A história mostra que a guerra faz parte da vida
humana desde tempos imemoriais, apesar do
enorme cortejo de sofrimento e miséria e do
elevado preço, em mortos, feridos, mutilados,
desalojados, refugiados, etc., que invariavelmente
arrasta consigo. Embora isso possa desagradar-nos,
é possível, como alguns autores sugerem, que a
guerra seja inerente à natureza humana e que,
apesar dos esforços recentes da comunidade
internacional, por meio, por exemplo, da Carta das
Nações Unidas, para limitar — e até erradicar —,
ela continue a existir ainda por muito tempo.
Devido ao seu caráter violento e aos enormes
efeitos na vida das pessoas e das sociedades, a
guerra é uma fonte óbvia de questões de natureza
moral. A mais importante dessas questões é a de
saber se a guerra pode em alguma circunstância
ter justificação ou se, pelo contrário, é sempre incorreta. Outras questões importantes são
também as de saber como deve ser travada e o
que se deve fazer uma vez terminada a guerra.
São três as principais teorias que tentam
responder a estas questões: o realismo,
o pacifismo e a teoria da guerra justa. (A GUERRA.
2016).