O mundo não se pode dar ao luxo de abrir mão da
mineração, que é um dos motores da economia
global e que está na base do sistema industrial.
Mas talvez possa ser possível fazê-la de uma
forma mais eficiente.
É nessa direção que caminham os esforços de
cientistas que pretendem substituir os métodos
tradicionais da atividade mineradora por outros,
que se aproveitam do trabalho silencioso e
invisível dos micro-organismos, particularmente
bactérias em um processo de biomineração.
Bactérias naturalmente encontradas junto a
grandes depósitos de minérios de cobre, de
níquel, e de ouro vêm sendo estudadas
por cientistas, que buscam uma forma
economicamente viável de extrair esses minerais
da natureza, por meio de um processo conhecido
como biolixiviação ou bio-hidrometalurgia.
A grande vantagem, é que, na biomineração, a
liberação do material de interesse não exige
queima, como nos métodos tradicionais, o que
elimina a emissão de gases poluentes, como o
monóxido de carbono e o dióxido de enxofre.
Os micro-organismos mineradores consomem
substâncias conhecidas como sulfetos, e os
convertem em ácido sulfúrico, que acaba tornando
solúveis os minérios de interesse econômico.
Estes, por sua vez, são recuperados
posteriormente, na forma sólida.
Cerca de 20% do cobre produzido no mundo já é
extraído por biomineração e boa parte dele vem do
Chile, onde o processo está mais desenvolvido,
graças ao trabalho de cientistas com a calcopirita,
CuFeS2, o minério bruto de onde é extraído o cobre.
(BIOMINERAÇÂO..., 2012).