Apesar de sua origem remontar a grupos étnicos
específicos da África, na Bahia, o candomblé se
caracterizou por um movimento crescente de
mistura cultural, étnica, racial e social. Isso
começou entre os próprios africanos de diferentes
etnias.
Documentos relativos ao fim do século XVIII e à
primeira metade do século XIX, ainda que
escassos, sugerem a formação de identidades
étnicas a partir dessa mistura. Em 1785, por
exemplo, seis africanos foram presos em um
calundu na vila de Cachoeira, no Recôncavo, onde
danças, batuques e cantos eram frequentes.
Foram identificados por uma testemunha africana
no inquérito policial como dois “marris”, dois
“jejes”, um “dagomé” e um “tapá” (termo yorubá
que se usava, na Bahia, para designar os nupes,
povo da África ocidental. (REIS, 2005, p. 28).
De acordo com o texto, o candomblé, uma das expressões
religiosas do Brasil, caracteriza-se por ser