Segundo o historiador Ken Hills, a vida nas trincheiras era horrível. Quando chovia, o que é
comum na região, os túneis inundavam. E os soldados tinham de lutar, comer e dormir por
semanas com os uniformes encharcados. Havia lama por todos os lados, às vezes
atingindo até o peito dos homens. Eles não podiam se manter aquecidos, e as doenças se
espalhavam, matando milhares de pessoas diariamente. Para completar, os vivos sofriam
com os piolhos, enquanto os ratos se alimentavam dos cadáveres.
As trincheiras protegiam as tropas contra os tiros de rifles e metralhadoras, mas eram
pouco eficazes contra projéteis de artilharia. Durante os ataques, os feridos ficavam no
campo de batalha até a noite, quando as patrulhas de resgate podiam procurá-los com
menos perigo. Para muitos, já era tarde demais.