Questões de Vestibular UNEMAT 2015 para Vestibular UNEMAT

Foram encontradas 44 questões

Ano: 2015 Banca: UNEMAT Órgão: UNEMAT Prova: UNEMAT - 2015 - UNEMAT - Vestibular UNEMAT |
Q1782787 Matemática

Em um retângulo com 10 cm de base e 40 cm de altura, foram retirados dois semicírculos de diâmetros iguais a 10 cm.


Considera-se um eixo e passando pelos centros dos semicírculos, como mostra a figura abaixo.


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Qual o volume aproximado do sólido formado pela rotação da figura em torno do eixo e?

Considere π = 3,14.

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Ano: 2015 Banca: UNEMAT Órgão: UNEMAT Prova: UNEMAT - 2015 - UNEMAT - Vestibular UNEMAT |
Q1782788 Matemática
Geralmente os alunos que terminam o Ensino Médio fazem uma festa de formatura, e durante o ano esses alunos realizam bingos, festas, etc para arrecadar fundos para a festa.
Em uma escola há somente uma turma com 20 alunos, que se reuniram para formar uma comissão com 3 membros.
Quantos grupos diferentes podem ser formados, sabendo que a líder da classe terá de fazer parte do grupo?
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Q1782789 História
Movimento filosófico ocorrido na França e na Alemanha no século XVIII, centrava suas críticas no absolutismo, na religião e no mercantilismo. Para os filósofos idealizadores desse movimento, os valores políticos, religiosos, culturais, filosóficos e econômicos não mais atendiam às aspirações humanas por progresso, desenvolvimento e liberdade em todas as esferas da vida pública e privada. Com isso esses pensadores passam a propor uma nova organização no campo da produção científica, cultural, filosófica e econômica. Este movimento influenciou a independência das colônias inglesas na América do Norte (Estados Unidos) e os movimentos que preconizavam a independência do Brasil (Inconfidência Mineira).
O texto refere-se:
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Q1782790 Conhecimentos Gerais
A imprensa tem noticiado um significativo aumento dos casos de violação dos direitos humanos no Brasil. Nesse sentido, constituem exemplos flagrantes de atentados à dignidade humana os seguintes casos: a) desrespeito aos direitos dos povos indígenas; b) exploração sexual de crianças e adolescentes; c) violência contra a mulher; d) violência contra movimentos da sociedade civil organizada; e) violência f) violência contra trabalhadores(as) que se manifestam exigindo melhorias salariais e melhorias na saúde. Existe também a discriminação étnica, religiosa, política e sexista, que tem de ser levada em conta nessa discussão. Embora seja possível afirmar que a violência, em suas mais variadas formas, atinge de modo mais acentuado os estratos sociais mais pobres, segmentos das classes mais abastadas não escapam da violação dos seus direitos, como é o caso da violência contra a mulher, na medida em que se trata de um fenômeno que aflige mulheres ricas e pobres, nos espaços urbanos e rurais. Portanto, devido a sua magnitude e abrangência, trata-se de um fenômeno que tem de receber a atenção de toda a população brasileira, no sentido do combater este pernicioso mal que resiste, em pleno século XXI.
Com base nas informações contidas no texto-base é correto afirmar que:
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Q1782791 Geografia
O neoliberalismo é uma política de Estado que passou a ser implementada nos anos 1970, quando o capitalismo estava passando por uma forte crise, o desemprego estava aumentando nos Estados Unidos e na Europa, as greves se intensificavam e os países estavam se endividando. Neste contexto, o mundo saiu do Estado de bem estar social para uma política neoliberal.
Entre as características neoliberais podem-se mencionar:
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Q1782792 História e Geografia de Estados e Municípios
A instalação de hidrovias nos rios mato-grossenses tem sido tema de discussões polêmicas nos âmbitos regional, nacional e internacional pelo impasse entre a necessidade da conservação ambiental e o estabelecimento da navegabilidade comercial em duas importantes bacias hidrográficas de abrangência continental.
Identifique-as:
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Q1782793 Geografia
A Urbanização deve ser entendida como um processo que resulta principalmente da transferência de pessoas do meio rural para o urbano e concretiza-se quando o percentual da população urbana é superior ao da população rural. Ou seja, um país só é considerado urbanizado quando mais da metade da sua população vive em cidades.
A causa fundamental da urbanização nos países desenvolvidos e subdesenvolvidos é a:
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Q1782794 Geografia
“O território mato-grossense é resultado de um conjunto de espaços geográficos moldados ao longo do processo de formação econômico-social do país, posto em prática de forma efetiva a partir do século XVIII. Isso significa dizer que a estrutura regional do Centro-Oeste relaciona-se ao contexto nacional como uma totalidade, sendo regida pela dinâmica capitalista. Essa dinâmica pode ser entendida como a crescente integração das regiões brasileiras a partir da homogeneização da economia nacional”.
(MORENO, Gislaene; HIGA, Tereza Cristina Souza (orgs.). Geografia de Mato Grosso: território, sociedade, ambiente. Cuiabá: Entrelinhas, 2005, p. 206).
Dentre os principais processos que estruturaram a produção do espaço da região Centro-Oeste, consideram-se fatores iniciais de apropriação da terra e de construção do espaço regional:
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Q1782795 Geografia
“[...] A trajetória escapa o risco nu... As nuvens queimam o céu, nariz azul... Desculpe estranho, eu voltei mais puro do céu. Na lua o lado escuro é sempre igual... No espaço a solidão é tão normal... Desculpe estranho, eu voltei mais puro do céu. [...]”.
(STEIN, Carlos; Hömrich, Sady; Bowie, David. O astronauta de mármore. In: Nenhum de Nós. Cardume, 1989. (CD).
O que faz com que, daqui da Terra, vejamos sempre a mesma face da Lua, deve-se ao fato de:
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Q1782796 História
“Tenochtitlán, uma cidade de canais, praças e mercados, pirâmides, templos, palácios, lojas e residências, que começou numa ilha no lago Texcoco e estendeu-se para as praias mais próximas com as quais se comunicava por estradas. Na época da conquista espanhola, ela era uma orgulhosa metrópole de 200 mil habitantes, tão soberba que o conquistador Bernal Diaz del Castillo registrou que mesmo ‘aqueles que estiveram em Roma ou Constantinopla dizem que em termo de conforto, regularidade e população nunca viram algo semelhante’”.
(PINSKY, Jaime et al. História da América através de textos. 3. ed. São Paulo: Contexto, 1991. Adaptado).
A cidade de Tenochtitlán era o centro de qual Império?
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Q1782797 História
As péssimas condições de vida e de trabalho provocaram revoltas e manifestações de descontentamento dos trabalhadores desde o começo da Revolução Industrial. Uma delas foi a quebra de máquinas.
(FIGUEIRA, Divalte, G. História. São Paulo: Ática, 2003).
O texto refere-se:
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Q1782798 Geografia
Revolução que emerge em meados do Século XVIII, tem entre suas principais características a apropriação privada dos meios de produção e a livre concorrência.
O texto acima refere-se ao sistema:
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Q1782799 Português

Imagem associada para resolução da questão

Disponível em: www.oslevadosdabreca.com. Acesso em: 28 nov. 2014


O termo mesmo, em ambos os quadrinhos, corresponde ao sentido de:

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Q1782800 Português
Crise da Água
Cantareira bate novo recorde negativo e opera com 3,2% de sua capacidade

    O sistema Cantareira voltou a ter mais um recorde negativo nesta quarta-feira (22). De acordo com dados da Sabesp, o nível do reservatório é de apenas 3,2%, índice considerado o pior da história. Desde a segunda (20), chuvas têm atingido o reservatório, mas sem impedir a queda nos índices.
    
   Mesmo diante da grave crise hídrica, o governo estadual ainda se nega a fazer um racionamento na cidade.

Novo Bônus

    Na terça-feira (21), o Conselho Diretor da Sabesp, responsável pelo abastecimento na Grande São Paulo, aprovou proposta do governo estadual de conceder a redução na conta de água para os que não atingirem o patamar de 20%, necessário para obter o atual desconto de 30%.

    Pelas novas regras, o bônus antigo continua em vigor, mas quem conseguir economizar de 10% a 15%, ganhará uma redução de 10% na conta de água.

    Se o consumo cair de 15% a 20%, o desconto será de 20%.

     A proposta será enviada agora para a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia), que definirá a data para a iniciativa entrar em vigor.

Disponível em: www.1.folha.uol.com.br./cotidiano/2014. Acesso em 22 out. 2014. 
Diante dos argumentos apresentados pelo jornal Folha de São Paulo sobre a crise da água pela qual o estado passa, é correto afirmar que:
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Q1782801 Português
Crise da Água
Cantareira bate novo recorde negativo e opera com 3,2% de sua capacidade

    O sistema Cantareira voltou a ter mais um recorde negativo nesta quarta-feira (22). De acordo com dados da Sabesp, o nível do reservatório é de apenas 3,2%, índice considerado o pior da história. Desde a segunda (20), chuvas têm atingido o reservatório, mas sem impedir a queda nos índices.
    
   Mesmo diante da grave crise hídrica, o governo estadual ainda se nega a fazer um racionamento na cidade.

Novo Bônus

    Na terça-feira (21), o Conselho Diretor da Sabesp, responsável pelo abastecimento na Grande São Paulo, aprovou proposta do governo estadual de conceder a redução na conta de água para os que não atingirem o patamar de 20%, necessário para obter o atual desconto de 30%.

    Pelas novas regras, o bônus antigo continua em vigor, mas quem conseguir economizar de 10% a 15%, ganhará uma redução de 10% na conta de água.

    Se o consumo cair de 15% a 20%, o desconto será de 20%.

     A proposta será enviada agora para a Arsesp (Agência Reguladora de Saneamento e Energia), que definirá a data para a iniciativa entrar em vigor.

Disponível em: www.1.folha.uol.com.br./cotidiano/2014. Acesso em 22 out. 2014. 
No trecho “Mesmo diante da grave crise hídrica, o governo estadual ainda se nega a fazer um racionamento na cidade.”, a palavra em destaque:
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Q1782802 Português
Só os óio
Ao regressar de Mineiros, em Goiás, [...] perdemos a hora de atravessar o Rio dos Bois. Não houve rogos nem promessas que demovessem o balseiro de sua resolução. Eram mais de seis horas e não daria passagem.
Tocamos rastro atrás cinco léguas e fomos pedir pouso em casa de um sertanejo pobre, casa de pau-a-pique [...].
Estávamos em julho e o frio era intenso. Ao pedir o pouso, o caipira me perguntou: - Vacê trôxe rede? - Não. - Curchuádo? - Também não. - E cuberta? - Também não trouxe. - Aãã ... Intãoce vacê, de durmi, só troxe os óio?
(PIRES, Cornélio. Patacoadas. Coleção Conversa caipira. Itu, Ottoni Editora, 2002)
Com base no texto e considerando a diversidade da fala dos brasileiros, assinale a correta.
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Q1782803 Português

Meninos Carvoeiros


Os meninos carvoeiros

Passam a caminho da cidade.

- Eh, carvoeiro!

E vão tocando os animais com um relho enorme.


Os burros são magrinhos e velhos.

Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.

A aniagem é toda remendada.

Os carvões caem.


(Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe, dobrando-se com um gemido.)


- Eh, carvoeiro! Só mesmo estas crianças raquíticas

Vão bem com estes burrinhos descadeirados.

A madrugada ingênua parece feita para eles ...

Pequenina, ingênua miséria!

Adoráveis ​​carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!


- Eh, carvoeiro!


Quando voltam, mordendo num pão encarvoado.

Encarapitados nas alimárias,

Apostando corrida,

Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos desamparados!


(BANDEIRA, Manuel. Antologia Poética. 10ª ed. Rio de Janeiro: José Olympio Editora, 1978)


O poema aborda um grave problema social, que é o trabalho infantil. A gravidade do tema está coerente com um dos versos cuja conjugação verbal destoa da aparente descontração dos meninos. Assinale-o.

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Q1782804 Português

[...]

Capitulo IX

Passaram-se semanas. Jerônimo tomava agora, todas as manhãs, uma xícara de café bem grosso, à moda da Ritinha, e trabalhava dedos dois de parati “pr'a cortar a friagem”.


Uma transformação, lenta e profunda, operava-se nele, dia a dia, hora a hora, reviscerando-lhe o corpo e alando-lhe os sentidos, num trabalho misterioso e surdo de crisálida. A sua energia afrouxava lentamente: fazer-se contemplativo e amoroso. A vida americana e a natureza do Brasil patenteavam agora os aspectos imprevistos e sedutores que o comoviam; esquecia-se dos seus primitivos sonhos de ambição, para idealizar felicidades novas, picantes e violentas; tornava-se liberal, imprevidente e franco, mais amigo de gastar que de guardar. [...]


(AZEVEDO, Aluísio. O Cortiço. 3ª ed. São Paulo: Martin Claret, 2010, p.90)


No romance O Cortiço, o personagem português Jerônimo vai, segundo o narrador, aos poucos, “abrasileirando-se”, afrouxando seus trajes, o que confirma a filiação da obra a corrente filosófica em voga no mundo ocidental, na época (século XIX ), a qual defendia que o ser humano:

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Q1782805 Português
[...]
Grave, grave, o caso. Premia-nos uma multidão, e estava na área de baixa pressão do ciclone. -“Disse que era, mas que, vendo a humanidade já enlouquecida, e em véspera de mais tresloucar-se, inventara a decisão de se internar, voluntário: assim, quando a coisa se varresse de infernal a pior, já estava garantido ali, com lugar, tratamento e defesa, que, à maioria, cá fora, viriam a fazer falta ... ”- e o Adalgiso, a seguir, nem se culpava de venial descuido, quando no ir querer preencher-lhe a ficha.
- “Você se espanta?” - esquivei-me. De fato, o homem exagerara somente uma teoria antiga: a do professor Dartanhã, que, mesmo a nós, seus alunos, declarava-nos em quarenta por cento casos típicos, larvados; e, ainda, dos restantes, outra boa parte, apenas de mais puxado diagnóstico.
[...]
Reaparecendo o humano e o estranho. O homem. Vejo que ele se vê, tivo de notá-lo. E algo terrível de repente se passou. Ele queria falar, mas a voz esmorecida; e embrulhou-se-lhe a fala. Estava em equilíbrio de razão: isto é, lúcido, nu, pendurado. Pior que lúcido, relucidado; com a cabeça comportada. Acordava! Seu acesso, pois, tivera termo, e, da ideia delirante, via-se dessonambulizado. Desintuído, desinfluído - se não se quando - soprado. Em doente consciente, apenas, detumescera-se, recuando ao real e autônomo, a seu mau pedaço de espaço e tempo, ao sem-fim do comedido.
Aquele pobre homem descoroçoava. E tinha medo e tinha horror - de tão novamente humano. [...] Desprojetava-se, coitado, e tentava agarrar-se, inapto, à Razão Absoluta? Adivinhava isso o desvairar da multidão espaventosa - enlouquecida. Contra ele, que, de algum modo, de alguma maravilhosa continuação, de repente nos frustrava. Portanto, em baixo, alto bramiam.
Feros, ferozes. Ele estava são. Versânicos, queriam linchá-lo. [...]
(ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias . Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001)
O conto Darandina , de João Guimarães Rosa, narra o episódio de um homem que, após escapar de um instituto onde havia se internado e tentar alguns pequenos furtos, sobe em uma palmeira no meio de uma praça para escapar à perseguição das pessoas, tirando a própria roupa e provocando aglomeração e desordem. A partir dos trechos acima, que se situam os próximos ao início e ao fim do conto, respectivamente, percebe-se que:
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Ano: 2015 Banca: UNEMAT Órgão: UNEMAT Prova: UNEMAT - 2015 - UNEMAT - Vestibular UNEMAT |
Q1782806 Português

T EXTO  I

A menina de lá


    Não que parecesse olhar ou enxergar de propósito. Parava quieta, não queria bruxas de pano, brinquedo nenhum, sempre sentadinha onde se achasse, pouco se mexia. - “Ninguém entende muita coisa que ela fala ...” - dizia o Pai, com certo espanto. Menos pela estranhez das palavras, pois só raro ela perguntava, por exemplo: -“Ele xurugou?” - e, vai ver, quem e o quê, jamais se saberia. Mas, pelo esquisito do juízo ou enfeitado do sentido. Com riso imprevisto: -“Tatu não vê a lua ...”- ela falasse.Ou referia estórias, absurdas, vagas, tudo muito curto: da abelha que se voou para uma nuvem; de uma porção de meninas e meninos sentados a uma mesa de doces, comprida, comprida, por tempo que nem se acabava; ou da precisão de se fazer lista das coisas todas que no dia por dia a gente vem perdendo. Só a pura vida.

[...]

    Dizia que o ar estava com cheiro de lembrança. -“A gente não vê quando o vento se acaba ...”Estava no quintal, vestidinha de amarelo. O que falava, às vezes era comum, a gente é que ouvia exagerado: -“Alturas de urubuir ...”Não, dissera só: - “altura de urubu não ir”. O Dedinho chegava quase no céu. Lembrou-se de: -“Jabuticaba de vem-me-ver ...”Suspirava, depois: - “Eu quero ir pra lá”. - Aonde? -“Não sei”. Aí observou: -“O passarinho desapareceu de cantar ...”


(ROSA, João Guimarães. Primeiras estórias . Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001)


TEXTO II


[...]

    A gente não gostava de explicar como imagens porque explicar afasta como falas da imaginação. 

A gente gostava dos sentidos desarticulados como a conversa dos passarinhos no chão a comer pedaços de mosca.

Certas visões não significavam nada, mas eram passeios verbais.

A gente sempre queria dar brazão às borboletas.

A gente gostava bem das vadiações com as palavras do que das prisões gramaticais.

Quando o menino disse que queria passar para as palavras suas peraltagens até os caracóis apoiaram.

A gente se encostava na tarde como se a tarde fosse um poste.

A gente gostava das palavras quando elas perturbavam os sentidos normais da fala.

Esses meninos faziam parte do arrebol como os passarinhos.


(BARROS, Manoel de. Menino do mato . Leya: São Paulo, 2010)


Observando-se os textos, percebendo-se o uso diferenciado da linguagem verbal, que se deve ao fato de que: 

Alternativas
Respostas
21: E
22: A
23: E
24: E
25: E
26: A
27: B
28: A
29: A
30: B
31: D
32: A
33: D
34: B
35: D
36: D
37: C
38: C
39: A
40: E