Questões de Vestibular IFF 2018 para Vestibular - Segundo Semestre
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“Epopeia empolgante, da arremetida dos leões goytacazes em busca do insultador da Pátria amada! Lições de coragem, de desprendimento, de fé cívica que nos deixaram aqueles destemidos voluntários campistas abandonando as plagas camposinas, nos dias apreensivos de 1865, em busca do Sul, para baterem rijos ao atrevido Paysandu! Somente a 25 de janeiro de 1865 foi que os campistas puderam ter a demorada notícia [...] da invasão do território brasileiro, na província do Mato Grosso, pelas hordas fanáticas do [Solano] López [...]. A alma campista fremiu de patriotismo, e [...] três dias após a tremenda notícia [partiam] [...] os primeiros patriotas. Efetivamente cheio de estoicismo [...] 12 campistas [...] subiam a bordo do vapor [...].”
SOUSA, Horacio. Cyclo Aureo: História do 1º centenário da cidade de Campos 1835-1935. Campos dos Goytacazes, RJ: Essentia, 2014. 1ª edição de 1935. (Memórias Fluminenses: v. 1). p. 129 (adaptado).
O texto foi publicado pela primeira vez no ano de 1935, e trata da participação de voluntários da cidade de Campos dos Goytacazes na Guerra do Paraguai (1864-1870). Analisando historicamente o texto e relacionando-o com o referido conflito, julgue as afirmações a seguir:
I. O Império brasileiro não participou das tensões na região do rio da Prata antes da guerra, só dando atenção política à área quando se iniciaram as ações bélicas, como fica caracterizado no texto pela demora da chegada de notícias sobre o conflito.
II. A participação de voluntários na Guerra do Paraguai foi intensa, tendo partido milhares de soldados de todo o país, tidos, tanto em parte da imprensa da época quanto em parte da historiografia sobre o tema, como nobres voluntários, conforme são caracterizados no texto.
III. O processo político que culmina com o conflito foi fruto exclusivo das ações autoritárias do presidente paraguaio Solano López, que, segundo o texto, liderava “hordas fanáticas” e era um “insultador”.
A(s) afirmação(ões) CORRETA(S) é(são)
Leia o texto a seguir:
“O golpe [civil e militar de 1964] não continha um ideário de governo. Não apontava para uma ditadura civil e militar como o Brasil iria viver, durante mais de uma década. As eleições de 1965 estavam logo ali e havia candidatos animados a disputá-la e vencê-la. O golpe de 1964 foi um projeto contra o governo Jango e as esquerdas. Não havia, de forma definida, um projeto de governo a favor de algo. Depor Goulart e fazer a limpeza política no país era o que se queria. A limpeza era também um contra. Contra os trabalhistas, os comunistas, os sindicalistas, os subversivos em geral. Os que seriam chamados de inimigos da Revolução vitoriosa.”
FERREIRA, Jorge; GOMES, Angela de Castro. 1964: o golpe que derrubou um presidente, pôs fim ao regime democrático e instituiu a ditadura no Brasil. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2014. p. 371-372 (grifos no original).
Sobre a dinâmica política brasileira no período que antecede o golpe civil e militar, é CORRETO afirmar que
Observe a gravura e leia atentamente os textos:
“Em 1519, a cidade do México-Tenochtitlán contava com cerca de 400 mil habitantes, o que significa que, na época, era provavelmente a maior cidade do mundo, e que essa sociedade urbanizada com certeza dispunha de elites perfeitamente formadas para que pudesse funcionar de maneira eficaz. Compreende-se que, para administrar uma cidade de tal importância, os invasores não pudessem se abster dos saberes sofisticados, do prestígio e da influência da nobreza índia. Essa nobreza tinha uma formação notável. Antes da conquista espanhola, era formada em colégios de ensino superior, os calmecac, onde aprendia os saberes, os mitos, os rituais e as artes do mundo pré-colombiano. [...]”
GRUZINSKI, Serge. O renascimento ameríndio. In: NOVAES, Adauto (Org.). A outra margem do Ocidente. São Paulo: Companhia das Letras, 1999. p. 285-286.
“Muitas vezes os comentadores recentes não esconderam sua admiração por um Estado [asteca] que dedicava tamanha atenção à educação das crianças: tanto os ricos como os pobres são ‘escolarizados’, quer na escola religiosa, quer na escola militar.”
TODOROV, Tzvetan. A Conquista da América. Lisboa: Litoral edições, 1990. p. 105.
A partir da observação da figura e da leitura dos textos, pode-se afirmar que
Após a queda definitiva de Napoleão Bonaparte (1815), sob o novo governo de Luís XVIII, foi estabelecida na França uma nova Constituição que combinou aspectos do absolutismo e do liberalismo. Tratou-se, de certa forma, de uma restauração elitista com o cerceamento de direitos e liberdades individuais conseguidos durante a Revolução Francesa. No governo seguinte, de Carlos X, organizou-se uma nova reação liberal, preparando o palco para a Revolução Liberal de 1830, que, vitoriosa, restabeleceu vários dispositivos liberais anteriormente suprimidos. Em 1848, ocorre uma nova onda revolucionária na França, conhecida como a “Primavera dos Povos”.
Assinale a opção que identifica parte das reivindicações defendidas na denominada “Primavera dos Povos”: