Questões de Vestibular Comentadas por alunos sobre interpretação de textos em português
Foram encontradas 2.399 questões
Resolva questões gratuitamente!
Junte-se a mais de 4 milhões de concurseiros!
Analisando-se a parte escrita e a imagem,
conclui-se que o objetivo principal do texto é
Repense seus hábitos de consumo
Nossos hábitos de consumo estão muito relacionados com a sociedade em que vivemos. Mas a atitude de cada um de nós é muito importante e faz toda a diferença para ajudar a reduzir a pressão do consumo sobre o planeta.
Sabemos que é impossível não consumir. Entretanto, podemos repensar nossos hábitos, modificá-los e adotar atitudes mais amigáveis e saudáveis, para nós e para o meio ambiente.
O primeiro passo é, antes de consumir um produto, se perguntar: eu preciso mesmo disso? E caso precise, de onde ele vem e como foi produzido? Quando paramos para pensar e não agimos por impulso, podemos fazer escolhas mais conscientes. Temos esse poder em nossas mãos.
MAGELA, G. In: WWF-BRASIL. Pegada ecológica:
nosso estilo de vida deixa marcas no planeta.
Brasília: WWF-Brasil, 2013 (adaptado).
Projeto horta
Bateu a fome bem no meio da madrugada e fiquei por alguns minutos naquela disputa mental entre a fome e a preguiça. Até que a fome me venceu e eu me levantei, totalmente sonada e faminta. Ainda calçando os chinelos me convenci de que não ligaria o fogão de forma alguma, resolveria o problema no máximo com uma salada ou algumas bolachas com requeijão.
Abri a geladeira e avistei uma cenoura e um tomate na gaveta transparente. Pronto! Salada de cenoura ralada com tomate picado, saudável e fácil. Mas, ao abrir a tal gaveta, também avistei uma cebola bem no fundo, esquecida. Tão esquecida que um broto pequeno surgia de uma superfície, ainda tímido. Fiquei fascinada com aquele broto, esqueci a cenoura, o tomate e, bem, até a fome.
FRENDER, C. Glamour, n. 35, fev. 2015.
Amigo, não tenha quêxa,
Veja que eu tenho razão
Em lhe dizê que não mêxa
Nas coisa do meu sertão.
Pois, se não sabe o colega
De quá manêra se pega
Num ferro pra trabaiá,
Por favô, não mêxa aqui,
Que eu também não mêxo aí,
Cante lá que eu canto cá.
Repare que a minha vida
É deferente da sua.
A sua rima pulida
Nasceu no salão da rua.
Já eu sou bem deferente,
Meu verso é como a simente
Que nasce inriba do chão;
Não tenho estudo nem arte,
A minha rima faz parte
Das obra da criação.
PATATIVA DO ASSARÉ. Cante lá que eu canto cá. Petrópolis: Vozes, 1992 (fragmento).
Os automóveis invadem a cidade
Naqueles tempos, a vida em São Paulo era tranquila. Poderia ser ainda mais, não fosse a invasão cada vez maior dos automóveis importados, circulando pelas ruas da cidade; grossos tubos, situados nas laterais externas dos carros, desprendiam, em violentas explosões, gases e fumaça escura. Estridentes fonfons de buzinas, assustando os distraídos, abriam passagem para alguns deslumbrados motoristas que, em suas desabaladas carreiras, infringiam as regras de trânsito, muitas vezes chegando ao abuso de alcançar mais de 20 quilômetros à hora, velocidade permitida somente nas estradas. Fora esse detalhe, o do trânsito, a cidade crescia mansamente. Não havia surgido ainda a febre dos edifícios altos; nem mesmo o “Prédio Martinelli” – arranha-céu pioneiro em São Paulo, se não me engano do Brasil – fora ainda construído. Não existia rádio, e televisão, nem em sonhos. Não se curtia som em aparelhos de alta-fidelidade. Ouvia-se música em gramofones de tromba e manivela. Havia tempo para tudo, ninguém se afobava, ninguém andava depressa.
GATTAI, Z. Anarquistas, graças a Deus. Rio de Janeiro: Record, 1986.