Questões de Vestibular PUC - RS 2015 para Vestibular, Primeiro Semestre 2º Dia
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INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o excerto abaixo, retirado da obra Macário, de Álvares de Azevedo.
(O DESCONHECIDO) Eu sou o diabo. Boa-noite, Macário.
(MACÁRIO) Boa-noite, Satã. (Deita-se. O desconhecido sai). O diabo! uma boa fortuna! Há dez anos que eu ando para encontrar esse patife! Desta vez agarrei-o pela cauda! A maior desgraça deste mundo é ser Fausto sem Mefistófeles. Olá, Satã!
(SATÃ) Macário.
(MACÁRIO) Quando partimos?
(SATÃ) Tens sono?
(MACÁRIO) Não.
(SATÃ) Então já.
(MACÁRIO) E o meu burro?
(SATÃ) Irás na minha garupa.
Sobre o movimento literário em que se inscreve Álvares
de Azevedo, é INCORRETO afirmar:
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o fragmento do poema de Carlos Drummond de Andrade, intitulado “O homem: as viagens”.
Restam outros sistemas fora
do solar a col-
onizar.
Ao acabarem todos
só resta ao homem
(estará equipado?)
a dificílima dangerosíssima viagem
de si a si mesmo:
pôr o pé no chão
do seu coração
experimentar
colonizar
civilizar
humanizar
o homem
descobrindo em suas próprias inexploradas entranhas
a perene, insuspeitada alegria
de con-viver.
De acordo com a estrofe apresentada, pode-se afirmar:
( ) O tema da viagem, explorado no texto, refere-se menos a uma viagem física, realizada por espaços desconhecidos e inexplorados, e mais a uma viagem íntima, aquela que o homem realiza ao interior de sua própria subjetividade.
( ) O poema apresenta certo traço narrativo,
valendo-se de recursos da oralidade e da
desconstrução de palavras para reforçar a ideia
da viagem interior.
( ) O poema aborda a difícil viagem interior para destacar uma outra mais difícil: aquela em que o homem precisa aprender uma nova maneira de se relacionar com os outros homens.
( ) Os versos livres com que Carlos Drummond de Andrade compõe seu poema encontram-se também em outras obras do mesmo autor, como Cadeira de balanço e Libertinagem.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses,
de cima para baixo, é
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o fragmento de um capítulo do romance Dois irmãos, de Milton Hatoum, e analise a pintura da artista brasileira Tarsila Amaral, intitulada “O porto”.
Quando Yaqub chegou do Líbano, o pai foi buscá-lo no Rio de Janeiro. O cais Pharoux estava apinhado de parentes de pracinhas e oficiais que regressavam da Itália. Bandeiras brasileiras enfeitavam o balcão e a varanda dos apartamentos da Glória, rojões espocavam o céu, e para onde o pai olhava havia sinais de vitória. Ele avistou o filho no portaló do navio que acabara de chegar de Marselha. Não era mais o menino, mas o rapaz que passara cinco anos dos seus dezoito anos no sul do Líbano. O andar era o mesmo: passos rápidos e firmes que davam ao corpo um senso de equilíbrio e uma rigidez impensável no andar do outro filho, o Caçula.
Com base no texto e/ou na figura, NÃO é correto afirmar: