Questões de Vestibular UECE 2017 para Vestibular - Segundo Semestre
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O trecho a seguir foi retirado do jornal A Classe Operária, publicado em 18 de julho de 1925.
“[...] As famílias pequeno-burguesas estão pela hora da morte. [...] São 4 pessoas: marido, mulher e dois filhos. O marido tem um pequeno negócio que lhe rende 350$ mensais líquidos. A mulher era professora: tirava 250$. Mas com o primeiro filho teve que abandonar o ensino. [...] Vejamos como os 350$ se evaporam mensalmente: aluguel 93$; almoço e jantar da pensão 150$; 10 quilos de açúcar 14$; pão 24$; 4 quilos de café 10$800; 1 quilo de manteiga 10$; 7 litros de querosene 9$; 30 litros de leite 33$; 120 ovos 20$; álcool 7$500; frutas 30$; condução 15$; lavadeira 35$; carregador da marmita 21$; luz 7$. Total 479$300. [...] Déficit mensal 129$300. [...] Como equilibram as finanças? Fazendo serviços extras[...].
[Aí] está o orçamento de uma família pequeno-burguesa ideal – que não bebe, não joga, não fuma, não passeia, não vai ao cinema, não compra a prestações.
E se é assim, imaginai a situação da grande massa trabalhadora que ganha 200$ e 250$000!
A massa vive num regime de fome lenta, de depauperamento progressivo. Eis a realidade. [...]De pé – dez milhões de trabalhadores do Brasil! Para dentro dos sindicatos! Organização econômica nos sindicatos e organização política no partido!”.
HALL, Michael; PINHEIRO, Paulo Sérgio. A Classe Operária no Brasil. In: REZENDE, Antônio Paulo. Uma Trama Revolucionária? Do Tenentismo à revolução de 30. São Paulo: Atual,1990. P. 23, 24.
O momento da História Republicana do Brasil em que a situação econômica descrita no excerto acima está inserida é especificamente o período
Durante o governo do Presidente Fernando Henrique Cardoso — marcado positivamente pela contenção da desenfreada inflação que dominou os governos anteriores — ocorreu uma alteração na Constituição de 1988, que possibilitou a reeleição para cargos majoritários do poder executivo nos três níveis: federal, estadual e municipal. O processo de aprovação da Emenda Constitucional Nº16/1997, entretanto, não foi tranquilo, pois enfrentou acusações de corrupção, veiculadas a partir de grandes órgãos da imprensa nacional como o Jornal Folha de São Paulo, em 13 de maio de 1997, e a revista Veja, em 21 de maio de 1997, ambos referindo-se à denúncia de compra de votos de deputados federais para que estes aprovassem a referida Emenda Constitucional Nº16, que, publicada em 04 de junho de 1997, permitiu a reeleição para cargos de chefia do Poder Executivo; e mais, tornou possível a reeleição já a partir das eleições para presidente e governadores dos estados e Distrito Federal que ocorreriam no ano seguinte. Em 1998, após vencer o pleito presidencial, FHC tornou-se o primeiro presidente reeleito do Brasil.
Sobre a Emenda Constitucional Nº16/1997, que modificou o texto constitucional, permitindo reeleição para cargos majoritários do poder executivo nos níveis federal, estadual e municipal, é correto afirmar que
Leia atentamente o excerto a seguir:
“Há duas Brancas Dias: uma real, outra imaginária. A primeira pode ser conhecida consultando-se os documentos históricos e os estudos já escritos a respeito; a outra está nos romances e peças de teatros inspirados pelo personagem real. [...] Enquanto seu marido, Diogo Fernandes, instalava-se em Pernambuco, [...] Branca, que havia permanecido em Portugal, era denunciada e presa pela Inquisição. Acusada de judaísmo pela própria mãe e por uma irmã, que já se encontravam presas, Branca admitiu a dita heresia, sendo assim libertada, [...]. Com a morte do marido, além de administrar a parcela que restava do engenho Camaragibe após um fracasso parcial de sua exploração, Branca manteve em sua casa da Rua Palhares, em Olinda, com a ajuda das filhas, uma escola para ensinar meninas a cozinhar, bordar e fazer rendados. Mal imaginava que, trinta anos depois, já morta, suas ex-alunas a denunciariam ao visitador inquisitorial por práticas judaizantes no Brasil”.
Bruno Fleiter. Duas faces de um mito. Nossa História. Ano 1,
nº 10, ago. 2004. p. 48.
O aspecto da colonização do Brasil tratado no trecho acima diz respeito
Atente ao seguinte enunciado: “Nove anos após a Inconfidência Mineira, idealizada e liderada por membros da elite da capitania de Minas Gerais (advogados, magistrados, militares, padres e ricos contratantes), uma nova revolta ocorreu na Colônia, contra a dominação portuguesa. Essa, entretanto, não ficou restrita a um pequeno grupo da elite de brancos e intelectuais ou às ideias políticas liberais. Teve a participação e mesmo a liderança de pessoas oriundas dos grupos desprivilegiados (mulatos, brancos pobres, negros livres e escravos), dela participaram o médico Cipriano José Barata de Almeida, os soldados Lucas Dantas do Amorim Torres e Luís Gonzaga das Virgens e os alfaiates João de Deus do Nascimento e Manuel Faustino dos Santos Lira. Seus objetivos incluíam, além da autonomia em relação a Portugal, a implantação de um governo republicano, a busca por igualdade racial com a abolição da escravidão e o fim dos privilégios sociais e econômicos das elites, com a diminuição dos impostos e com aumentos salariais para o povo”.
O enunciado acima se refere ao movimento separatista colonial denominado
Considerando a História da África, ensinada no Brasil, atente às seguintes afirmações:
I. A riqueza histórica da África remonta ao surgimento do homo sapiens.
II. O continente foi totalmente devastado por guerras civis, choques étnicos, miséria, fome e Aids.
III. O Egito é parte da África.
É correto o que se afirma em
Escreva V ou F conforme seja verdadeiro ou falso o que se afirma sobre os novos fenômenos da urbanização brasileira.
( ) As atividades econômicas vinculadas às funções de decisão, financeirização, inovação tecnológica da produção e serviços de pós-venda abandonam as metrópoles e se aglomeram cada vez mais em cidades médias e pequenas.
( ) Ocorre uma industrialização do campo, com seus complexos e redes agroindustriais expulsando parte da população rural.
( ) No Brasil contemporâneo, mudanças no processo de industrialização acentuam as forças centrífugas de difusão da produção industrial, com destaque para a reestruturação produtiva das firmas, as políticas de incentivo fiscal e o deslocamento da fronteira agrícola e mineral pelo território.
( ) Conjuntos habitacionais, favelas e cortiços, de um lado, e condomínios exclusivos, murados e controlados, de outro, demarcam os extremos da diferenciação espacial da habitação nas cidades brasileiras.
Está correta, de cima para baixo, a seguinte sequência:
Leia o texto que segue sobre a Transposição do Rio São Francisco.
“De uma forma ou de outra, o projeto da transposição traz muitas esperanças para a população do semiárido nordestino. Sua efetividade, contudo, depende de outros projetos que garantam a sustentabilidade do rio e a qualidade da água. É preciso recuperar a ideia de que as cercas são um problema maior que a seca e que se rompam os domínios baseados na posse do território com água por meio de uma radical reforma agrária.”
NORONHA, Gustavo. In: Carta Capital. Caderno de Economia. 16/03/2017. Disponível em https://www.cartacapital.com.br/blogs/brasil-debate/a-transposicao-do-sao-francisco-nao-e-so-festa.
Atente ao que se diz sobre o texto acima e assinale a
afirmação verdadeira.
O vento é um produto da dinâmica atmosférica. Na troposfera, suas causas estão diretamente ligadas às diferenças de pressão e temperatura.
Considerando esses elementos formadores do clima, imagine uma linha reta numa área de planície, onde o ponto A corresponde a uma área de alta pressão (AP), o ponto B corresponde a uma área de baixa pressão (BP) e o ponto C corresponde a uma área de alta pressão (AP). De posse destas informações, pode-se afirmar corretamente que o deslocamento do vento nestas condições ocorrerá
Atente ao seguinte excerto: “Estes fatores dependem basicamente das condições climáticas e geomorfológicas. Clima quente e úmido, com cobertura vegetal exuberante, favorece a formação de espessos regolitos através da ação de ácidos orgânicos que facilitam o intemperismo químico”.
Ponto, C. G. Intemperismo em regiões tropicais. In. Geomorfologia e Meio Ambiente. Guerra, A. J. T. e Cunha, S. B. Bertrand Brasil. Rio de Janeiro, 1996. p. 28.
Considerando os fatores exógenos condicionantes do processo de intemperismo químico nos diversos ambientes da Terra, analise as afirmações a seguir.
I. As reações químicas que ocorrem neste tipo de intemperismo são controladas pela água meteórica e pelos gases O2 e CO2 nela dissolvidos.
II. Hidrólise, oxidação e dissolução são os principais tipos de reações intempéricas associadas a esse processo.
III. Minerais como a halita são facilmente dissolvidos na presença de água. De forma contrária, o quartzo possui baixa solubilidade mesmo em meio aquoso.
Está correto o que se afirma em
Leia atentamente o seguinte excerto: “Em resumo, a variabilidade natural do Clima não permite afirmar que o aquecimento de 0,7 °C seja decorrente da intensificação do efeito-estufa causada pelas atividades humanas, ou mesmo que essa tendência de aquecimento persistirá nas próximas décadas, como sugerem as projeções produzidas pelo Relatório da Quarta Avaliação do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). A aparente consistência entre os registros históricos e as previsões dos modelos não significa que o aquecimento esteja ocorrendo”.
Molion, L. C. B. Desmistificando o aquecimento global. Disponível em: http://www.icat.ufal.br/laboratorio/clima/data/uploads/pdf/ molion_desmist.pdf
Grande parte da discussão sobre o aquecimento do planeta Terra envolve grupos de cientistas com ideias antagônicas. Analisando o texto, percebe-se o questionamento da ideia de aquecimento global antropogênico. Essa hipótese, segundo o excerto, fundamenta-se
Atente ao seguinte excerto: “A natureza e o arranjo espacial das rochas do substrato das bacias de drenagem exercem também um papel fundamental quanto ao sentido de fluxo das águas nos seus cursos. Os rios instalados em terrenos constituídos por rochas sedimentares podem ser classificados em consequentes, subsequentes e obsequentes”.
Riccomini, C., Giaannini, P. C. e Mancini, F. Rios e Processos Fluviais. In. Decifrando a Terra. Teixeira, W. et al. Oficina de textos, São Paulo. 2001. p. 196.
Considerando a tipologia fluvial em áreas sedimentares descrita no texto acima, pode-se afirmar corretamente que os rios obsequentes são aqueles em que seu fluxo ocorre