Questões de Vestibular
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Adélia Prado
"Estou consciente de que tudo o que sei não posso dizer, só sei pintando ou pronunciando, sílabas cegas de sentido. [...] Então escrever é o modo de quem tem a palavra como isca: a palavra pescando o que não é palavra. Quando essa não palavra – a entrelinha – morde a isca, alguma coisa se escreveu."
1) No que se refere ao nível de formalidade, podemos dizer que o Texto 17 tende para a informalidade. Apesar disso, sua autora segue as normas de regência nominal, o que se observa, por exemplo, no trecho ―Estou consciente de que tudo o que sei não posso dizer‖. A regência estaria igualmente atendida se a autora tivesse escrito: "Não faço alusão a tudo o que sei".
2) Observe a concordância feita no seguinte trecho do Texto 15: "e nem o rubro galo do sol / nem a andorinha azul da lua / podem levar qualquer recado [...]". O plural empregado na primeira forma verbal (podem) indica que a ação expressa por ―podem levar‖ é praticada, concomitantemente, pelo "rubro galo do sol" e pela "andorinha azul da lua".
3) O sinal indicativo de crase presente no trecho "podem levar qualquer recado / à prisão por onde as mulheres / se convertem em sal e muro" (Texto 15) deveria manter-se se o termo "prisão" fosse substituído pelo termo "cárcere".
4) Para indicar que o Texto 16 tematiza o cotidiano do século passado, nele está preservada a norma ortográfica que era vigente nesse século, a exemplo de "Adélia", "dói" e "pôr", formas que, após o último Acordo Ortográfico, devem ser grafadas sem acento.
Estão CORRETAS:
“Prudêncio, um moleque de casa, era o meu cavalo de todos os dias; punha as mãos no chão, recebia um cordel nos queixos, à guisa de freio, eu trepava-lhe ao dorso, com uma varinha na mão, fustigava-o, dava mil voltas a um e outro lado, e ele obedecia, — algumas vezes gemendo, — mas obedecia sem dizer palavra, ou, quando muito, um — “ai, nhonhô!” — ao que eu retorquia: — ‘Cala a boca, besta!’”
(ASSIS, Machado de. Memórias póstumas de Brás Cubas. Disponível em <https://docente.ifrn.edu.br/paulomartins/classicos-da-literatura-brasileira-e-portuguesa/memorias-postumas-de- bras-cubas-de-machado-de-assis/view>)
Em relação à oração que a sucede, a oração sublinhada expressa ideia de
Para responder à questão, leia a letra da canção “Bom conselho”, de Chico Buarque, composta em 1972.
Ouça um bom conselho
Que eu lhe dou de graça
Inútil dormir que a dor não passa
Espere sentado
Ou você se cansa
Está provado:
Quem espera nunca alcança
Venha, meu amigo
Deixe esse regaço
Brinque com meu fogo
Venha se queimar
Faça como eu digo
Faça como eu faço
Aja duas vezes antes de pensar
Corro atrás do tempo
Vim de não sei onde
Devagar é que não se vai longe
Eu semeio vento na minha cidade
Vou pra rua e bebo a tempestade
(www.chicobuarque.com.br)
JÚLIA. Hoje eu achei um pacotinho de rufles no chão aq da floresta da tijuca, com a validade de 19/10/1998,
sendo que o pacote tava totalmente intacto... pra vcs verem né. Rio de Janeiro, 1 mar. 2019. Twitter: @darkwside.
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