Questões de Vestibular IFN-MG 2018 para Vestibular - Segundo Semestre
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Leia o trecho.
“O capitalismo também leva à perda do controle social, democrático e comunitário sobre os recursos naturais, convertendo direitos em mercadorias e limitando o acesso dos povos aos bens e serviços necessários à sobrevivência.” (Linhas 29-31).
Esse trecho é um argumento conclusivo que só NÃO arremata a seguinte constatação:
Considere a utilização da preposição para nas ocorrências que se seguem.
I - As iniciativas da sociedade brasileira têm sido incipientes como prática preventiva para proteger a água. (Linha 8).
II – “(...) de um modelo econômico que considera água e natureza como meros ativos de mercado, impondo um modelo ineficaz para prover acesso à água e ao saneamento para o conjunto da humanidade.” (Linhas 51-53).
III - “Há destruição e exclusão, enquanto deveria haver sustentabilidade e proteção do meio ambiente e da vida, para as atuais e futuras gerações.”. (Linhas 43-44).
IV – “visando à construção de um modelo de desenvolvimento com sustentabilidade (ecológica, social, espacial, cultural, econômico-financeira etc.) para países e até continentes, como a América do Sul e a África.” (Linhas 36-38).
A preposição para introduz ideia de objetivo, finalidade:
“Por outro lado, a história também tem revelado a luta dos povos diante das contradições e conflitos cada vez mais numerosos e intensos pelo uso da água, visando à construção de um modelo de desenvolvimento com sustentabilidade (ecológica, social, espacial, cultural, econômico-financeira etc.) para países e até continentes, como a América do Sul e a África.” (Linhas 35-38).
A expressão destacada tem a função de:
Leia o trecho.
“Diante disso, todos devem reagir e defender-se de um modelo econômico que considera água e natureza como meros ativos de mercado, impondo um modelo ineficaz para prover acesso à água e ao saneamento para o conjunto da humanidade. Gerir bens comuns não é adequado ao perfil de empresas que visam ao lucro, portanto jamais será a base de uma economia sustentável, solidária e democrática, pois ameaça as espécies vivas,(...)” (Linhas 51-54).
As expressões destacadas podem ser substituídas, sem prejuízo de sentido do texto, respectivamente, por:
Considerando a função sintática do termo destacado no trecho a seguir:
“(...) e intervêm diretamente na soberania dos países que possuem essa riqueza.” (Linhas 22-23)
Marque a opção cuja ocorrência apresenta a mesma função.
Sobre a campanha no TEXTO 02, só NÃO é correto afirmar que:
TEXTO 03
CHEGA DE MÁGOA
Milton Nascimento e outros (criação coletiva)
Nós não vamos nos dispersar
Juntos, é tão bom saber
Que passado o tormento
Será nosso esse chão…
Água, dona da vida
Ouve essa prece tão comovida
Chega, brinca na fonte
Desce do monte, vem como amiga
Te quero água de beber
Um copo d’água
Marola mansa da maré
Mulher amada
Te quero orvalho toda manhã
Terra, olha essa terra
Raça valente, gente sofrida
Chama, tem que ter feira
Tem que ter festa, vamos pra vida
Te quero terra pra plantar, ah
Te quero verde
Te quero casa pra morar, ah
Te quero rede
Depois da chuva o Sol da manhã
Chega de mágoa
Chega de tanto penar
Canto e o nosso canto
Joga no tempo uma semente
Gente, olha essa gente
Olha essa gente, olha essa gente
Te quero água de beber
Um copo d’água
Marola mansa da maré
Mulher amada
Te quero terra pra plantar
Te quero verde, hum
Te quero casa pra morar
Te quero rede
Depois da chuva o Sol da manhã
Canto (eu canto) e o nosso canto (canto)
Joga no tempo (joga no tempo) uma semente
Gente (quero te ver crescer bonita)
Olha essa gente (quero te ver crescer feliz)
Olha essa gente (olha essa terra, olha essa gente)
Olha essa gente (Gente pra ser feliz, feliz)
Te quero água de beber (me dê um copo)
Um copo d’água
Marola mansa da maré
Mulher amada
Te quero terra pra plantar
Te quero verde
Te quero casa pra morar
Te quero rede
Depois da chuva o Sol da manhã
Chega de mágoa
Chega de tanto penar
Chega de mágoa
Chega de tanto penar
Ah!
Disponível em: https://www.letras.mus.br/milton-nascimento/1493585/. Acesso em 22 abr. 2018.
“Chega de mágoa”, compõe o disco “Nordeste Já”, gravado no Brasil, em 1985, com o objetivo de angariar fundos para
a população carente do nordeste do país. Sobre a letra da música “Chega de Mágoa”, podemos observar que:
TEXTO 05
Considere o trecho:
“Este último capítulo é todo de negativas. Não alcancei a celebridade do emplasto, não fui ministro, não fui califa, não conheci o casamento. Verdade é que, ao lado dessas faltas, coube-me a boa fortuna de não comprar o pão com o suor do meu rosto. Mais; não padeci a morte de dona Plácida, nem a semidemência do Quincas Borba. Somadas umas coisas e outras, qualquer pessoa imaginará que não houve míngua nem sobra, e, conseguintemente, que saí quite com a vida. E imaginará mal; porque ao chegar a este outro lado do mistério, achei-me com um pequeno saldo, que é a derradeira negativa deste capítulo de negativas: – Não tive filhos, não transmiti a nenhuma criatura o legado da nossa miséria.” (ASSIS, Machado de. Memórias Póstumas de Brás Cubas. Obra completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994).
O trecho é um exemplar:
TEXTO 06
Januária, Bonito de Minas, Chapada Gaúcha, Arinos, Urucuia – O buriti que se mira no espelho d’água vai se firmando mais e mais como um traço do passado retido na memória de antigos moradores, em fotografias e na bela imagem literária de Guimarães Rosa. (...)
As veredas que mataram a sede do narrador da saga, de Diadorim e Zé Bebelo, hoje agonizam e perdem a capacidade
de armazenar o líquido no período chuvoso para alimentar córregos e rios ao longo do ano (...)
O veredito é trágico. Setenta por cento das veredas estão ameaçadas de desaparecer em curto prazo, continuamente maltratadas pelas mãos do homem, revela a pesquisadora do Departamento de Biologia da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes) Maria das Dores Magalhães Veloso, a Dora, que há oito anos se debruça sobre o tema.
Disponível em: https://www.em.com.br/app/noticia/gerais/2016/10/16/interna_gerais,814549/veredas-de-guimaraes-rosa-agonizam-no-interior-deminas-gerais.shtml. Acesso em 28 abr. 2018. Adaptado.
Ao trazer a notícia, o jornalista Luiz Ribeiro evoca:
TEXTO 07
Considere o trecho do conto “Uma velhinha”, de Márcio Moraes.
“Hoje, revi, depois de quinze anos, uma velhinha, que há quinze anos já era velha. Naquele tempo ela vendia panos de prato bordados nas ruas da cidade. (...) mas nunca tinha fixado o meu olhar e coração em seu ser, com tanta intensidade, (...).
Sim, encontrei-me não apenas com uma velhinha que se fixara em minha memória desde o primeiro dia que a vi há quinze anos. Encontrei-me também com aquele Office boy que corria de um banco a outro. (...)
Hoje encontrei-me a mim mesmo. Estava perdido no tempo que me trouxe a velhinha de volta.(...)
Hoje, revivi”
(MORAES, Márcio Adriano. Tecidos do Imaginário: Ler-Se(R). Revista Literartes. São Paulo: USP. n. 01. p. 01 e 02, 2012).
Esse reencontro do narrador-personagem com a velhinha representa: