar passar com resignação, ainda que sem consentir expressamente com aquela conduta.
“Tolerar” o que é diferente consiste, antes de qualquer coisa, em atribuir a “quem tolera” um poder sobre “o que tolera”. Como se este dependesse do consentimento daquele para poder existir. “Quem tolera” acaba visto, ainda, como generoso e benevolente, por dar uma “permissão” como se fosse um favor ou um ato de bondade extrema.
Esse tipo de discurso, no fundo, nega o direito à existência autônoma do que é diferente dos padrões construídos socialmente. Mais: funciona como um expediente do desejo de estigmatizar o diferente e manter este às margens da cultura hegemônica, que traça a tênue linha divisória entre o normal e o anormal.
Tolerar não deve ser celebrado e buscado nem como ideal político e tampouco como virtude individual. Ainda que o argumento liberal enxergue, na tolerância, uma manifestação legítima e até necessária da igualdade moral básica entre os indivíduos, não é esse o seu sentido recorrente nos discursos da política.
Com efeito, ainda que a defesa liberal-igualitária da tolerância, diante de discussões controversas, postule que se trate de um respeito mútuo em um cenário de imparcialidade das instituições frente a concepções morais mais gerais, isso não pode funcionar em um mundo marcado por graves desigualdades estruturais.
Marcuse1 identificava dois tipos de tolerância: a passiva e a ativa. No primeiro caso, a tolerância é vista como uma resignação e uma omissão diante de uma sociedade marcadamente injusta em suas diversas dimensões. Por sua vez, no segundo caso, ele trata da tolerância enquanto uma disposição efetiva de construção de uma sociedade igualitária. Não é este, no entanto, o discurso mais recorrente da tolerância em nossos tempos.
Assim, quando alguém te disser que é preciso “tolerar” a liberdade das mulheres, os direitos das pessoas LGBT, a busca por melhores condições de vida das pessoas pobres, as reivindicações por igualdade material das pessoas negras, dentre outros segmentos vulneráveis, simplesmente não problematize esse discurso.
Admitir a existência do outro não significa aceitá-lo em sua particularidade como integrante da comunidade política. É preciso valorizar os laços mais profundos de reciprocidade e respeito pelas diferenças, o que só o reconhecimento, estágio superior da tolerância, pode ajudar a promover, como ensinou Axel Honneth2 .
Diversidade é um valor em si mesmo e não depende da concordância dos que ocupam posições de privilégios. Direitos e liberdades não se “toleram”. Devem ser respeitados e promovidos, por serem conquistas jurídicas e políticas antecedidas de muitas lutas.
O que não se pode tolerar é o discurso aparentemente “benevolente” e “generoso” – mas na verdade bem perverso – da “tolerância das diferenças”. Ninguém precisa da licença de ninguém pra existir.
Disponível em: <http://revistacult.uol.com.br/home/2016/02/contra-a-mera-tolerancia-das-diferencas/> Acesso em: 03mai 2016.
I. Tolerar aquele que é diferente significa aquiescer a sua existência.
II. Não há tolerância em relação à existência autônoma do que é diferente dos padrões sociais.
III. Tolerar não basta; é preciso admitir a existência do outro como membro da comunidade política.
IV. Não existe consonância entre o argumento liberal sobre a tolerância e o sentido recorrente nos discursos da política.
Está (ão) correta (s) apenas a (s) afirmativa (s)