Questões de Vestibular
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Este é talvez um dos fatos mais assustadores e tristes do nosso momento: falta de segurança generalizada, o medo, pois aqui se mata e se morre como quem come um pãozinho. Bala perdida, traficante, bandido graúdo ou pequeno, e o menor de idade, que é o mais complicado: pelas nossas leis absurdas, sendo menor ele não é de verdade punido. É levado para um estabelecimento hipoteticamente educativo e socializador, de onde deveria sair regenerado, com profissão, com vergonha na cara, sair gente. Não sai. Não, salvo raríssimas ........., e todo mundo sabe disso.
I – A palavra “hipoteticamente”, na terceira frase do primeiro parágrafo, tem o sentido de “supostamente”.
II – Com o emprego de aspas na palavra “menino”, na última frase, a autora manifesta ironia.
III – Caso se trocasse “Todo mundo”, por “Todo o mundo”, no início do segundo parágrafo, o significado da frase não se alteraria.
Está(ão) correta(s):
Julgue verdadeiras (V) ou falsas (F) as assertivas acerca da relação entre os aspectos expressivos, gramaticais e semânticos do fragmento do poema:
( ) Na expressão “prantos negros” (v.5), o poeta lança mão de uma figura de linguagem denominada sinestesia.
( ) O substantivo “céu”, na sexta estrofe, tem seu sentido modificado em função dos verbos que o acompanham.
( ) O substantivo próprio “Espaços”, na oitava estrofe, evoca um ser superior a quem se dirige a súplica justificada pelo título do poema.
( ) A unidade de sentido do poema é perturbada pelo fenômeno da elipse, cujo referente não é recuperado no próprio texto.
A sequência correta é:
Texto 2
Nada cai do céu
O racionamento a que pode ser submetida boa parte da
população paulistana – e de outras cidades e estados
brasileiros – poderia ser evitado? A questão é muito mais
complexa do que possa parecer. Afinal, todos que vivemos
nessas áreas já somos e seremos ainda mais afetados.
O calor bate recordes no mundo. Dados recentes apontam
2014 como o ano mais quente da história. A temperatura
média no solo e nos oceanos aumentou 0,69 graus,
superando recordes anteriores. Parece pouco, mas não é.
A cada 20 ou 30 anos, em média, o Oceano Pacífico, a
maior massa de água do Planeta, sofre variações de
temperatura, ficando mais quente ou mais frio que o normal.
Essas oscilações interferem nos ventos, na chuva e na
temperatura em muitas regiões do globo. No Brasil,
diversos estados já sentem os impactos dessa alteração
climática. O verão passado foi um dos mais secos e
quentes, não apenas na região da capital paulista e seu
entorno, mas também em grande parte do Sudeste,
sobretudo em Minas Gerais, de onde vem a maior parte da
água que abastece a região metropolitana, por meio do
sistema Cantareira. Áreas dessa região registraram
anomalias de até 5 graus nas temperaturas máximas.
Com pouca água e maior consumo, devido ao calor, os rios
e represas que abastecem o sistema caíram aos menores
níveis já vistos. Em São Paulo, desde 2012, o Cantareira
vem sofrendo com chuva abaixo do normal.
As previsões não são as melhores. Segundo o estudo da
Climatempo, apenas no verão de 2017, é que se poderá
esperar por uma chuva normal ou acima da média, para
uma consistente recuperação do sistema.
Reverter a situação é um desafio. Trata-se de algo muito
mais educativo do que meteorológico. Desde o final de
2013, meteorologistas têm alertado sobre esse cenário
crítico. Já se sabe que o quadro não é favorável, e há
pouca chance de mudança em curto prazo. Porém, em um
planeta onde 1,4 bilhão de quilômetros cúbicos é ocupado
por água, o ser humano ainda parece acreditar que ela
nunca irá acabar. Com ou sem chuva à vista, a população
precisa entender que a água pode – e vai – acabar se não
forem tomadas medidas preventivas.
A conscientização sobre o consumo deve ser permanente.
O que as nossas autoridades precisam entender é que não
dá para passar uma vida acreditando na ajuda divina. É
preciso arregaçar as mangas e se preparar. Ainda há muito
a fazer e a investir. Porque nada cai do céu – nem mesmo a
água tem caído, ultimamente.
MAGNO, Carlos. Folha de S. Paulo. Opinião,
25 fev. 2015. Adaptado.
LOBO DA COSTA, Francisco. Auras do sul. Rio Grande: Pinto & Cia, 1914.
No verso "Pérfida! brada o gaúcho",(v.85), a palavra "pérfida" só NÃO pode ser entendida como