Questões de Vestibular FAMERP 2014 para Conhecimentos Gerais

Foram encontradas 10 questões

Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: FAMERP Prova: VUNESP - 2014 - FAMERP - Conhecimentos Gerais |
Q1335295 Português

Leia o poema de Fernando Pessoa para responder à questão


Autopsicografia 

O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente.


E os que leem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm. 


E assim nas calhas de roda 
Gira, a entreter a razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama o coração.

(Obra poética, 1984.)

Deduz-se, da leitura da primeira estrofe, que “o poeta” a que se refere o poema
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: FAMERP Prova: VUNESP - 2014 - FAMERP - Conhecimentos Gerais |
Q1335296 Português

Leia o poema de Fernando Pessoa para responder à questão


Autopsicografia 

O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente.


E os que leem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm. 


E assim nas calhas de roda 
Gira, a entreter a razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama o coração.

(Obra poética, 1984.)

Para a correta compreensão da terceira estrofe, deve-se entender que o sujeito de “Gira” é
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: FAMERP Prova: VUNESP - 2014 - FAMERP - Conhecimentos Gerais |
Q1335297 Português

Leia o poema de Fernando Pessoa para responder à questão


Autopsicografia 

O poeta é um fingidor. 
Finge tão completamente 
Que chega a fingir que é dor 
A dor que deveras sente.


E os que leem o que escreve, 
Na dor lida sentem bem, 
Não as duas que ele teve, 
Mas só a que eles não têm. 


E assim nas calhas de roda 
Gira, a entreter a razão, 
Esse comboio de corda 
Que se chama o coração.

(Obra poética, 1984.)

Se for considerada a temática predominante nas obras de Fernando Pessoa (ele-mesmo, ortônimo) e nas obras de seus heterônimos mais conhecidos, é correto afirmar que o poema “Autopsicografia” pode ser atribuído a
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: FAMERP Prova: VUNESP - 2014 - FAMERP - Conhecimentos Gerais |
Q1335298 Português

Leia o texto de Machado de Assis para responder à questão


    Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou- -se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.

    – Continue, disse eu acordando.
    − Já acabei, murmurou ele.
    − São muito bonitos.

Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando- -me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei.
    [...]
    Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração; se não tiver outro daqui até o fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto.


(Dom Casmurro, 2008.)


O narrador de Dom Casmurro, em procedimento típico de Machado de Assis, dirige-se diretamente ao leitor para conversar. No texto, um elemento que torna evidente tal procedimento é
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: FAMERP Prova: VUNESP - 2014 - FAMERP - Conhecimentos Gerais |
Q1335299 Português

Leia o texto de Machado de Assis para responder à questão


    Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou- -se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.

    – Continue, disse eu acordando.
    − Já acabei, murmurou ele.
    − São muito bonitos.

Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando- -me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei.
    [...]
    Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração; se não tiver outro daqui até o fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto.


(Dom Casmurro, 2008.)


“os versos pode ser que não fossem inteiramente maus.”
Com essa frase, o narrador expressa uma dúvida. Nas alternativas, a frase gramaticalmente correta, que mantém em linhas gerais o significado original, é:
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: FAMERP Prova: VUNESP - 2014 - FAMERP - Conhecimentos Gerais |
Q1335300 Português

Leia o texto de Machado de Assis para responder à questão


    Uma noite destas, vindo da cidade para o Engenho Novo, encontrei num trem da Central um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu. Cumprimentou-me, sentou- -se ao pé de mim, falou da lua e dos ministros, e acabou recitando-me versos. A viagem era curta, e os versos pode ser que não fossem inteiramente maus. Sucedeu, porém, que, como eu estava cansado, fechei os olhos três ou quatro vezes; tanto bastou para que ele interrompesse a leitura e metesse os versos no bolso.

    – Continue, disse eu acordando.
    − Já acabei, murmurou ele.
    − São muito bonitos.

Vi-lhe fazer um gesto para tirá-los outra vez do bolso, mas não passou do gesto; estava amuado. No dia seguinte entrou a dizer de mim nomes feios, e acabou alcunhando- -me Dom Casmurro. Os vizinhos, que não gostam dos meus hábitos reclusos e calados, deram curso à alcunha, que afinal pegou. Nem por isso me zanguei.
    [...]
    Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração; se não tiver outro daqui até o fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto.


(Dom Casmurro, 2008.)


“um rapaz aqui do bairro, que eu conheço de vista e de chapéu.”
Nessa frase, são associados dois substantivos semanticamente díspares: “vista” e “chapéu”. A quebra de paralelismo semântico provoca um curioso efeito de estilo.
Entre as frases, retiradas de outro romance de Machado de Assis, a que produz efeito de estilo semelhante é:
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: FAMERP Prova: VUNESP - 2014 - FAMERP - Conhecimentos Gerais |
Q1335301 Português

Leia o texto de Oswaldo Porchat Pereira para responder às questão.


    A experiência do cotidiano nos brinda sempre com anomalias, incongruências, contradições. E, quando tentamos explicá-las, explicações à primeira vista razoáveis acabam por revelar-se insatisfatórias após exame mais acurado. A natureza das coisas e dos eventos não nos parece facilmente inteligível. As opiniões e os pontos de vista dos homens são dificilmente conciliáveis ou, mesmo, uns com os outros inconsistentes. Consensos porventura emergentes se mostram provisórios e precários. Quem sente a necessidade de pensar com um espírito mais crítico e tenta melhor compreender, essa diversidade toda o desnorteia.
   Talvez a maioria dos homens conviva bem com esse espetáculo da anomalia mundana. Uns poucos não o conseguem e essa experiência muito os perturba. Alguns destes se fazem filósofos e buscam na filosofia o fim dessa perturbação e a tranquilidade de espírito. Uma tranquilidade de espírito que esperam obter, por exemplo, graças à posse da verdade. A filosofia lhes promete explicar o mundo, dar conta da experiência cotidiana, dissipar as contradições, afastar as névoas da incompreensão. Revelando o ser, que o aparecer oculta; ou, se isso não for possível, desvendando os mistérios do conhecimento e deste delineando a natureza e os precisos limites; ou, pelo menos, esclarecendo a natureza e a função de nossa humana linguagem, na qual dizemos o mundo e formulamos os problemas da filosofia. A filosofia distingue e propõe-se ensinar-nos a distinguir entre verdade e falsidade, conhecimento e crença, ser e aparência, sujeito e objeto, representação e representado, além de muitas outras distinções.
    Mas a filosofia não nos dá o que nos prometera e buscáramos nela. Muito pelo contrário, o que ela nos descobre é uma extraordinária diversidade de posições e pontos de vista, totalmente incompatíveis uns com os outros e nunca conciliáveis. A discordância que divide o comum dos homens, nós a encontramos de novo nas filosofias, mas potencializada agora como ao infinito, de mil modos sofisticada num discurso arguto. Sobre coisa nenhuma se põem os filósofos de acordo, nem mesmo sobre o objeto, a natureza ou o método do próprio empreendimento de filosofar.

(Rumo ao ceticismo, 2006. Adaptado.)

     

Segundo o autor do texto,
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: FAMERP Prova: VUNESP - 2014 - FAMERP - Conhecimentos Gerais |
Q1335302 Português

Leia o texto de Oswaldo Porchat Pereira para responder às questão.


    A experiência do cotidiano nos brinda sempre com anomalias, incongruências, contradições. E, quando tentamos explicá-las, explicações à primeira vista razoáveis acabam por revelar-se insatisfatórias após exame mais acurado. A natureza das coisas e dos eventos não nos parece facilmente inteligível. As opiniões e os pontos de vista dos homens são dificilmente conciliáveis ou, mesmo, uns com os outros inconsistentes. Consensos porventura emergentes se mostram provisórios e precários. Quem sente a necessidade de pensar com um espírito mais crítico e tenta melhor compreender, essa diversidade toda o desnorteia.
   Talvez a maioria dos homens conviva bem com esse espetáculo da anomalia mundana. Uns poucos não o conseguem e essa experiência muito os perturba. Alguns destes se fazem filósofos e buscam na filosofia o fim dessa perturbação e a tranquilidade de espírito. Uma tranquilidade de espírito que esperam obter, por exemplo, graças à posse da verdade. A filosofia lhes promete explicar o mundo, dar conta da experiência cotidiana, dissipar as contradições, afastar as névoas da incompreensão. Revelando o ser, que o aparecer oculta; ou, se isso não for possível, desvendando os mistérios do conhecimento e deste delineando a natureza e os precisos limites; ou, pelo menos, esclarecendo a natureza e a função de nossa humana linguagem, na qual dizemos o mundo e formulamos os problemas da filosofia. A filosofia distingue e propõe-se ensinar-nos a distinguir entre verdade e falsidade, conhecimento e crença, ser e aparência, sujeito e objeto, representação e representado, além de muitas outras distinções.
    Mas a filosofia não nos dá o que nos prometera e buscáramos nela. Muito pelo contrário, o que ela nos descobre é uma extraordinária diversidade de posições e pontos de vista, totalmente incompatíveis uns com os outros e nunca conciliáveis. A discordância que divide o comum dos homens, nós a encontramos de novo nas filosofias, mas potencializada agora como ao infinito, de mil modos sofisticada num discurso arguto. Sobre coisa nenhuma se põem os filósofos de acordo, nem mesmo sobre o objeto, a natureza ou o método do próprio empreendimento de filosofar.

(Rumo ao ceticismo, 2006. Adaptado.)

     

Com base na leitura do texto, é correto afirmar que a filosofia
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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: FAMERP Prova: VUNESP - 2014 - FAMERP - Conhecimentos Gerais |
Q1335303 Português

Leia o texto de Oswaldo Porchat Pereira para responder às questão.


    A experiência do cotidiano nos brinda sempre com anomalias, incongruências, contradições. E, quando tentamos explicá-las, explicações à primeira vista razoáveis acabam por revelar-se insatisfatórias após exame mais acurado. A natureza das coisas e dos eventos não nos parece facilmente inteligível. As opiniões e os pontos de vista dos homens são dificilmente conciliáveis ou, mesmo, uns com os outros inconsistentes. Consensos porventura emergentes se mostram provisórios e precários. Quem sente a necessidade de pensar com um espírito mais crítico e tenta melhor compreender, essa diversidade toda o desnorteia.
   Talvez a maioria dos homens conviva bem com esse espetáculo da anomalia mundana. Uns poucos não o conseguem e essa experiência muito os perturba. Alguns destes se fazem filósofos e buscam na filosofia o fim dessa perturbação e a tranquilidade de espírito. Uma tranquilidade de espírito que esperam obter, por exemplo, graças à posse da verdade. A filosofia lhes promete explicar o mundo, dar conta da experiência cotidiana, dissipar as contradições, afastar as névoas da incompreensão. Revelando o ser, que o aparecer oculta; ou, se isso não for possível, desvendando os mistérios do conhecimento e deste delineando a natureza e os precisos limites; ou, pelo menos, esclarecendo a natureza e a função de nossa humana linguagem, na qual dizemos o mundo e formulamos os problemas da filosofia. A filosofia distingue e propõe-se ensinar-nos a distinguir entre verdade e falsidade, conhecimento e crença, ser e aparência, sujeito e objeto, representação e representado, além de muitas outras distinções.
    Mas a filosofia não nos dá o que nos prometera e buscáramos nela. Muito pelo contrário, o que ela nos descobre é uma extraordinária diversidade de posições e pontos de vista, totalmente incompatíveis uns com os outros e nunca conciliáveis. A discordância que divide o comum dos homens, nós a encontramos de novo nas filosofias, mas potencializada agora como ao infinito, de mil modos sofisticada num discurso arguto. Sobre coisa nenhuma se põem os filósofos de acordo, nem mesmo sobre o objeto, a natureza ou o método do próprio empreendimento de filosofar.

(Rumo ao ceticismo, 2006. Adaptado.)

     

“Sobre coisa nenhuma se põem os filósofos de acordo”


A expressão destacada na frase tem a mesma função sintática do termo destacado em:

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Ano: 2014 Banca: VUNESP Órgão: FAMERP Prova: VUNESP - 2014 - FAMERP - Conhecimentos Gerais |
Q1335304 Português

Considere a tirinha de Laerte.


Imagem associada para resolução da questão


Na tirinha, pode-se observar uma sequência de imagens, de um homem sobre uma corda-bamba, e uma sequência de frases. A interação entre imagens e frases

Alternativas
Respostas
1: D
2: C
3: C
4: B
5: D
6: E
7: B
8: A
9: A
10: A