O domínio do fogo pelos primeiros hominídeos foi de fundamental importância para a sobrevivência da espécie uma vez que o homem conseguiu produzir diversos materiais (metálicos, cerâmicos) que impulsionaram o desenvolvimento de ferramentas e outros artefatos úteis. Além disso, a invenção da roda, há mais de 6.000 anos, promoveu uma revolução, não só no campo dos transportes, como também da comunicação.
Assim, além do fogo e da roda, a máquina a vapor e a eletricidade, dentre outros, foram alguns dos elementos que marcaram os caminhos que a humanidade trilhou para chegar ao seu atual estágio de desenvolvimento, calcado na busca permanente por novas tecnologias e nas revoluções que elas causam.
O cinema tem explorado cenários nos quais a humanidade, após uma grande catástrofe, regride tecnologicamente. Exemplo recente é o filme Mad Max: Estrada da Fúria. Depois de uma guerra nuclear, os poucos sobreviventes lutam pela vida em um mundo com paisagens desérticas, onde água e gasolina são os bens mais preciosos. O herói, Max Rockatansky, ajuda um grupo de mulheres lideradas pela guerreira, a Imperatriz Furiosa, a fugir do domínio do déspota, Immortan Joe, que criou uma sociedade e assumiu nela o lugar de uma figura divina, por controlar reservas subterrâneas de água (aquíferos). O filme consegue abordar temas atuais como a escassez de recursos, o empoderamento feminino e a religiosidade, além de ser muito criativo. Focando nesta última qualidade, chamam atenção as várias soluções encontradas pelo roteiro para enriquecer as perseguições de carros em meio à precariedade de recursos tecnológicos: pás que se movem e projetam areia sobre os veículos em chamas, a fim de apagar o fogo; ou carros equipados com uma longa haste para que uma pessoa, oscilando de um lado para o outro com ela, consiga invadir carros inimigos; ou ainda, personagens que cospem combustível no motor par aumentar a performance; entre outros.