Questões de Vestibular PUC - PR 2016 para Vestibular - Primeiro Semestre
Foram encontradas 60 questões
Observe a tirinha.
A fala da garota na tirinha explica-se porque o
No final do ano passado, a campanha #MeuAmigoSecreto tomou conta das redes sociais com milhares de histórias relatadas por mulheres sobre casos de machismo e violência de gênero envolvendo pessoas próximas, como amigos, companheiros, chefes, parentes etc.
Para dar continuidade aos debates do mundo virtual, o coletivo feminista Não Me Kahlo vai lançar em abril o livro #MeuAmigoSecreto: Feminismo além das redes (Edições de Janeiro). A obra reúne artigos das cinco integrantes do coletivo sobre assuntos ligados a um objetivo em comum: a desconstrução do machismo.
"Não é um livro com relatos; é um livro que fala dos problemas que levam a misoginia a ser naturalizada na sociedade. Debruçamo-nos em pesquisas para criar um material consistente que sirva de apoio para aqueles que quiserem compreender melhor as raízes do machismo e quais são as pautas feministas", afirmam as autoras e participantes do Não Me Kahlo ao Catraca Livre.
Disponível em:<https://catracalivre.com.br/geral/cidadania/indicacao/coletivo-feminista-lanca-livro-sobre-temas-discutidos-nacampanha-meuamigosecreto/>
Observe a charge.
A linguagem não verbal usada pelo chargista nessa ilustração deixa clara certa atitude dos personagens
que se soma às palavras da vassoura. Assim, cria-se o efeito de humor, centrado no fato de
Quando estava na escola, uma professora pedia relatórios gigantescos e os avaliava mais pela quantidade de páginas escritas que pela qualidade delas. Como a turma era bastante numerosa, sabíamos que ela não conseguiria ler toda nossa produção, então escrevíamos com capricho o início e o final do trabalho e o resto preenchíamos com geradores de texto falso. Ninguém nunca foi reprovado por isso, mas, mesmo que tenha lido, a professora não deve ter entendido as reflexões criadas por computador.
Essa trapaça (da qual não me orgulho) aconteceu no início dos anos 2000, nos primórdios dos geradores de texto. Hoje, com o avanço da tecnologia, não seria tanta enganação assim. Contos já foram escritos por inteligência artificial e é possível programar matérias jornalísticas com algoritmos - algumas agências de notícias fazem isso com publicações que têm estruturas previsíveis, como esporte e mercado financeiro. [...]
Disponível em:<http://super.abril.com.br/tecnologia/leitores-confiam-mais-em-textos-gerados-por-maquina>
A crise e a crase
Ônibus de turismo já costumavam parar em frente à mansão de Chiquinho Scarpa, em São Paulo, para que os passageiros tirassem fotos. Há um mês, o movimento aumentou. É que o playboy de 64 anos estendeu uma faixa no jardim, com seu rosto estampado. Diz ele que os motoristas que passam por ali aprovam a mensagem, gritando: “É isso aí, Chiquinho”. O slogan: “Juntos pelo Brasil! Não a (sic) luta de classes!”.
Veja, 20/04/2016, p. 89.
O emprego ou a omissão do acento grave indicativo de crase pode mudar o sentido de uma afirmação. A
análise adequada do slogan referido no texto, considerando-se o emprego ou não do acento grave, encontra-se
em:
Leia o texto a seguir.
Uma mulher negra na nova nota de 20 dólares
A última e única vez que uma mulher estampou uma cédula de dólar ocorreu pelos idos de 1800 quando Martha Washington, a esposa do 1º presidente americano George Washington – e, por conseguinte, a 1ª primeira-dama da nação –, figurou na nota de um dólar pelo motivo de ser... a esposa de George Washington.
Desta vez, a escolha recaiu sobre Harriet Tubman, nascida escrava no distrito de Dorchester, Maryland, de onde fugiu para a Filadélfia em 1849 e logo em seguida retornou para resgatar sua família. Primeiramente resgatou seus familiares e posteriormente dezenas de outros escravos. Orgulhava-se de nunca ter perdido um só “passageiro”. Quando eclodiu a guerra civil americana, Tubman, se alistou no exército da União sendo cozinheira, enfermeira e espiã. Foi a primeira mulher a liderar uma expedição armada na guerra, comandando o ataque no rio Combahee, onde libertou mais de setecentos escravos. Após o final da guerra, tornou-se uma forte ativista pelos direitos das mulheres, em especial pelo direito de voto.
Disponível em: < http://www.gazetadopovo.com.br/opiniao/artigos/uma-mulher-negra-na-nova-nota-de-20-dolares>.
Acesso em: 7/5/2016. (excerto).
O texto a seguir faz parte de uma correspondência enviada por Mário de Andrade a Manuel Bandeira, em 26 de janeiro de 1935.
(...) Não vá pra Cumbuquira “concertar” o fígado que você se estraga completamente! Isso acho que é demais. Apesar de suas razões que já conheço hoje, concertar com “c”, pra qualquer sentido da palavra está consagrado definitivamente. Vamos: me retruque que o “hontem”, o “geito” e o “pêcego” também estavam concertados definitivamente entre escritores e que então eu não devia concertá-los. Você está certo, mas a minha resposta é o “brinque-se”! Por enquanto. Porque se vier uma nova reforma ortográfica mandando distinguir definitivamente consertar e concertar, assim farei em nome da minha desindividualização teórica.
Mundo Jovem, ed. 466, maio/2016, p. 21.
A variação linguística interfere na produção de sentidos dos textos. No trecho da correspondência de Mário de Andrade, ele argumenta a favor
E aquele 1% é puro talento
Os figurões do mercado parecem não acreditar na ideia de que o sucesso vem com 1% de inspiração e 99% de transpiração. Em pesquisa conduzida pela professora Chia-Jung Tsay, do University College London, perfis de empreendedores foram apresentados a especialistas do mercado financeiro: apesar do discurso de valorizar pessoas empenhadas, os participantes do estudo se mostraram inclinados a investir nos talentos natos. “É possível que o talento natural seja atribuído a características internas e percebido como um meio permanente, mais autêntico e seguro para o sucesso”, diz a pesquisadora.
Galileu, ed. 297, abril/2016, p. 11.
As línguas dispõem de vários recursos para apresentar a relação dos falantes com o conteúdo explicitado.
Assinale a alternativa em que a análise do recurso está CORRETA.
Leia o texto a seguir e observe com atenção as opções apresentadas.
Crianças Trabalham em Condições de Escravidão
Diz a Organização Internacional do Trabalho: as “piores formas de trabalho infantil” são as que podem prejudicar a saúde e a segurança dos menores de 18 anos, as que envolvem trabalho escravo, ou as que são consequência do tráfico humano. A colheita do cacau na Costa do Marfim e em Gana, os maiores produtores mundiais da matéria-prima do chocolate, tem disso tudo. Crianças escravas, enganadas por traficantes de pessoas, ou adolescentes que abandonaram a escola para ajudar a família na lavoura pesada, em contato intenso com agrotóxicos. Os fabricantes de chocolate têm sido cobrados por políticos e consumidores.
E ganharam um prazo para diminuir o trabalho infantil no começo da feitura de seus doces. Mas a questão é mais complexa que apenas apelar às boas intenções das multinacionais – porque envolve um ciclo de miséria enraizado profundamente no solo africano.
A série de reportagens investigativas que denunciou o trabalho escravo de adolescentes e 12 crianças em plantações de Gana e da Costa do Marfim já está fazendo15 anos, e muita coisa mudou de lá para cá – graças à mobilização de entidades de combate ao tráfico infantil e iniciativas das próprias companhias de chocolate. Mas um estudo divulgado pela Tulane University, de New Orleans, mostrou que o cenário ainda é aterrador, mesmo para os padrões africanos. Segundo esse levantamento, 2,2 milhões de crian- ças estavam trabalhando em 2014 nas plantações de cacau da Costa do Marfim e de Gana – e piorou nos últimos cinco anos: 440 mil a mais que na última edição da pesquisa, em 2009. Desse total, 90% estão envolvidas em atividades perigosas: manipulam facões para abrir os frutos (37% das crianças têm ferimentos provocados pelo facão); carregam nos ombros ou sobre a cabeça sacos de mais de 10 kg cheios de sementes de cacau, caminhando pelo solo irregular das plantações; têm contato direto e intenso com pesticidas. Isso tudo sob um sol africano.
Dossiê Superinteressante, São Paulo: Abril, mai, 2016, p.39-41. Com adaptações.
I. As multinacionais fabricantes de chocolate ganharam um prazo para diminuir o trabalho infantil utilizado na colheita do cacau.
II. A erradicação do trabalho infantil independe da boa vontade dos fabricantes de chocolate, porque esbarra na miséria radicada nas terras africanas.
III. A Tulane University divulgou, há 15 anos, um estudo sobre o trabalho escravo envolvendo crianças e adolescentes em plantações de Gana e da Costa do Marfim.
IV. A expressão “última edição da pesquisa” (17ª e 18ª linhas) refere-se a um levantamento feito cinco anos antes de 2014 pela Tulane University.
V. A expressão “desse total” (18ª linha) refere-se aos 2,2 milhões de crianças.
Leia atentamente o trecho do conto Felicidade Clandestina de Clarice Lispector, e assinale a alternativa CORRETA.
“Chegando em casa, não comecei a ler. Fingia que não o tinha, só para depois ter o susto de o ter. Horas
depois abri-o, li algumas linhas maravilhosas, fechei-o de novo, fui passear pela casa, adiei ainda mais
indo comer pão com manteiga, fingi que não sabia onde guardara o livro, achava-o, abria-o por alguns
instantes. Criava as mais falsas dificuldades para aquela coisa clandestina que era a felicidade. A felicidade
sempre iria ser clandestina para mim. Parece que eu já pressentia. Como demorei! Eu vivia no ar...
Havia orgulho e puder em mim. Eu era uma rainha delicada. ”
Leia atentamente o trecho do romance São Bernardo, de Graciliano Ramos, em que o seu narrador Paulo Honório reflete sobre o casamento, e assinale a alternativa CORRETA.
“Amanheci um dia pensando em casar. Foi uma ideia que me veio sem que nenhum rabo-de-saia a provocasse. Não me ocupo com amores, devem ter notado, e sempre me pareceu que mulher é um bicho esquisito, difícil de governar.
A que eu conhecia era a Rosa do Marciano, muito ordinária. Havia conhecido também a Germana e outras
dessa laia. Por elas eu julgava todas. Não me sentia, pois, inclinado para nenhuma: o que sentia era
desejo de preparar um herdeiro para as terras de S. Bernardo.”
Leia atentamente os poemas retirados da obra Muitas Vozes, de Ferreira Gullar, e em seguida assinale a alternativa CORRETA.
Texto 1
REDUNDÂNCIAS
Ter medo da morte
é coisa dos vivos
o morto está livre
de tudo o que é vida
Ter apego ao mundo
é coisa dos vivos
para o morto não há
(não houve)
raios rios risos
E ninguém vive a morte
quer morto quer vivo
mera noção que existe
só enquanto existo
Texto 2
LIÇÃO DE UM GATO SIAMÊS
Só agora sei
que existe a eternidade: é a duração
finita
da minha precariedade
O tempo fora
de mim
é relativo
mas não o tempo vivo:
esse é eterno
porque afetivo
— dura eternamente
enquanto vivo
E como não vivo
além do que vivo
não é
tempo relativo:
dura em si mesmo
eterno (e transitivo)
I. Os dois textos abordam temáticas centrais da obra “Muitas Vozes”, que são a finitude da vida e as constantes reflexões existenciais sobre o viver e o estar no mundo.
II. O texto 1 claramente trata da temática da morte, enquanto o texto 2 se opõe ao primeiro, introduzindo a figura religiosa da eternidade, a felicidade e o sentido da experiência humana.
III. O texto 1 reflete o interesse do eu lírico nas questões do pós-morte, evidenciando que o mistério da morte é maior que o entendimento humano e só podemos percebê-la a partir da fé religiosa.
IV. No texto 2, o eu lírico, com base na ironia, reflete sobre a ideia de eternidade, a qual nos apresenta na primeira estrofe como sendo a “duração finita da minha precariedade”.
V. No texto 1, temos a ideia de que a morte só interessa aos vivos, só amedronta os vivos, pois os mortos já estão livres dela.
Leia o texto a seguir.
A biorremediação pode ser eficaz no rio Doce?
Segundo a EPA, a Agência de Proteção Ambiental norte-americana, a biorremediação designa tratamentos que usam organismos naturalmente existentes no ambiente para degradar substâncias tóxicas em substâncias não tóxicas ou menos tóxicas. Parece muito virtuoso e esperto; mas, se uma indústria libera toneladas de rejeitos tóxicos no ambiente, poderá não fazer absolutamente nada e argumentar que está fazendo um tratamento de biorremediação, isto é, permitindo que as bactérias naturalmente presentes no ambiente degradem o rejeito em questão. O processo poderá levar séculos e não degradar mais que uma fração do rejeito, ou, inclusive, transformar o rejeito em algo mais tóxico do que era originalmente, dependendo do tipo e da forma química dos poluentes presentes no rejeito.
Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/2016/333/a-biorremediacao-pode-ser-eficaz-no-riodoce/?searchterm=A%20biorremedia%C3%A7%C3%A3o%20pode%20ser%20eficaz%20no%20rio%20Doce?
Acesso: 02 de maio de 2016.
A ameaça da erosão genética
Pesca excessiva do tucunaré na Amazônia está diminuindo a variabilidade de genes dessa espécie
Um estudo com o peixe tucunaré, muito consumido por populações do Norte do Brasil, mostra que a ação humana pode estar provocando o empobrecimento genético de suas populações.
Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/revista-ch/revista-ch-2009/259/a-ameaca-da-erosao-genetica/?searchterm=genetica Acesso: 02 de maio de 2016.
Dentre os riscos gerados pelo empobrecimento genético das populações, destaca-se
Leia o texto a seguir.
A próstata, principal foco de câncer masculino
Segundo uma pesquisa da Prostate Cancer UK, instituição de caridade dedicada à pesquisa do câncer de próstata, um em cada cinco britânicos não sabem nem que têm esta glândula. É algo alarmante, levando em conta que o câncer de próstata é a causa mais comum de morte por câncer em homens. O ex-jogador de futebol da Inglaterra e do Newcastle United, Les Ferdinand, que viu seu avô sofrer da doença no final da vida, disse: "Não me surpreende que muitos homens não saibam o que sua próstata faz --é uma glândula fácil de ignorar. Até o câncer de próstata afetar minha família, meu conhecimento era bem pequeno." A sociedade Americana Contra o Câncer estima que, nos Estados Unidos, em 2016, foram diagnosticados cerca de 181 mil casos novos de câncer de próstata e foram registrados mais de 26 mil mortos por essa causa. No Brasil, os dados mais recentes do Inca (Instituto Nacional do Câncer) apontam que são registrados mais de 61 mil novos casos da doença por ano, com mais 13,7 mil mortes.
Fonte:<http://noticias.uol.com.br/saude/ultimas-noticias/bbc/2016/05/01/o-que-e-e-para-que-serve-a-prostata-principalfoco-decancer-masculino.htm>
O monóxido de carbono é um gás incolor, sem cheiro ou sabor, inflamável e perigoso devido à sua grande toxicidade e por ser um asfixiante químico. O CO é liberado no ambiente por fontes naturais, por exemplo, atividade vulcânica, descargas elétricas e emissão de gás natural. Tudo isso é produto da combustão incompleta, ou seja, queima em condições de pouco oxigênio de combustíveis fósseis (lenha, carvão vegetal e mineral, gasolina, querosene, óleo diesel, gás). Em uma reação de combustão, em recipiente fechado, envolvendo o monóxido de carbono, mantido à temperatura constante, foram colocados o monóxido de carbono e gás oxigênio, cujas pressões parciais foram determinadas respectivamente com 4 atm e 1,6 atm , respectivamente. A reação ocorreu e após certo tempo, quando o equilíbrio foi atingido, verificou-se que a pressão parcial do gás oxigênio, foi de 608 mmHg. Analisando o texto, e a reação não balanceada, dada abaixo, assinale a alternativa CORRETA.
http://www.ecycle.com.br/.