Questões de Vestibular ULBRA 2012 para Vestibular - Primeiro Semestre
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Leia o fragmento de um dos poemas de cordel, da obra Vida e obra de Gonzagão, de Cacá Lopes, e o poema Asa Brancade Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira e responda à questão .
TEXTO 1
Foi voando nas asas da Asa Branca
Que Gonzaga escreveu a sua história.
Dos acordes de um grande brasileiro,
Um intérprete da alma de seu povo,
Sai um canto que sempre será novo,
Amoroso, sincero, alvissareiro.
Entre os hinos do seu cancioneiro,
O que fala duma ave migratória
Conferiu a Luiz eterna glória
Para além desta vida que se estanca.
http://marcohaurelio.blogspot.com.br/2012/06/o-maiscompleto-cordel-sobre-o-rei-do_11.html.
TEXTO 2
Quando olhei a terra ardendo
Qual fogueira de São João
Eu perguntei a Deus do Céu, ai
Por que tamanha judiação
Que braseiro que fornalha
Nenhum pé de plantação
Por falta d’água perdi meu gado
Morreu de sede meu alazão
Inté mesmo a asa branca
Bateu asas do sertão
Então eu disse, adeus Rosinha
Guarda contigo meu coração
Hoje longe muitas léguas
Nessa triste solidão
Espero a chuva cair de novo
Pra mim voltar pro meu sertão
Quando o verde dos teus olhos
Se espalhar na plantação
Eu te asseguro não chore, não, viu
Que eu voltarei, viu, meu coração
I – A literatura canônica, representada pelo cordel, tem maior abrangência do que a literatura escrita, porque todas as pessoas, mesmo não alfabetizadas, têm acesso a ela.
II – As rimas e aliterações são recursos que auxiliam a memorização.
III – O mote do texto 1 é a glosa presente no texto 2.
IV – Cordel são os poemas narrativos compostos por homens do povo, que contam fatos ou lendas relacionados com a comunidade em que vivem.
Está (ão) correta (s):
Leia o fragmento do poema e marque a resposta correta.
É difícil defender,
só com palavras, a vida,
ainda mais quando ela é
esta que vê, severina
mas se responder não pude
à pergunta que fazia,
ela, a vida, a respondeu
com sua presença viva.
E não há melhor resposta
que o espetáculo da vida:
vê-la desfiar seu fio,
que também se chama vida,
ver a fábrica que ela mesma,
teimosamente, se fabrica,
vê-la brotar como há pouco
em nova vida explodida
mesmo quando é assim pequena
a explosão, como a ocorrida
como a de há pouco, franzina
mesmo quando é a explosão de uma vida severina.
I– O fragmento é do poema Morte e vida Severina, de João Cabral de Melo Neto, poeta da geração de 30, que cantou o amor e a saudade da terra natal.
II – Nesse auto de Natal pernambucano, o poeta expressa a miserável condição humana de um povo subdesenvolvido.
III – Severino, retirante, no caminho, rumo ao litoral, encontra a morte em cada parada.
IV – No último pouso, Severino recebe a notícia do nascimento de um menino; metáfora da resistência à constante negação da vida.
Está (ão) correta (s):
ra terra ter rat erra ter rate rra ter rater ra ter raterr a ter raterra terr araterra ter raraterra te rraraterra t erraraterra terraraterra
- Está vendo aquele umbu, lá embaixo, à direita do coxilhão? Pois ali é a tapera do Mariano. Nunca vi pêssegos mais bonitos que os que amadurecem naquele abandono; ainda hoje os marmeleiros carregam, que é uma temeridade! Mais para baixo, como umas três quadras, há uns olhos-d'água, minando as pedras, e logo adiante uns coqueiros; depois pega um cordão de araçazeiros. Diziam os antigos que ali encostado havia um lagoão mui fundo onde até jacaré se criava. Eu, desde guri conheci o lagoão já tapado pelos capins, mas o lugar sempre respeitado como um tremedal perigoso: até contavam de um mascate que aí atolou-se e sumiu-se com duas mulas cargueiras e canastras e tudo... Mais de uma rês magra ajudei a tirar de lá; iam à grama verde e atolavam-se logo, até a papada. Só cruzam ali por cima as perdizes e algum cusco leviano. Com certeza que as raízes do pasto e dos aguapés foram trançando uma enrediça fechada, e o barro e as folhas mortas foram-se amontoando e, pouco a pouco, capeando, fazendo a tampa do sumidouro. E depois nunca deram desgoto na ponta do lagoão, porque, se dessem, a água corria e não se formaria o mundéu... Mas, onde quero chegar: vou mostrar-lhe, lá, bem no meio do manantial, uma cousa que vancê nunca pensou ver; é uma roseira, e sempre carregada de rosas... Gente vivente não apanha as flores porque quem plantou a roseira foi um defunto... e era até agouro um cristão enfeitar-se com uma rosa daquelas!...