Questões de Vestibular PUC - RS 2016 para Vestibular - Segundo Semestre - 2º Dia
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INSTRUÇÃO: Para responder à questão, analise as afirmativas sobre o período medieval.
I. O ritual da investidura era uma cerimônia praticada no momento da elevação de um guerreiro a vassalo.
II. No período Carolíngio, a difusão da vassalagem resultou na centralização da estrutura política em torno do rei.
III. As banalidades eram obrigações feudais pagas pelos servos e relativas ao uso das instalações no domínio senhorial.
A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são
“A história moderna termina em 1789, com aquilo que a Revolução batizou de ‘Antigo Regime’(...).”
(FURET, François. Pensando a Revolução Francesa. São Paulo: Paz e Terra, 1989. P. 17).
A partir do texto de Furet e dos conhecimentos sobre a Revolução Francesa, é correto afirmar:
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, considere as afirmações sobre a viagem de Pedro Álvares Cabral, que aportou no litoral brasileiro em abril de 1500, dando origem ao “descobrimento do Brasil”.
I. A expedição foi um empreendimento estatal comandado e controlado pela Coroa Portuguesa, sem que houvesse participação de investimentos privados na sua montagem e execução.
II. A viagem de Cabral contou com o apoio da Igreja Católica, que desejava expandir o cristianismo para além da Europa; ademais, o reconhecimento oficial da Igreja conferia legitimidade às novas conquistas.
III. A escolha do comandante da esquadra portuguesa teve como principais critérios a competência e a experiência profissional de Cabral, sinalizando o rompimento do Estado português com os privilégios aristocráticos na sua burocracia.
IV. A expedição tinha como objetivo final estabelecer rotas comerciais de especiarias com o Oriente; a “descoberta do Brasil”, porém, estava entre os resultados possíveis, devido ao interesse português em controlar a navegação no Atlântico Sul.
Estão corretas apenas as afirmativas
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, associe os nomes dos países (coluna A) à política adotada para o reconhecimento da Independência do Brasil (coluna B).
Coluna A
1. Inglaterra
2. França
3. Estados Unidos
4. Espanha
Coluna B
( ) País pioneiro no reconhecimento da independência brasileira entre as nações livres, desejava intensificar suas trocas comerciais com o Brasil e impor sua influência na América Latina.
( ) Apesar de o pedido da diplomacia brasileira ter ocorrido ainda em 1826, esta nação só veio a reconhecer a Independência do Brasil em 1834, quando o Primeiro Reinado já havia terminado no País.
( ) Nação signatária do Tratado de Versalhes e integrante da Santa Aliança, somente reconheceu a Independência do Brasil depois que Portugal oficialmente aceitou esta situação.
( ) Intermediou o reconhecimento da Independência do Brasil por Portugal através de um Tratado no qual a Coroa Lusitana exigia, dentre outras medidas, que a governo brasileiro não reivindicasse a anexação de Angola.
A numeração correta dos parênteses, de cima para
baixo, é
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o trecho abaixo do discurso de Getúlio Vargas, proferido em sua posse como chefe do Governo Provisório, em 3 de novembro de 1930, depois da Revolução de 1930.
“O movimento revolucionário, iniciado vitoriosamente a 3 de outubro no sul, centro e norte do país, e triunfante a 24 nesta capital, foi a afirmação mais positiva que até hoje tivemos da nossa existência como nacionalidade. Em toda a nossa história política, não há, sob esse aspecto, acontecimento semelhante. Ele é, efetivamente, a expressão viva e palpitante da vontade do povo brasileiro, afinal senhor de seus destinos e supremo árbitro de suas finalidades coletivas.”
Sobre o discurso de Vargas e a Revolução de 1930 referida no texto, afirma-se:
I. O “movimento revolucionário” mencionado é a Aliança Nacional Libertadora, que defendia o combate ao imperialismo, a reforma agrária e a instalação do socialismo no Brasil.
II. Por definir o “povo” como “senhor de seus destinos e supremo árbitro de suas finalidades coletivas”, Vargas pautou seu governo pela defesa das camadas populares e pelo respeito às liberdades democráticas.
III. Na campanha eleitoral à Presidência, em 1930, Vargas defendeu o voto secreto e a autonomia da justiça eleitoral, o que lhe possibilita associar o movimento revolucionário à “expressão viva e palpitante da vontade do povo brasileiro”.
Está/Estão correta(s) apenas a(s) afimativa(s)
Há alguns séculos, o olhar da literatura tem como foco central o homem em suas relações com o outro. Porém, muitas vezes, este outro não é humano, mas sim um animal. São muitos os exemplos na literatura universal de obras que conferem protagonismo aos bichos: das fábulas de Esopo à baleia Mobydick, da Revolução dos Bichos a Maus. A fera selvagem que amedronta o homem, o ser que sofre pela própria ação humana ou o companheiro de todas as horas são alguns dos exemplos de animais também presentes na literatura em língua portuguesa, sendo o tema de discussão nesta prova.
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o excerto de “O burrinho pedrês”, de João Guimarães Rosa.
Com base no excerto, preencha os parênteses com V para verdadeiro e F para falso.
( ) O narrador constrói um discurso que confronta um presente decadente com um passado conturbado.
( ) O narrador preocupa-se com a exatidão naquilo que conta para conferir verossimilhança ao relato.
( ) É sugerido pelo narrador que a degradação física do animal tem relação com os maus tratos promovidos pelo seu atual dono.
( ) No evento da cobra, o narrador substitui uma explicação científica pela superstição.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses,
de cima para baixo, é:
Há alguns séculos, o olhar da literatura tem como foco central o homem em suas relações com o outro. Porém, muitas vezes, este outro não é humano, mas sim um animal. São muitos os exemplos na literatura universal de obras que conferem protagonismo aos bichos: das fábulas de Esopo à baleia Mobydick, da Revolução dos Bichos a Maus. A fera selvagem que amedronta o homem, o ser que sofre pela própria ação humana ou o companheiro de todas as horas são alguns dos exemplos de animais também presentes na literatura em língua portuguesa, sendo o tema de discussão nesta prova.
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o excerto de “O burrinho pedrês”, de João Guimarães Rosa.
INSTRUÇÃO: Com base no excerto de “O burrinho pedrês” e no contexto da obra de Guimarães Rosa, leia as seguintes afirmativas:
I. Guimarães Rosa é autor conhecido pelo uso de neologismos, e o excerto apresenta exemplos desse recurso.
II. O espaço rural em “O burrinho pedrês” é uma exceção na ambientação das narrativas de Guimarães Rosa.
III. Grande sertão: veredas, Sagarana e Corpo de Baile são algumas das obras da biografia de Guimarães Rosa.
Está/Estão correta(s) apenas a(s) afirmativas:
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o poema de Fernando Pessoa.
Gato que brincas na rua
Como se fosse na cama,
Invejo a sorte que é tua
Porque nem sorte se chama.
Bom servo das leis fatais
Que regem pedras e gentes,
Que tens instintos gerais
E sentes só o que sentes.
És feliz porque és assim,
Todo o nada que és é teu.
Eu vejo-me e estou sem mim,
Conheço-me e não sou eu.
Com base no poema e em seu contexto, leia as seguintes afirmativas.
I. No poema, o eu lírico compara-se com o gato e deduz que o animal é feliz e livre porque não tem absoluta consciência de si mesmo.
II. É possível depreender no poema uma percepção da fragmentação do sujeito, característica da modernidade, explorada por Fernando Pessoa em sua obra como um todo.
III. Fernando Pessoa é conhecido por exercitar a heteronímia, especialmente ao criar Álvaro de Campos, Ricardo Reis e Mário de Sá Carneiro.
A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o excerto abaixo, retirado da obra As vítimas algozes, de Joaquim Manuel de Macedo.
Havia no terreiro cães a velar; mas o homem compra os cães como compra homens; a uns, pedaços de carne; aos outros, mais ou menos moedas de ouro. Simeão comprara os cães e um negro escravo da cozinha, e entrava todas as noites na casa de João de Sales. A casa de João de Sales estava pois de noite à mercê das intenções e de quaisquer projetos de Simeão; mas que casa há aí, onde haja escravos e sobretudo escravas, cuja segurança não esteja exposta às consequências do instinto animal e da boa ou má vontade do elemento escravo? Simeão era, pois, durante duas horas em cada noite mais do que o amante da mucama, o árbitro das vidas e da fortuna de João de Sales e de sua família. Ainda bem que Simeão, o escravo, ali ia somente como animal que o instinto arrasta em procura da sua igual; se fora ladrão ou assassino tinha tido abertas a janela da sala e a porta da cozinha.
Com base no excerto, assinale a única alternativa
INCORRETA:
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia a passagem a seguir, referente a uma marcante personagem da literatura brasileira, e preencha as lacunas do texto relacionado ao excerto.
Examinou o terreiro, viu Baleia coçando-se a esfregar as peladuras no pé de turco, levou a espingarda ao rosto. A cachorra espiou o dono desconfiada, enroscou-se no tronco e foi-se desviando, até ficar no outro lado da árvore, agachada e arisca, mostrando apenas as pupilas negras. Aborrecido com esta manobra, Fabiano saltou a janela, esgueirou-se ao longo da cerca do curral, deteve-se no mourão do canto e levou de novo a arma ao rosto. Como o animal estivesse de frente e não apresentasse bom alvo, adiantou-se mais alguns passos. Ao chegar às catingueiras, modificou a pontaria e puxou o gatilho. A carga alcançou os quartos traseiros e inutilizou uma perna de Baleia, que se pôs a latir desesperadamente. (...) Dirigiu-se ao copiar, mas temeu encontrar Fabiano e afastou-se para o chiqueiro das cabras. Demorou-se aí um instante, meio desorientada, saiu depois sem destino, aos pulos.
Na famosa cena da morte de Baleia, personagem do romance
_________, de _________, é nítida a _________
da cadela numa cena extremamente _________.
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia um trecho do poema “Um novo Jó”, de Manoel de Barros, e preencha os parênteses com V para verdadeiro e F para falso.
Desfrutado entre bichos
raízes, barro e água
o homem habitava
sobre um montão de pedras.
(...)
Convivência de murta
e rãs... A boca de raiz
e água escorria barro...
Bom era
sobre um pedregal frio
e limoso dormir!
Ao gume de uma adaga
tudo dar.
Bom era ser bicho
que rasteja nas pedras;
ser raiz de vegetal
ser água.
Bom era caminhar sem dono
na tarde
com pássaros em torno
e os ventos nas vestes amarelas.
Não ter nunca chegada
nunca optar por nada
Ir andando pequeno sob a chuva
torto como um pé de maçãs (...)
( ) Ainda que valorize a simplicidade do meio rural, o poema manifesta a superioridade do homem frente à natureza.
( ) O poeta brinca com as palavras, dando-lhes novos sentidos e causando estranhezas no leitor.
( ) No poema, bichos, plantas e minerais convivem em harmonia e simbiose.
( ) O eu lírico destaca a necessidade de um destino, de um objetivo a ser traçado pelo homem.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses, de cima para baixo, é:
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, leia o excerto do poema “Borboleta morta”, de Alberto de Oliveira, e preencha os parênteses com V para verdadeiro e F para falso.
Abrindo as asas, – leve fantasia
Da primavera quando despertava,
Sonho dos campos, – ao nascer do dia
De trecho em trecho a borboleta voava.
(...)
Ia e vinha, volteava no ar, arfando,
Descia às flores e, num torvelinho
De pétalas e pólen doidejando,
Ruflava as asas como um passarinho.
E voava. Os vossos olhos, entretanto,
Viam-na, e quando junto da janela
Passava acaso, enchendo-se de espanto:
–“Lá vai!” – disseram, enlevados nela.
“Lá vai! tão grande! tão azul! tão linda!
Apanhemo-la” – Assim foi que a tivestes;
E a esforçar por ser livre, vendo-a ainda,
A sacudir as pequeninas vestes,
Mão bárbara e cruel, mão feminina
De atro estilete segurando na haste
Como que vibra, lâmina assassina,
O peito, sem piedade, lhe varaste” (...)
( ) O poeta utiliza-se de imagens que revelam a delicadeza do voo da borboleta.
( ) O uso de aliterações pode também ser encontrado no poema, recurso que auxilia na construção sonora do bater das asas da borboleta.
( ) O poeta humaniza, em diversos momentos, a borboleta.
( ) A fragilidade da borboleta é presa fácil à mão humana, e o inseto não oferece qualquer tipo de resistência.
( ) O poeta suaviza a morte da borboleta com a utilização de eufemismos, técnica comum no movimento simbolista.
A sequência correta de preenchimento dos parênteses,
de cima para baixo, é:
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, tenha como base a tirinha As cobras, de Luis Fernando Verissimo.
Com base na tirinha e no contexto de seu autor,
assinale a única alternativa INCORRETA:
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, tenha como base o excerto da obra Quincas Borba, de Machado de Assis, e seu contexto.
Rubião achou um rival no coração de Quincas Borba, – um cão, um bonito cão, meio tamanho, pelo cor de chumbo, malhado de preto. Quincas Borba levava-o para toda parte, dormiam no mesmo quarto. De manhã, era o cão que acordava o senhor, trepando ao leito, onde trocavam as primeiras saudações. Uma das extravagâncias do dono foi dar-lhe o seu próprio nome; mas, explicava-o por dois motivos, um doutrinário, outro particular.
– Desde que Humanitas, segundo a minha doutrina, é o princípio da vida e reside em toda a parte, existe também no cão, e este pode assim receber um nome de gente, seja cristão ou muçulmano...
– Bem, mas por que não lhe deu antes o nome de Bernardo, disse Rubião com o pensamento em um rival político da localidade.
– Esse agora é o motivo particular. Se eu morrer antes, como presumo, sobreviverei no nome do meu bom cachorro. Ris-te, não?
Rubião fez um gesto negativo.
– Pois devias rir, meu querido. Porque a imortalidade é o meu lote ou o meu dote, ou como melhor nome haja. Viverei perpetuamente no meu grande livro. Os que, porém, não souberem ler, chamarão Quincas Borba ao cachorro, e...
O cão, ouvindo o nome, correu à cama. Quincas Borba, comovido, olhou para Quincas Borba: – Meu pobre amigo! meu bom amigo! meu único amigo!
Com base no excerto, leia as seguintes afirmativas.
I. O narrador sugere um ciúme em Rubião frente ao novo amigo de Quincas.
II. O motivo particular de o cão receber o mesmo nome do dono é um desejo vaidoso de permanência do personagem.
III. Para o filósofo Quincas Borba, também o cão encarna o princípio de Humanitas.
A(s) afirmativa(s) correta(s) é/são:
INSTRUÇÃO: Para responder à questão, tenha como base o excerto da obra Quincas Borba, de Machado de Assis, e seu contexto.
Rubião achou um rival no coração de Quincas Borba, – um cão, um bonito cão, meio tamanho, pelo cor de chumbo, malhado de preto. Quincas Borba levava-o para toda parte, dormiam no mesmo quarto. De manhã, era o cão que acordava o senhor, trepando ao leito, onde trocavam as primeiras saudações. Uma das extravagâncias do dono foi dar-lhe o seu próprio nome; mas, explicava-o por dois motivos, um doutrinário, outro particular.
– Desde que Humanitas, segundo a minha doutrina, é o princípio da vida e reside em toda a parte, existe também no cão, e este pode assim receber um nome de gente, seja cristão ou muçulmano...
– Bem, mas por que não lhe deu antes o nome de Bernardo, disse Rubião com o pensamento em um rival político da localidade.
– Esse agora é o motivo particular. Se eu morrer antes, como presumo, sobreviverei no nome do meu bom cachorro. Ris-te, não?
Rubião fez um gesto negativo.
– Pois devias rir, meu querido. Porque a imortalidade é o meu lote ou o meu dote, ou como melhor nome haja. Viverei perpetuamente no meu grande livro. Os que, porém, não souberem ler, chamarão Quincas Borba ao cachorro, e...
O cão, ouvindo o nome, correu à cama. Quincas Borba, comovido, olhou para Quincas Borba: – Meu pobre amigo! meu bom amigo! meu único amigo!