Questões de Vestibular UFCG 2009 para Vestibular - 1ª Etapa - 2º Dia
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Os miseráveis, os rotos
são as flores dos esgotos.
São espectros implacáveis
os rotos, os miseráveis.
São prantos negros de furnas
caladas, mudas, soturnas.
São os grandes visionários dos
abismos tumultuários.
As sombras das sombras mortas,
cegos, a tatear nas portas.
Procurando o céu, aflitos
e varando o céu de gritos.
Faróis à noite apagados
por ventos desesperados.
Inúteis, cansados braços
pedindo amor aos Espaços.
Mãos inquietas, estendidas
ao vão deserto das vidas.
Figuras que o Santo Ofício
condena a feroz suplício.
Arcas soltas ao nevoento
dilúvio do Esquecimento.
Perdidas na correnteza
das culpas da Natureza.
(...)
(CRUZ E SOUSA, Os melhores poemas de Cruz e Sousa, p.89)
( ) O poema é composto por dísticos rimados que lhe conferem musicalidade – característica comum do Simbolismo.
( ) A temática central gira em torno da denúncia social, muito comum entre os simbolistas que se preocupavam demasiadamente com as questões sociais.
( ) Ele possui alto poder sugestivo, trazendo, através de adjetivos, qualificadores para definir os miseráveis.
( ) Apresenta várias características típicas do Simbolismo como a subjetividade, o universalismo e a racionalidade.
A sequência correta é:
Os miseráveis, os rotos
são as flores dos esgotos.
São espectros implacáveis
os rotos, os miseráveis.
São prantos negros de furnas
caladas, mudas, soturnas.
São os grandes visionários dos
abismos tumultuários.
As sombras das sombras mortas,
cegos, a tatear nas portas.
Procurando o céu, aflitos
e varando o céu de gritos.
Faróis à noite apagados
por ventos desesperados.
Inúteis, cansados braços
pedindo amor aos Espaços.
Mãos inquietas, estendidas
ao vão deserto das vidas.
Figuras que o Santo Ofício
condena a feroz suplício.
Arcas soltas ao nevoento
dilúvio do Esquecimento.
Perdidas na correnteza
das culpas da Natureza.
(...)
(CRUZ E SOUSA, Os melhores poemas de Cruz e Sousa, p.89)
( ) Na expressão “prantos negros” (v.5), o poeta lança mão de uma figura de linguagem denominada sinestesia.
( ) O substantivo “céu”, na sexta estrofe, tem seu sentido modificado em função dos verbos que o acompanham.
( ) O substantivo próprio “Espaços”, na oitava estrofe, evoca um ser superior a quem se dirige a súplica justificada pelo título do poema.
( ) A unidade de sentido do poema é perturbada pelo fenômeno da elipse, cujo referente não é recuperado no próprio texto.
A sequência correta é:
Os miseráveis, os rotos
são as flores dos esgotos.
São espectros implacáveis
os rotos, os miseráveis.
São prantos negros de furnas
caladas, mudas, soturnas.
São os grandes visionários dos
abismos tumultuários.
As sombras das sombras mortas,
cegos, a tatear nas portas.
Procurando o céu, aflitos
e varando o céu de gritos.
Faróis à noite apagados
por ventos desesperados.
Inúteis, cansados braços
pedindo amor aos Espaços.
Mãos inquietas, estendidas
ao vão deserto das vidas.
Figuras que o Santo Ofício
condena a feroz suplício.
Arcas soltas ao nevoento
dilúvio do Esquecimento.
Perdidas na correnteza
das culpas da Natureza.
(...)
(CRUZ E SOUSA, Os melhores poemas de Cruz e Sousa, p.89)
Julgue corretas (C) ou erradas (E) as assertivas que comparam o poema “Litania dos Pobres”, de Cruz e Sousa, com a charge que segue:
( ) A temática da charge nega a condição divina como suporte salvador da condição de pobreza desenhada no poema.
( ) O poema revela a incredulidade do pobre que tudo pode obter com a fé divina, reforçada na charge.
( ) A charge e o poema são gêneros intrinsecamente diferentes e, portanto, não se complementam em termos de temática, não podem, pois, ser comparados.
A sequência correta é:
I) Nas duas narrativas, percebe-se que a função do narrador é meramente de contar a história, não interferindo e nem tampouco julgando os personagens.
II) Ambos os personagens conseguem progredir na vida por causa das suas grandes ideias.
III) Quanto ao personagem de “O homem que espalhou o deserto”, verifica-se que seu isolamento e o protecionismo da mãe são fatores que corroboram para suas ações.
IV) Em relação ao personagem central do conto “Ele e suas ideias”, observa-se que, apesar de ele ter ideias altruístas, era desacreditado por muitas pessoas.
Está(ão) correta(s):
“Para levar os dias a destilar ideias, ele tinha que passar as noites a pensar. Creio que dormia pouco: todo ele se encontrava em função de ter ideias. E era pródigo, e era generoso, e era desperdiçado: pensava, tinha ideias e dava aos outros.” (p. 63)
( ) A manifestação do eu-lírico objetiva explicar a origem das ideias do personagem.
( ) As duas ocorrências do uso dos dois pontos demarcam funções semelhantes: ambas servem para explicar o termo que os antecede.
( ) A ação rotineira da personagem é marcada por uma continuidade indefinida, justificada pela alternância do infinitivo e do pretérito imperfeito, presentes no texto.
( ) Os termos “pouco” e “todo” funcionam como pronomes e sugerem oposição de ações entre narrador e personagem.
( ) A narrativa apresenta um narrador-testemunha que, por não ser o protagonista, exime-se de emitir qualquer opinião ou de fazer algum julgamento de valor.
( ) A ironia está presente tanto no discurso do narrador quanto no desfecho da história – Emílio adquire um diploma falso de curso superior.
( ) O texto traz como temática principal a denúncia contra as instituições públicas de ensino.
( ) Emílio, personagem principal, busca de todas as formas enganar as pessoas, inclusive da própria família, para enriquecer cada vez mais.
Assinale a sequência correta:
As pequeninas, tristes criaturas ei-las, caminham por desertos vagos, sob o aguilhão de todas as torturas, na sede atroz de todos os afagos.
Vai, coração! Na imensa cordilheira da Dor, florindo como um loiro fruto, partindo toda a horrível gargalheira da chorosa falange cor do luto.
As crianças negras, vermes da matéria, colhidas do suplício à estranha rede, arranca-as do presídio da miséria e com teu sangue mata-lhes a sede!
Sobre o uso de pronomes e seu funcionamento sintático, nessas estrofes, é CORRETO afirmar:
II) Através da função metalinguística, do uso do advérbio e das reticências, observa-se que o eu lírico reflete poeticamente sobre a efemeridade da vida.
III) Há um desejo do eu lírico de poder voltar o tempo e de fazer tudo diferente.
IV) Nos cinco versos finais, como em outros poemas de Esconderijos do tempo, há um desejo de viver o instante de modo mais livre e significativo.