Nossa felicidade depende daquilo que somos, de nossa
individualidade; enquanto, na maior parte das vezes,
levamos em conta apenas a nossa sorte, apenas aquilo
que temos ou representamos. Pois, o que alguém é para
si mesmo, o que o acompanha na solidão e ninguém lhe
pode dar ou retirar, é manifestamente mais essencial para
ele do que tudo quanto puder possuir ou ser aos olhos dos
outros. Um homem espiritualmente rico, na mais absoluta
solidão, consegue se divertir primorosamente com seus
próprios pensamentos e fantasias, enquanto um obtuso,
por mais que mude continuamente de sociedades,
espetáculos, passeios e festas, não consegue afugentar
o tédio que o martiriza.
(Schopenhauer. Aforismos sobre a sabedoria de vida, 2015. Adaptado.)
Com base no texto, é correto afirmar que a ética de
Schopenhauer