Questões de Vestibular UNIFESP 2012 para Vestibular

Foram encontradas 27 questões

Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325303 Português
Examine a tira Níquel Náusea, do cartunista Fernando Gonsales.

Imagem 001.jpg

Com a fala – É o novo Drummond –, no último quadrinho, a personagem revela-se

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325304 Português
Instrução: Leia o poema O constante diálogo, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões.

Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado
                     o semelhante
                     o diferente
                     o indiferente
                     o oposto
                     o adversário
                     o surdo-mudo
                     o possesso
                     o irracional
                     o vegetal
                     o mineral
                     o inominado

Diálogo consigo mesmo
                     com a noite
                     os astros
                     os mortos
                     as ideias
                     o sonho
                     o passado
                     o mais que futuro
Escolhe teu diálogo
                     e
tua melhor palavra
                    ou
teu melhor silêncio
Mesmo no silêncio e com o silêncio
dialogamos.

(Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.)

O eu lírico, ao mostrar as variedades do diálogo, revela que este

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325305 Português
Instrução: Leia o poema O constante diálogo, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões.

Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado
                     o semelhante
                     o diferente
                     o indiferente
                     o oposto
                     o adversário
                     o surdo-mudo
                     o possesso
                     o irracional
                     o vegetal
                     o mineral
                     o inominado

Diálogo consigo mesmo
                     com a noite
                     os astros
                     os mortos
                     as ideias
                     o sonho
                     o passado
                     o mais que futuro
Escolhe teu diálogo
                     e
tua melhor palavra
                    ou
teu melhor silêncio
Mesmo no silêncio e com o silêncio
dialogamos.

(Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.)

Na abordagem temática do poema, destaca-se a inserção do discurso

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325306 Português
Instrução: Leia o poema O constante diálogo, de Carlos Drummond de Andrade, para responder às questões.

Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado
                     o semelhante
                     o diferente
                     o indiferente
                     o oposto
                     o adversário
                     o surdo-mudo
                     o possesso
                     o irracional
                     o vegetal
                     o mineral
                     o inominado

Diálogo consigo mesmo
                     com a noite
                     os astros
                     os mortos
                     as ideias
                     o sonho
                     o passado
                     o mais que futuro
Escolhe teu diálogo
                     e
tua melhor palavra
                    ou
teu melhor silêncio
Mesmo no silêncio e com o silêncio
dialogamos.

(Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.)

Escolhe teu diálogo
                            e
tua melhor palavra
                           ou
teu melhor silêncio
Mesmo no silêncio e com o silêncio
dialogamos.

Nesses versos da última estrofe do poema, o sentido com que se emprega o imperativo afirmativo e a circunstância expressa pelas expressões “no silêncio” e “com o silêncio” são, respectivamente:

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325307 Português

Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado

o semelhante

o diferente

o indiferente

o oposto

o adversário

o surdo-mudo

o possesso

o irracional

o vegetal

o mineral

o inominado

Diálogo consigo mesmo

com a noite

os astros

os mortos

as ideias

o sonho

o passado

o mais que futuro

Escolhe teu diálogo

e

tua melhor palavra

ou

teu melhor silêncio

Mesmo no silêncio e com o silêncio

dialogamos.

(Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.)


Instrução: Leia o texto para responder às questões.

       O silêncio é a matéria significante por excelência, um
continuum significante. O real da comunicação é o silêncio.
E como o nosso objeto de reflexão é o discurso, chegamos a
uma outra afirmação que sucede a essa: o silêncio é o real do
discurso.
       O homem está “condenado” a significar. Com ou sem palavras,
diante do mundo, há uma injunção à “interpretação”:
tudo tem de fazer sentido (qualquer que ele seja). O homem
está irremediavelmente constituído pela sua relação com o
simbólico.
       Numa certa perspectiva, a dominante nos estudos dos signos,
se produz uma sobreposição entre linguagem (verbal e
não-verbal) e significação.
       Disso decorreu um recobrimento dessas duas noções, resultando
uma redução pela qual qualquer matéria significante
fala, isto é, é remetida à linguagem (sobretudo verbal) para
que lhe seja atribuído sentido.
       Nessa mesma direção, coloca-se o “império do verbal”
em nossas formas sociais: traduz-se o silêncio em palavras.
Vê-se assim o silêncio como linguagem e perde-se sua especificidade,
enquanto matéria significante distinta da linguagem.
(Eni Orlandi. As formas do silêncio, 1997.)

A ideia comum entre o poema de Drummond e o texto de Eni Orlandi diz respeito ao fato de que o silêncio

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325308 Português

Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado

o semelhante

o diferente

o indiferente

o oposto

o adversário

o surdo-mudo

o possesso

o irracional

o vegetal

o mineral

o inominado

Diálogo consigo mesmo

com a noite

os astros

os mortos

as ideias

o sonho

o passado

o mais que futuro

Escolhe teu diálogo

e

tua melhor palavra

ou

teu melhor silêncio

Mesmo no silêncio e com o silêncio

dialogamos.

(Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.)


Instrução: Leia o texto para responder às questões.

       O silêncio é a matéria significante por excelência, um
continuum significante. O real da comunicação é o silêncio.
E como o nosso objeto de reflexão é o discurso, chegamos a
uma outra afirmação que sucede a essa: o silêncio é o real do
discurso.
       O homem está “condenado” a significar. Com ou sem palavras,
diante do mundo, há uma injunção à “interpretação”:
tudo tem de fazer sentido (qualquer que ele seja). O homem
está irremediavelmente constituído pela sua relação com o
simbólico.
       Numa certa perspectiva, a dominante nos estudos dos signos,
se produz uma sobreposição entre linguagem (verbal e
não-verbal) e significação.
       Disso decorreu um recobrimento dessas duas noções, resultando
uma redução pela qual qualquer matéria significante
fala, isto é, é remetida à linguagem (sobretudo verbal) para
que lhe seja atribuído sentido.
       Nessa mesma direção, coloca-se o “império do verbal”
em nossas formas sociais: traduz-se o silêncio em palavras.
Vê-se assim o silêncio como linguagem e perde-se sua especificidade,
enquanto matéria significante distinta da linguagem.
(Eni Orlandi. As formas do silêncio, 1997.)

No segundo parágrafo do texto, empregam-se as aspas no termo “condenado” para

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325309 Português

Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado

o semelhante

o diferente

o indiferente

o oposto

o adversário

o surdo-mudo

o possesso

o irracional

o vegetal

o mineral

o inominado

Diálogo consigo mesmo

com a noite

os astros

os mortos

as ideias

o sonho

o passado

o mais que futuro

Escolhe teu diálogo

e

tua melhor palavra

ou

teu melhor silêncio

Mesmo no silêncio e com o silêncio

dialogamos.

(Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.)


Instrução: Leia o texto para responder às questões.

       O silêncio é a matéria significante por excelência, um
continuum significante. O real da comunicação é o silêncio.
E como o nosso objeto de reflexão é o discurso, chegamos a
uma outra afirmação que sucede a essa: o silêncio é o real do
discurso.
       O homem está “condenado” a significar. Com ou sem palavras,
diante do mundo, há uma injunção à “interpretação”:
tudo tem de fazer sentido (qualquer que ele seja). O homem
está irremediavelmente constituído pela sua relação com o
simbólico.
       Numa certa perspectiva, a dominante nos estudos dos signos,
se produz uma sobreposição entre linguagem (verbal e
não-verbal) e significação.
       Disso decorreu um recobrimento dessas duas noções, resultando
uma redução pela qual qualquer matéria significante
fala, isto é, é remetida à linguagem (sobretudo verbal) para
que lhe seja atribuído sentido.
       Nessa mesma direção, coloca-se o “império do verbal”
em nossas formas sociais: traduz-se o silêncio em palavras.
Vê-se assim o silêncio como linguagem e perde-se sua especificidade,
enquanto matéria significante distinta da linguagem.
(Eni Orlandi. As formas do silêncio, 1997.)

Ao analisar a prevalência da linguagem verbal na comunicação social, a autora enfatiza que

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325310 Português

Há tantos diálogos

Diálogo com o ser amado

o semelhante

o diferente

o indiferente

o oposto

o adversário

o surdo-mudo

o possesso

o irracional

o vegetal

o mineral

o inominado

Diálogo consigo mesmo

com a noite

os astros

os mortos

as ideias

o sonho

o passado

o mais que futuro

Escolhe teu diálogo

e

tua melhor palavra

ou

teu melhor silêncio

Mesmo no silêncio e com o silêncio

dialogamos.

(Carlos Drummond de Andrade. Discurso de primavera e algumas sombras, 1977.)


Instrução: Leia o texto para responder às questões.

       O silêncio é a matéria significante por excelência, um
continuum significante. O real da comunicação é o silêncio.
E como o nosso objeto de reflexão é o discurso, chegamos a
uma outra afirmação que sucede a essa: o silêncio é o real do
discurso.
       O homem está “condenado” a significar. Com ou sem palavras,
diante do mundo, há uma injunção à “interpretação”:
tudo tem de fazer sentido (qualquer que ele seja). O homem
está irremediavelmente constituído pela sua relação com o
simbólico.
       Numa certa perspectiva, a dominante nos estudos dos signos,
se produz uma sobreposição entre linguagem (verbal e
não-verbal) e significação.
       Disso decorreu um recobrimento dessas duas noções, resultando
uma redução pela qual qualquer matéria significante
fala, isto é, é remetida à linguagem (sobretudo verbal) para
que lhe seja atribuído sentido.
       Nessa mesma direção, coloca-se o “império do verbal”
em nossas formas sociais: traduz-se o silêncio em palavras.
Vê-se assim o silêncio como linguagem e perde-se sua especificidade,
enquanto matéria significante distinta da linguagem.
(Eni Orlandi. As formas do silêncio, 1997.)

Na oração do 4.º parágrafo – [...] para que lhe seja atribuído sentido. –, o pronome “lhe” substitui a expressão

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325311 Português
Examine a tira.

Imagem 005.jpg

O efeito de humor na situação apresentada decorre do fato de a personagem, no segundo quadrinho, considerar que “carinho” e “caro” sejam vocábulos

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325313 Português
Leia os versos de Cesário Verde.

Duas igrejas, num saudoso largo,
Lançam a nódoa negra e fúnebre do clero:
Nelas esfumo um ermo inquisidor severo,
Assim que pela História eu me aventuro e alargo.
(www.astormentas.com)

Em relação à Igreja, o eu lírico assume, nesses versos, uma posição
.
Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325314 Português

Instrução: Leia o texto para responder às questões.


                                Do chuchu ao xixi
        A concessionária Orla Rio subiu em 50%, de R$ 1 para
R$ 1,50, o uso do banheiro público e de 60 para 65 anos o
privilégio da gratuidade.
        A idade foi elevada com base em lei estadual de 2002,
um ano antes de o Estatuto do Idoso (2003) favorecer pessoas
“com idade igual ou superior a 60 anos”.
        Se o mal está feito, os economistas devem agora se preocupar
com o choque do preço do uso do banheiro público na
meta da inflação.
        Em 1977, rimos quando a ditadura culpou o chuchu.
Não seria o caso de rir, na democracia, do impacto do xixi
no custo de vida?
(CartaCapital, 27.06.2012.)

O autor mostra que a concessionária Orla Rio procedeu de forma

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325315 Português

Instrução: Leia o texto para responder às questões.


                                Do chuchu ao xixi
        A concessionária Orla Rio subiu em 50%, de R$ 1 para
R$ 1,50, o uso do banheiro público e de 60 para 65 anos o
privilégio da gratuidade.
        A idade foi elevada com base em lei estadual de 2002,
um ano antes de o Estatuto do Idoso (2003) favorecer pessoas
“com idade igual ou superior a 60 anos”.
        Se o mal está feito, os economistas devem agora se preocupar
com o choque do preço do uso do banheiro público na
meta da inflação.
        Em 1977, rimos quando a ditadura culpou o chuchu.
Não seria o caso de rir, na democracia, do impacto do xixi
no custo de vida?
(CartaCapital, 27.06.2012.)

No texto, há uma crítica àqueles que

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325316 Português

Instrução: Leia o texto para responder às questões.


                                Do chuchu ao xixi
        A concessionária Orla Rio subiu em 50%, de R$ 1 para
R$ 1,50, o uso do banheiro público e de 60 para 65 anos o
privilégio da gratuidade.
        A idade foi elevada com base em lei estadual de 2002,
um ano antes de o Estatuto do Idoso (2003) favorecer pessoas
“com idade igual ou superior a 60 anos”.
        Se o mal está feito, os economistas devem agora se preocupar
com o choque do preço do uso do banheiro público na
meta da inflação.
        Em 1977, rimos quando a ditadura culpou o chuchu.
Não seria o caso de rir, na democracia, do impacto do xixi
no custo de vida?
(CartaCapital, 27.06.2012.)

A relação de sentido entre “ditadura” e “democracia”, estabelecida no último parágrafo do texto, também ocorre na seguinte passagem, extraída do jornal Folha de S.Paulo, de 11.09.2012:

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Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325317 Português

Instrução: Leia o texto para responder às questões.

       Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhado
abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. O
diplomata ajusta, com um copo de champagne na mão, os
mais intrincados negócios; todos murmuram, e não há quem
deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e
das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da
sua época; as moças são no sarau como as estrelas no céu;
estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina,
eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos, por entre os quais
surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá
da sala do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida
no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha
completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco vão
outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e
marchando em seu passeio, mais a compasso que qualquer
de nossos batalhões da Guarda Nacional, ao mesmo tempo
que conversam sempre sobre objetos inocentes que movem
olhaduras e risadinhas apreciáveis. Outras criticam de uma
gorducha vovó, que ensaca nos bolsos meia bandeja de doces
que veio para o chá, e que ela leva aos pequenos que, diz,
lhe ficaram em casa. Ali vê-se um ataviado dandy que dirige
mil finezas a uma senhora idosa, tendo os olhos pregados
na sinhá, que senta-se ao lado. Finalmente, no sarau não é
essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra,
durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos.
        E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis
conduziram da corte para a ilha de... senhoras e senhores,
recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e
escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra
em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto.
        Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que
com aturado empenho se esforçam para ver qual delas vence
em graças, encantos e donaires, certo sobrepuja a travessa
Moreninha, princesa daquela festa.
(Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha, 1997.)

A forma como se dá a construção do texto revela que ele é predominantemente

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325319 Português

Instrução: Leia o texto para responder às questões.

       Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhado
abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. O
diplomata ajusta, com um copo de champagne na mão, os
mais intrincados negócios; todos murmuram, e não há quem
deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e
das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da
sua época; as moças são no sarau como as estrelas no céu;
estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina,
eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos, por entre os quais
surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá
da sala do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida
no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha
completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco vão
outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e
marchando em seu passeio, mais a compasso que qualquer
de nossos batalhões da Guarda Nacional, ao mesmo tempo
que conversam sempre sobre objetos inocentes que movem
olhaduras e risadinhas apreciáveis. Outras criticam de uma
gorducha vovó, que ensaca nos bolsos meia bandeja de doces
que veio para o chá, e que ela leva aos pequenos que, diz,
lhe ficaram em casa. Ali vê-se um ataviado dandy que dirige
mil finezas a uma senhora idosa, tendo os olhos pregados
na sinhá, que senta-se ao lado. Finalmente, no sarau não é
essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra,
durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos.
        E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis
conduziram da corte para a ilha de... senhoras e senhores,
recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e
escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra
em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto.
        Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que
com aturado empenho se esforçam para ver qual delas vence
em graças, encantos e donaires, certo sobrepuja a travessa
Moreninha, princesa daquela festa.
(Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha, 1997.)

Considerando os papéis desempenhados pelas personagens no texto, é correto afirmar que

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325320 Português

Instrução: Leia o texto para responder às questões.

       Um sarau é o bocado mais delicioso que temos, de telhado
abaixo. Em um sarau todo o mundo tem que fazer. O
diplomata ajusta, com um copo de champagne na mão, os
mais intrincados negócios; todos murmuram, e não há quem
deixe de ser murmurado. O velho lembra-se dos minuetes e
das cantigas do seu tempo, e o moço goza todos os regalos da
sua época; as moças são no sarau como as estrelas no céu;
estão no seu elemento: aqui uma, cantando suave cavatina,
eleva-se vaidosa nas asas dos aplausos, por entre os quais
surde, às vezes, um bravíssimo inopinado, que solta de lá
da sala do jogo o parceiro que acaba de ganhar sua partida
no écarté, mesmo na ocasião em que a moça se espicha
completamente, desafinando um sustenido; daí a pouco vão
outras, pelos braços de seus pares, se deslizando pela sala e
marchando em seu passeio, mais a compasso que qualquer
de nossos batalhões da Guarda Nacional, ao mesmo tempo
que conversam sempre sobre objetos inocentes que movem
olhaduras e risadinhas apreciáveis. Outras criticam de uma
gorducha vovó, que ensaca nos bolsos meia bandeja de doces
que veio para o chá, e que ela leva aos pequenos que, diz,
lhe ficaram em casa. Ali vê-se um ataviado dandy que dirige
mil finezas a uma senhora idosa, tendo os olhos pregados
na sinhá, que senta-se ao lado. Finalmente, no sarau não é
essencial ter cabeça nem boca, porque, para alguns é regra,
durante ele, pensar pelos pés e falar pelos olhos.
        E o mais é que nós estamos num sarau. Inúmeros batéis
conduziram da corte para a ilha de... senhoras e senhores,
recomendáveis por caráter e qualidades; alegre, numerosa e
escolhida sociedade enche a grande casa, que brilha e mostra
em toda a parte borbulhar o prazer e o bom gosto.
        Entre todas essas elegantes e agradáveis moças, que
com aturado empenho se esforçam para ver qual delas vence
em graças, encantos e donaires, certo sobrepuja a travessa
Moreninha, princesa daquela festa.
(Joaquim Manuel de Macedo. A Moreninha, 1997.)

Assinale a alternativa em que a eliminação do pronome em destaque implica, contextualmente, mudança do sujeito do verbo.

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325321 Português
          O Hatha yoga pradipika, sagrada escritura do hatha
yoga, escrita no século 15 da era atual, diz que, antes de nos
aventurarmos na prática de austeridade e códigos morais,
devemos nos preparar. Autocontrole e disciplina sem preparação
adequada__________ criar mais problemas mentais
e de personalidade do que paz de espírito. A beleza dessa
escritura é que ela resolve o grande problema que todo iniciante
enfrenta: dominar a mente.
            Devido___________abordagem corporal, o hatha yoga
ficou conhecido – de modo equivocado – como uma categoria
de ioga___________trabalha apenas as valências físicas
(força, flexibilidade, resistência, equilíbrio e outras), quase
como ginástica oriental. Isso não é verdade.
                                        (Ciência Hoje, julho de 2012. Adaptado.)

De acordo com a norma-padrão da língua portuguesa, as lacunas do texto devem ser preenchidas, respectivamente, com

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325322 Português
Examine a tira.

Imagem 011.jpg

Bastante comum na fala coloquial, o modo de se empregar o pronome na fala da personagem – Maneiro encontrar tu! – também ocorre em:

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325323 Português
Leia o poema Prece, de Fernando Pessoa.
Senhor, a noite veio e a alma é vil.
Tanta foi a tormenta e a vontade!
Restam-nos hoje, no silêncio hostil,
O mar universal e a saudade.
Mas a chama, que a vida em nós criou,
Se ainda há vida ainda não é finda.
O frio morto em cinzas a ocultou:
A mão do vento pode erguê-la ainda.
Dá o sopro, a aragem – ou desgraça ou ânsia –,
Com que a chama do esforço se remoça,
E outra vez conquistaremos a Distância –
Do mar ou outra, mas que seja nossa!
                                 (Fernando Pessoa. Mensagem, 1995.)

Extraído do livro Mensagem, o poema pode ser considerado nacionalista, na medida em que o eu lírico

Alternativas
Ano: 2012 Banca: VUNESP Órgão: UNIFESP Prova: VUNESP - 2012 - UNIFESP - Vestibular |
Q325324 Português
A lacuna do início do texto deve ser corretamente preenchida com

Alternativas
Respostas
1: C
2: B
3: D
4: A
5: C
6: B
7: B
8: D
9: D
10: A
11: A
12: B
13: E
14: D
15: C
16: A
17: B
18: D
19: C
20: B