Questões de Vestibular
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Texto
Homo conectus
Roberto Pompeu de Toledo
(Texto adaptado da Revista Veja. São Paulo: Abril, ano
45, n. 6, 08 fev. 2012, p. 126)
Assinale a alternativa correta em relação aos sinais de pontuação empregados no texto.
Os parênteses empregados nas linhas 52-55
servem para introduzir comentários por meio
dos quais se estabelece maior interação entre o
autor e o seu leitor.
A economia precisa parar de crescer
Desmesura (linha 21): que não tem medida.
Frugal (linha 56): aquilo que é moderado, simples.
Em “Acumulem! acumulem!” (linhas 32-33), temos uma expressão que sugere, impõe ou ordena às pessoas pouparem suas economias, indicada pela forma verbal no imperativo e pelo ponto de exclamação, contrapondo-se ao estímulo à aceleração da economia.
Leia atentamente o texto a seguir.
JEITOS DE AMAR
No livro Prosa reunida, de Adélia Prado, encontrei uma frase singela e verdadeira ao extremo. Uma personagem põe-se _________ lembrar da mãe, que era danada de braba, porém esmerava-se na hora de fazer dois molhos de cachinhos no cabelo da filha para que ela fosse bonita pra escola. Meu Deus, quanto jeito que tem de ter amor.
É comovente porque é algo que _________ gente esquece: milhões de pequenos gestos são maneiras de amar. Beijos e abraços _________ vezes são provas mais de desejo que de amor, exigem retribuição física, são facilidades do corpo. Mas _________ diversos outros amores podendo ser demonstrados com toques mais sutis.
Mexer no cabelo, pentear os cabelos, tal como aquela mãe e aquela filha, tal como namorados fazem, tal como tanta gente faz: cafunés. Uma amiga tingindo o cabelo da outra, cortando franjas, puxando rabos de cavalo, rindo soltas. Quanto jeito que há de amar.
Flores colhidas na calçada, flores compradas, flores feitas de papel, desenhadas, entregues em datas nada especiais: Lembrei de você. É esse o único e melhor motivo para crisântemos, margaridas, violetinhas. Quanto jeito que há de amar.
Um telefonema pra saber da saúde, uma oferta de carona, um elogio, um livro emprestado, uma carta respondida, repartir o que se tem, cuidados para não magoar, dizer a verdade quando ela é salutar, e mentir, sim, com carinho, se for para evitar feridas e dores desnecessárias. Quanto jeito que há de amar
Uma foto mantida ao alcance dos olhos, uma lembrança bem guardada, fazer o prato predileto de alguém e botar uma mesa bonita, levar o cachorro pra passear, chamar pra ver um crepúsculo, dar banho em quem não consegue fazê-lo sozinho, ouvir os velhos, ouvir as crianças, ouvir os amigos, ouvir os parentes, ouvir. Quanto jeito que há de amar.
MEDEIROS, Martha. Montanha Russa. Porto Alegre: L&PM Editores, 2003.
I As vírgulas colocadas antes e depois da expressão de Adélia Prado poderiam ser substituídas por parênteses, sem alteração de sentido.
II Os dois-pontos, colocados antes da palavra cafunés, poderiam ser substituídos por um travessão, sem alteração do sentido.
III As vírgulas colocadas depois de flores compradas e margaridas são usadas pela mesma razão.
I - Os termos “portanto” (linha 5) e “pois” (linha 7) possuem equivalência semântica e provocam o mesmo efeito de sentido.
II - A locução “pode-se pensar” (linha 7), se substituída por “devese pensar”, permanece com o mesmo valor semântico.
III - A expressão intercalada “(mas não somente)” (linha 9), se colocada entre travessões, teria o seu sentido alterado.
IV - Os termos relacionais “por um lado” (linha 9) e “por outro” (linha 11) funcionam como conectores de idéias opostas.
Está(ão) correta(s), apenas: