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Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021267 Português
         
       Não se deveria dizer “consumir cultura”. Em vez de “consumir música” ou “consumir teatro”, deveríamos voltar a dizer “ouvir música”, “assistir ao teatro”, e assim por diante.

       Na Roma antiga, “consumir” tinha o sentido exclusivo de gastar e destruir. Com o tempo, passou-se a empregar o termo referindo-se ao consumo de alimentos, o que não deixa de ser uma destruição: destruímos os alimentos ao comê-los, para nos mantermos vivos e saudáveis. Já que, para comê-los, é preciso primeiro comprá-los, consumir tornou-se sinônimo de comprar, adquirir. E, na sociedade em que vivemos, em que tudo, inclusive a cultura, virou produto, não é estranho pensar em consumir música, teatro, dança, livros etc.

         Em tempos em que o consumismo domina as relações sociais e em que há uma forte reação contra ele por parte de setores mais esclarecidos da sociedade, falar em consumir cultura pode soar mercantilista. Quem consome não frui, e a cultura deveria ser, antes de tudo, fruição.


                                                              Aldo Bizzocchi. Cultura é artigo de consumo?
Internet:<www.diariodeumlinguista.com> (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item.


Em relação à tipologia textual, o segundo parágrafo do texto é predominantemente 


informativo.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021266 Português
         
       Não se deveria dizer “consumir cultura”. Em vez de “consumir música” ou “consumir teatro”, deveríamos voltar a dizer “ouvir música”, “assistir ao teatro”, e assim por diante.

       Na Roma antiga, “consumir” tinha o sentido exclusivo de gastar e destruir. Com o tempo, passou-se a empregar o termo referindo-se ao consumo de alimentos, o que não deixa de ser uma destruição: destruímos os alimentos ao comê-los, para nos mantermos vivos e saudáveis. Já que, para comê-los, é preciso primeiro comprá-los, consumir tornou-se sinônimo de comprar, adquirir. E, na sociedade em que vivemos, em que tudo, inclusive a cultura, virou produto, não é estranho pensar em consumir música, teatro, dança, livros etc.

         Em tempos em que o consumismo domina as relações sociais e em que há uma forte reação contra ele por parte de setores mais esclarecidos da sociedade, falar em consumir cultura pode soar mercantilista. Quem consome não frui, e a cultura deveria ser, antes de tudo, fruição.


                                                              Aldo Bizzocchi. Cultura é artigo de consumo?
Internet:<www.diariodeumlinguista.com> (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item.


No primeiro período do último parágrafo, a substituição da expressão “em que”, em ambas as ocorrências, por no qual prejudicaria o sentido e a correção gramatical do texto.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021264 Português
         
       Não se deveria dizer “consumir cultura”. Em vez de “consumir música” ou “consumir teatro”, deveríamos voltar a dizer “ouvir música”, “assistir ao teatro”, e assim por diante.

       Na Roma antiga, “consumir” tinha o sentido exclusivo de gastar e destruir. Com o tempo, passou-se a empregar o termo referindo-se ao consumo de alimentos, o que não deixa de ser uma destruição: destruímos os alimentos ao comê-los, para nos mantermos vivos e saudáveis. Já que, para comê-los, é preciso primeiro comprá-los, consumir tornou-se sinônimo de comprar, adquirir. E, na sociedade em que vivemos, em que tudo, inclusive a cultura, virou produto, não é estranho pensar em consumir música, teatro, dança, livros etc.

         Em tempos em que o consumismo domina as relações sociais e em que há uma forte reação contra ele por parte de setores mais esclarecidos da sociedade, falar em consumir cultura pode soar mercantilista. Quem consome não frui, e a cultura deveria ser, antes de tudo, fruição.


                                                              Aldo Bizzocchi. Cultura é artigo de consumo?
Internet:<www.diariodeumlinguista.com> (com adaptações).

No que se refere aos sentidos e aos aspectos linguísticos do texto precedente, julgue o item.


As palavras “consumo” (segundo parágrafo), “produto” (segundo parágrafo) e “fruição” (terceiro parágrafo) resultam de um processo de derivação. 

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021177 Português
[15 setembro]
       
       Este ano parece que remoçou o aniversário da Independência. Também os aniversários envelhecem ou adoecem, até que se desvanecem ou perecem. O dia 7 por ora está muito criança.
       
       Grito do Ipiranga? Isso era bom antes de um nobre amigo, que veio reclamar pela Gazeta de Notícias contra essa lenda de meio século.
       
         Segundo o ilustrado paulista não houve nem grito nem Ipiranga.

       Houve algumas palavras, entre elas a Independência ou Morte, - as quais todas foram proferidas em lugar diferente das margens do Ipiranga.

      Pondera o meu amigo que não convém, a tão curta distância, desnaturar a verdade dos fatos.

       Ninguém ignora a que estado reduziram a História Romana alguns autores alemães, cuja pena, semelhante a uma picareta, desbastou os inventos de dezoito séculos, não nos deixando mais que uma certa porção de sucessos exatos.

        Certamente é belo que Lucrécia haja dado um exemplo de castidade às senhoras de todos os tempos; mas se os escavadores modernos me provarem que Lucrécia é uma ficção e Tarquínio uma hipótese, nem por isso deixa de haver castidade... e pretendentes.

        O caso do Ipiranga data de ontem. Durante cinquenta e quatro anos temos vindo a repetir uma coisa que o dito meu amigo declara não ter existido.

     Minha opinião é que a lenda é melhor do que a história autêntica. A lenda resumia todo o fato da independência nacional, ao passo que a versão exata o reduz a uma coisa vaga e anônima. Tenha paciência o meu ilustrado amigo. Eu prefiro o grito do Ipiranga; é mais sumário, mais bonito e mais genérico.


Joaquim Maria Machado de Assis. História de quinze
dias. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> 

A partir da leitura desse fragmento da crônica de Machado de Assis, publicada em 1876, julgue o item.


O narrador estabelece uma contradição ao defender que o “grito do Ipiranga” é “mais sumário, mais bonito e mais genérico”, e, ao mesmo tempo, reconhecer que esse grito possa não ter ocorrido de fato.

Alternativas
Ano: 2022 Banca: CESPE / CEBRASPE Órgão: UNB Prova: CESPE / CEBRASPE - 2022 - UNB - Vestibular - 1º Dia |
Q2021175 Português
[15 setembro]
       
       Este ano parece que remoçou o aniversário da Independência. Também os aniversários envelhecem ou adoecem, até que se desvanecem ou perecem. O dia 7 por ora está muito criança.
       
       Grito do Ipiranga? Isso era bom antes de um nobre amigo, que veio reclamar pela Gazeta de Notícias contra essa lenda de meio século.
       
         Segundo o ilustrado paulista não houve nem grito nem Ipiranga.

       Houve algumas palavras, entre elas a Independência ou Morte, - as quais todas foram proferidas em lugar diferente das margens do Ipiranga.

      Pondera o meu amigo que não convém, a tão curta distância, desnaturar a verdade dos fatos.

       Ninguém ignora a que estado reduziram a História Romana alguns autores alemães, cuja pena, semelhante a uma picareta, desbastou os inventos de dezoito séculos, não nos deixando mais que uma certa porção de sucessos exatos.

        Certamente é belo que Lucrécia haja dado um exemplo de castidade às senhoras de todos os tempos; mas se os escavadores modernos me provarem que Lucrécia é uma ficção e Tarquínio uma hipótese, nem por isso deixa de haver castidade... e pretendentes.

        O caso do Ipiranga data de ontem. Durante cinquenta e quatro anos temos vindo a repetir uma coisa que o dito meu amigo declara não ter existido.

     Minha opinião é que a lenda é melhor do que a história autêntica. A lenda resumia todo o fato da independência nacional, ao passo que a versão exata o reduz a uma coisa vaga e anônima. Tenha paciência o meu ilustrado amigo. Eu prefiro o grito do Ipiranga; é mais sumário, mais bonito e mais genérico.


Joaquim Maria Machado de Assis. História de quinze
dias. Internet: <www.dominiopublico.gov.br> 

A partir da leitura desse fragmento da crônica de Machado de Assis, publicada em 1876, julgue o item.


O diálogo do narrador com as ideias de “um nobre amigo”, veiculadas por meio do jornal “Gazeta de Notícias”, confirma a definição de crônica como um gênero textual que faz parte ao mesmo tempo das esferas literária e jornalística.

Alternativas
Respostas
76: C
77: C
78: E
79: C
80: C