Questões de Vestibular UNESP 2012 para Vestibular - Segundo Semestre
Foram encontradas 90 questões
A história dos vinte anos após 1973 é a de um mundo que perdeu suas referências e resvalou para a instabilidade e a crise. Só no início da década de 1990 encontramos o reconhecimento de que os problemas econômicos eram de fato piores que os da década de 1930. Em muitos aspectos, isso era intrigante. Por que deveria a economia mundial ter-se tornado menos estável?
(Eric Hobsbawm. Era dos extremos, 1995. Adaptado.)
A instabilidade econômica mundial nos anos 1970-1990, citada no texto, derivou, entre outros fatores,
Leia os textos.
Em países como Bélgica, França e Portugal a temperatura chegou à casa dos 40 °C e a população precisou buscar maneiras de se refrescar. Parques, especialmente aqueles com fontes, têm sido o destino de muitos moradores. A idosos e crianças tem sido recomendado não sair às ruas nos horários de calor mais intenso para evitar problemas de saúde.
(www.terra.com.br, julho de 2010. Adaptado.)
A onda de frio na Europa já matou 28 pessoas. A nevasca que atinge do Reino Unido à Lituânia suspendeu milhares de voos e prejudicou as viagens de trens. Estradas estão bloqueadas. Na Polônia, os termômetros chegaram a registrar –33 °C.
(www.g1.com.br, dezembro de 2010.)
O tipo climático onde tradicionalmente se verifica essa grande variação de temperatura entre as estações do ano é oAs margens continentais são uma das diversas macroformas do relevo submarino. Elas margeiam os continentes apresentando, conforme o continente, características físicas diferentes, como extensão e profundidade. Analise as figuras, que correspondem aos diferentes tipos de margem continental presentes no planeta.
Analise o mapa, que representa a cobertura vegetal primitiva do estado de São Paulo.
Leia o trecho da música “Nóis é jeca mais é jóia” de Juraildes da Cruz e Xangai para responder às questões de números 47 e 48.
Se farinha fosse americana
mandioca importada
banquete de bacana
era farinhada
Andam falando que nóis é caipora
qui nóis tem qui aprender ingrês
qui nóis tem qui fazê xuxéxu fóra
deixe de bestáge
nóis nem sabe o portuguêis
nóis somo é caipira pop
nóis entra na chuva e nem móia
meu ailóviú
nóis é jéca mais é jóia
Tiro bicho de pé com canivete
mais já tô na internet
nóis é jéca mais é jóia
Leia o trecho da música “Nóis é jeca mais é jóia” de Juraildes da Cruz e Xangai para responder às questões de números 47 e 48.
Se farinha fosse americana
mandioca importada
banquete de bacana
era farinhada
Andam falando que nóis é caipora
qui nóis tem qui aprender ingrês
qui nóis tem qui fazê xuxéxu fóra
deixe de bestáge
nóis nem sabe o portuguêis
nóis somo é caipira pop
nóis entra na chuva e nem móia
meu ailóviú
nóis é jéca mais é jóia
Tiro bicho de pé com canivete
mais já tô na internet
nóis é jéca mais é jóia
Leia as afirmações.
I. Embora a difusão das redes de telecomunicação tenha viabilizado a propagação de uma cultura de massa, esse processo não significa o aniquilamento das culturas locais.
II. Os hábitos e os costumes locais foram substituídos por uma mesma forma cultural, produzida pela grande indústria e disseminada pelos meios de comunicação globalizados.
III. Os costumes locais e a produção da chamada cultura de massa evoluem paralelamente, sem que haja transformações nos hábitos e costumes locais.
Considerando a letra da música e o atual processo de globaliza- ção, é correto o que se afirma apenas em
Leia o texto.
A cada sopro de modernização das forças produtivas agrícolas e agroindustriais, as cidades das áreas adjacentes se tornam responsáveis pelas demandas crescentes de uma série de novos produtos e serviços, dos híbridos à mão de obra especializada, o que faz crescer a urbanização, o tamanho e o número das cidades. As casas de comércio de implementos agrícolas, sementes, grãos, fertilizantes; os escritórios de marketing, de consultoria contábil; [...] as empresas de assistência técnica, de transportes; os serviços do especialista em engenharia genética, veterinária, administração [...] se difundiram por todas as partes do Brasil agrícola moderno.
(Maria Adélia de Souza (org.). Território Brasileiro: usos e abusos, 2003.)
O texto faz referência a
Analise a tabela.
A partir dos dados apresentados na tabela, conclui-se que, durante
o período analisado,
Leia o texto.
As bases materiais e políticas do mundo atual têm permitido uma revolução nas formas de circulação de dinheiro, criando assim novos modos de acumulação [...]. Novos instrumentos financeiros são incorporados ao território na forma de depósitos e de créditos ao consumo. A sociedade, assim, é chamada a consumir produtos financeiros, como poupanças de diversas espé- cies e mercadorias adquiridas com dinheiro antecipado. Com isso o sistema financeiro ganha duas vezes, pois dispõe de um dinheiro social nos bancos e lucra emprestando, como próprio, esse dinheiro social para o consumo.
(Milton Santos e Maria Laura Silveira. O Brasil: território e sociedade no início do século XXI, 2001.)
São exemplos do processo de expansão do sistema financeiro no território brasileiro:
Analise a figura.
Sobre as causas e os possíveis efeitos da previsão de mudança
da estrutura etária brasileira entre 2000 e 2035, pode-se afirmar
que
Analise a charge.
Sobre o processo de produção do espaço urbano e o acesso à
moradia no Brasil, é correto afirmar que
Regulamentação publicada nesta segunda-feira, no Diário Oficial do Município do Rio, determina que as crianças e adolescentes apreendidos nas chamadas cracolândias fiquem internados para tratamento médico, mesmo contra a vontade deles ou dos familiares. Os jovens, segundo a Secretaria Municipal de Assistência Social (Smas), só receberão alta quando estiverem livres do vício. A “internação compulsória” vale somente para aqueles que, na avaliação de um especialista, estiverem com dependência química. Ainda de acordo com a resolução, todas as crianças e adolescentes que forem acolhidos à noite, “independente de estarem ou não sob a influência do uso de drogas”, não poderão sair do abrigo até o dia seguinte.
(www.estadao.com.br, 30.05.2012. Adaptado.)
As justificativas apresentadas neste texto para legitimar a “internação
compulsória” de usuários de drogas são norteadas por:
O clima do “politicamente correto” em que nos mergulharam impede o raciocínio. Este novo senso comum diz que todos os preconceitos são errados. Ao que um amigo observou: “Então vocês têm preconceito contra os preconceitos”. Ele demonstrava que é impossível não ter preconceitos, que vivemos com eles, e que grande quantidade deles nos é útil. Mas, afinal, quais preconceitos são pré-julgamentos danosos? São aqueles que carregam um juízo de valor depreciativo e hostil. Lembre-se do seu tempo de colégio. Quem era alvo dos bullies? Os diferentes. As crianças parecem repetir a história da humanidade: nascem trogloditas, violentas, cruéis com quem não é da tribo, e vão se civilizando aos poucos. Alguns, nem tanto. Serão os que vão conservar esses rótulos pétreos, imutáveis, muitas vezes carregados de ódio contra os “diferentes”, e difíceis (se não impossíveis) de mudar.
(Francisco Daudt. Folha de S.Paulo, 07.02.2012. Adaptado.)
O artigo citado aborda a relação entre as tendências culturais
politicamente corretas e os preconceitos. Com base no texto,
pode-se afirmar que a superação dos preconceitos que induzem
comportamentos agressivos depende
Se um governo quer reduzir o índice de abortos e o risco para as mulheres em idade reprodutiva, não deveria proibi-los, nem restringir demais os casos em que é permitido. Um estudo publicado em “The Lancet” revela que o índice de abortos é menor nos países com leis mais permissivas, e é maior onde a intervenção é ilegal ou muito limitada. “Aprovar leis restritivas não reduz o índice de abortos”, afirma Gilda Sedgh (Instituto Guttmacher, Nova York), líder do estudo, “mas sim aumenta a morte de mulheres”. “Condenar, estigmatizar e criminalizar o aborto são estratégias cruéis e falidas”, afirma Richard Horton, diretor de “The Lancet”. “É preciso investir mais em planejamento familiar”, pediu a pesquisadora, que assina o estudo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Os seis autores concluem que “as leis restritivas não estão associadas a taxas menores de abortos”. Por exemplo, o sul da África, onde a África do Sul, que o legalizou em 1997, é dominante, tem a taxa mais baixa do continente.
(http://noticias.uol.com.br, 22.01.2012. Adaptado.)
Na reportagem, o tema do aborto é tratado sob um ponto de vista
A convite da Confederação Nacional de Seguros, instituição privada, ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), do STJ (Superior Tribunal de Justiça) e do TST (Tribunal Superior do Trabalho) participaram de seminário em hotel de luxo no Guarujá (SP), no início de outubro. O evento, que aconteceu num hotel cinco estrelas, começou numa quinta-feira e prolongou-se até domingo. No período, as diárias variavam de R$ 688,00 a R$ 8.668,00. Além dos ministros, desembargadores e juízes de tribunais estaduais participaram do seminário. Foram discutidos assuntos de interesse dos anfitriões, como o julgamento de processos sobre previdência complementar e a boa-fé nos contratos de seguros.
(Folha de S.Paulo, 14.11.2011. Adaptado.)
A relevância jornalística do fato retratado pode ser relacionada
a questões
Cada cultura tem suas virtudes, seus vícios, seus conhecimentos, seus modos de vida, seus erros, suas ilusões. Na nossa atual era planetária, o mais importante é cada na- ção aspirar a integrar aquilo que as outras têm de melhor, e a buscar a simbiose do melhor de todas as culturas. A França deve ser considerada em sua história não somente segundo os ideais de Liberdade-Igualdade-Fraternidade promulgados por sua Revolução, mas também segundo o comportamento de uma potência que, como seus vizinhos europeus, praticou durante séculos a escravidão em massa, e em sua colonização oprimiu povos e negou suas aspirações à emancipação. Há uma barbárie europeia cuja cultura produziu o colonialismo e os totalitarismos fascistas, nazistas, comunistas. Devemos considerar uma cultura não somente segundo seus nobres ideais, mas também segundo sua maneira de camuflar sua barbárie sob esses ideais.
(Edgard Morin. Le Monde, 08.02.2012. Adaptado.)
No texto citado, o pensador contemporâneo Edgard Morin desenvolve
O psicólogo Drew Westen mostrou que, na política, emoções falam mais alto que a lógica. Ele monitorou os cérebros de militantes partidários enquanto viam seus candidatos favoritos caindo em contradição. Como previsto, eles não tiveram dificuldade para perceber a incongruência do “inimigo”, mas foram bem menos críticos em relação ao “aliado”. Segundo Westen, quando confrontados com informações ameaçadoras às nossas convicções políticas, redes de neurônios associadas ao estresse são ativadas. O cérebro percebe o conflito e tenta desligar a emoção negativa. Circuitos encarregados de regular emoções recrutam, então, crenças capazes de eliminar o estresse. A contradição é apenas fracamente percebida.
(Hélio Schwartsman. Folha de S.Paulo, 07.02.2012.)
A tese exposta no texto expõe uma dificuldade em compreender
a contradição entre convicções pessoais e fatos objetivos. De
acordo com o texto, essa contradição está relacionada