Questões de Vestibular MEC 2022 para Jornalismo
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Uma das obras de arte mais famosas do mundo, La Gioconda (também conhecida como Monalisa) sofreu um ataque de vandalismo no Museu do Louvre, em Paris. Uma pessoa atirou o que parece ser uma torta no quadro. Ela estava disfarçada com peruca e usava cadeira de rodas. A identidade da pessoa não foi divulgada e ainda não se sabe a motivação do ataque. Diversos visitantes publicaram fotos e vídeos do ocorrido nas redes sociais. A pintura não sofreu danos, pois está protegida por uma placa de cristal.
Disponível em: https://g1.globo.com/mundo/noticia/2022/05/29/quadro-da-monalisa-e-atacado-por-visitante-no-louvre.ghtml. Acesso em: 27 jun. 2022 (adaptado).
Considerando as imagens e o texto apresentados, avalie as afirmações a seguir.
I. As imagens realizadas de forma espontânea e fortuita por pessoas comuns se tornaram aceitáveis para publicação de veículos jornalísticos on-line devido à instantaneidade da notícia, ainda que não possuam a qualidade daquelas capturadas por câmeras profissionais.
II. O uso de smartphones no fotojornalismo propiciou a geração de imagens antes da apuração das notícias e sua rápida publicação, mesmo em baixa qualidade, deixando informações relevantes para publicação posterior em suítes e matérias derivadas.
III. As imagens realizadas por fotojornalistas se diferenciam daquelas capturadas pelo público em geral devido ao fato de que eles trabalham a partir de conceitos jornalísticos e são motivados por concepções e olhares característicos da profissão.
É correto o que se afirma em
Desde o período moderno, as fotografias são alvo de discussão sobre a exposição do sofrimento. Essa reflexão vem sendo desenvolvida em torno de imagens que apresentam diversas situações de catástrofes, guerras, atentados, doenças e acidentes. Se, por um lado, as imagens fotográficas nos meios massivos de comunicação surgem como registros de mazelas e infortúnios cotidianos, por outro, as implicações éticas da prática fotojornalística jogaram luz sobre a criação de uma grande galeria de sofredores transformados em exemplos de diversas temáticas que compõem os sofrimentos ordinários. Isso vem sendo alvo de críticas voltadastanto à exploração das desgraças alheias quanto ao embotamento crítico e afetivo dos espectadores estimulados por essa torrente de imagens do sofrimento. Entretanto, o fotojornalismo ainda assume um papel importante nos modos de perceber as realidades do mundo, configurando-se como um complexo campo de visibilidade no qual atuam os vários pactos de acessos e distribuição de lugares entre corpos e falas.
BIONDI, A. Três figurações do corpo sofredor no fotojornalismo. In: MARTINS, M. L. et al. (Org.). Figurações da morte na mídia e na cultura: entre o estranho e o familiar. Braga: Centro de Estudos Comunicação e Sociedade, p. 226 - 245, 2016 (adaptado).
TEXTO 2
Considerando que o texto e a fotografia apresentados colocam em questão alguns dos dilemas éticos da prática fotojornalística, avalie as afirmações a seguir.
I. Ao explorar com frequência as experiências de sofrimento, o fotojornalismo assume um lugar ético, pois participa da constituição comum de noções como a de justiça, medo, indignação, entre outras disposições afetivas e políticas.
II. Imagens como a do repórter fotográfico Tiago Brandão violam o Código de Ética dos Jornalistas, pois exploram o sofrimento alheio sem apresentar informação relevante e de amplo interesse público.
III. Quando o sofrimento humano é motivo visual do fotojornalismo, além de relatar um fato ocorrido, a imagem também propõe modos de experiência que mobilizam o espectador compassivamente em direção aos corpos precarizados.
É correto o que se afirma em