O domínio do fogo pelos primeiros hominídeos foi de fundamental importância para a sobrevivência da espécie uma vez que o homem conseguiu produzir diversos materiais (metálicos, cerâmicos) que impulsionaram o desenvolvimento de ferramentas e outros artefatos úteis. Além disso, a invenção da roda, há mais de 6.000 anos, promoveu uma revolução, não só no campo dos transportes, como também da comunicação.
Assim, além do fogo e da roda, a máquina a vapor e a eletricidade, dentre outros, foram alguns dos elementos que marcaram os caminhos que a humanidade trilhou para chegar ao seu atual estágio de desenvolvimento, calcado na busca permanente por novas tecnologias e nas revoluções que elas causam.
Nesse contexto, a questão abordara o eixo temático “Revoluções Tecnológicas" a serviço da humanidade.
No século XIII, o filósofo Roger Bacon escreveu: “Pode ser que se fabriquem máquinas graças às quais os maiores navios, dirigidos por um único homem, se desloquem mais depressa do que se fossem cheios de remadores; que se construam carros que avancem a uma velocidade incrível sem a ajuda de animais; que se fabriquem máquinas voadoras nas quais um homem [...] bata o ar com asas como um pássaro. [...] Máquinas que permitam ir ao fundo dos mares e dos rios". Nesse sentido, Roger Bacon encontra-se situado em um momento de “passagem" da Idade Média para
a Idade Moderna, pois suas ideias humanistas eram contrárias às teorias defendidas pela Igreja Católica.
Fonte: BRAUDEL, Fernand. Civilização material, economia e capitalismo: séculos XV-XVIII. vol. 3. São Paulo: Martins Fontes, 1996. (Parcial e adaptado.)