Questões de Vestibular UEFS 2010 para Vestibular, Prova 1

Foram encontradas 18 questões

Ano: 2010 Banca: UEFS Órgão: UEFS Prova: UEFS - 2010 - UEFS - Vestibular - Prova 1 |
Q1269575 Português
I.
Ó poente que te vais em sombras mortas,
Para voltar depois,
Suavidade que desconfortas,
Como somos iguais os dois!

Envolto em nuvens cor de sangue, choras
Todos os dias o dia findo...
E como rosas, depois, auroras
No teu seio vão-se abrindo.

E de novo te desabrochas,
Cheio de vida, para depois
Bruxulear num clarão de tochas
Seguindo o enterro de nós dois...

E no outro dia as mesmas rosas
No teu seio vão-se abrindo...
E voltam lágrimas chorosas
Depois, chorando o dia findo.

GUIMARAENS, Alphonsus de. Cantos de amor, soluços de preces. Rio de Janeiro: Cia José de Aguilar; Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1972. p. 140.


II.

Poente. Calcando vidro úmido da tarde,
lentos, caminho dos currais, os bois
historiam campesino silêncio de fazenda.
No olhar de melancolia e trabalho vespertino
passeia desnudo entre folhas cegas
um sacrifício comum de agrícola fadiga,
paisagem desesperada nutrindo-se
de sombras, de canção despedaçada
entre cedros e riacho.

MATTOS, Florisvaldo. Poente aos bois. A caligrafia do soluço & poesia anterior. Salvador: Fundação Casa Jorge Amado; COPENE, 1996. p. 80
Na primeira e na terceira estrofe do texto I, as imagens poéticas traduzem um pensamento construído através de
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UEFS Órgão: UEFS Prova: UEFS - 2010 - UEFS - Vestibular - Prova 1 |
Q1269576 Português
I.
Ó poente que te vais em sombras mortas,
Para voltar depois,
Suavidade que desconfortas,
Como somos iguais os dois!

Envolto em nuvens cor de sangue, choras
Todos os dias o dia findo...
E como rosas, depois, auroras
No teu seio vão-se abrindo.

E de novo te desabrochas,
Cheio de vida, para depois
Bruxulear num clarão de tochas
Seguindo o enterro de nós dois...

E no outro dia as mesmas rosas
No teu seio vão-se abrindo...
E voltam lágrimas chorosas
Depois, chorando o dia findo.

GUIMARAENS, Alphonsus de. Cantos de amor, soluços de preces. Rio de Janeiro: Cia José de Aguilar; Brasília: Instituto Nacional do Livro, 1972. p. 140.


II.

Poente. Calcando vidro úmido da tarde,
lentos, caminho dos currais, os bois
historiam campesino silêncio de fazenda.
No olhar de melancolia e trabalho vespertino
passeia desnudo entre folhas cegas
um sacrifício comum de agrícola fadiga,
paisagem desesperada nutrindo-se
de sombras, de canção despedaçada
entre cedros e riacho.

MATTOS, Florisvaldo. Poente aos bois. A caligrafia do soluço & poesia anterior. Salvador: Fundação Casa Jorge Amado; COPENE, 1996. p. 80
Os textos I e II possuem em comum
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UEFS Órgão: UEFS Prova: UEFS - 2010 - UEFS - Vestibular - Prova 1 |
Q1269577 Português
    Eugênia desataviou-se nesse dia por minha causa. Creio que foi por minha causa, — se é que não andava muita vez assim. Nem as bichas de ouro, que trazia na véspera, lhe pendiam agora das orelhas, duas orelhas finamente recortadas numa cabeça de ninfa. Um simples vestido branco, de cassa, sem enfeites, tendo ao colo, em vez de broche, um botão de madrepérola, e outro botão nos punhos, fechando as mangas, e nem sombra de pulseira.
    Era isso no corpo, não era outra coisa no espírito.

ASSIS, Machado de. Coxa de nascença. In: Memórias Póstumas de Brás Cubas. 18. ed. São Paulo: Ática, 1992. p. 64. (Série Bom Livro).
O narrador, ao avaliar a atitude de Eugênia, mostra-se
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UEFS Órgão: UEFS Prova: UEFS - 2010 - UEFS - Vestibular - Prova 1 |
Q1269578 Português
    Eugênia desataviou-se nesse dia por minha causa. Creio que foi por minha causa, — se é que não andava muita vez assim. Nem as bichas de ouro, que trazia na véspera, lhe pendiam agora das orelhas, duas orelhas finamente recortadas numa cabeça de ninfa. Um simples vestido branco, de cassa, sem enfeites, tendo ao colo, em vez de broche, um botão de madrepérola, e outro botão nos punhos, fechando as mangas, e nem sombra de pulseira.
    Era isso no corpo, não era outra coisa no espírito.

ASSIS, Machado de. Coxa de nascença. In: Memórias Póstumas de Brás Cubas. 18. ed. São Paulo: Ática, 1992. p. 64. (Série Bom Livro).
O narrador, no último período do texto, sintetiza e ressalta, como traço característico de Eugênia, a
Alternativas
Ano: 2010 Banca: UEFS Órgão: UEFS Prova: UEFS - 2010 - UEFS - Vestibular - Prova 1 |
Q1269579 Português
O escritor Jorge Amado, em parte de suas obras, utiliza uma linguagem em que se faz presente boa dose de lirismo, o que tem comprovação no fragmento da alternativa
Alternativas
Respostas
11: E
12: C
13: C
14: D
15: E