Conforme Silvio Gallo, “ao longo da história humana, legisladores morais de todos os tipos aviltaram a
liberdade humana em nome de um poder absoluto e da exploração. Sua ação sempre foi facilitada pela
angústia existencial que sentimos frente ao nada de nosso ser e, para fugir a tal angústia, aderimos – de “má
fé” – a qualquer identidade externa que nos seja oferecida pelos moralistas de plantão. Em nosso íntimo,
porém, sabemos que essa tranquilidade que conseguimos com a identificação social é falsa, e é a coragem
de abandoná-la que fundamenta as revoltas políticas que visam resgatar a dignidade humana e a sua
autonomia [...]”. Gallo cita o filósofo francês Jean Paul Sartre, observando que, para ele, “o ser humano é
livre, e a liberdade consiste no ato da escolha”.
Fonte: GALLO, Silvio. Filosofia: experiência do pensamento . São Paulo: Scipione, 2013, p. 131.