Questões de Vestibular
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Está(ão) correta(s):
Texto
Homo conectus
Roberto Pompeu de Toledo
(Texto adaptado da Revista Veja. São Paulo: Abril, ano
45, n. 6, 08 fev. 2012, p. 126)
Assinale a alternativa correta quanto aos aspectos linguísticos do texto.
Em “havia restrições a seu uso” (linhas 65 e
66), ao se substituir o verbo “haver” por “existir”,
a concordância permanece no singular.
Texto
Homo conectus
Roberto Pompeu de Toledo
(Texto adaptado da Revista Veja. São Paulo: Abril, ano
45, n. 6, 08 fev. 2012, p. 126)
Assinale a alternativa correta quanto aos aspectos linguísticos do texto.
Em “Implantam-se novos hábitos sociais.” (linha
63), a partícula “se” tem a função de índice de
indeterminação do sujeito, visto que não se
quer ou não se pode determinar o sujeito da
oração.
TEXTO 3
Português, a língua mais difícil do mundo?
Conta outra!
(1) Alguns mitos resistentes rondam como mosquitos
chatos a língua portuguesa falada no Brasil. Diante deles,
argumentações fundadas em fatos e um mínimo de
racionalidade são tão inúteis quanto tapas desferidos às
cegas em pernilongos zumbidores.
(2) A lenda de que se fala no estado do Maranhão o
português mais “correto” do Brasil é uma dessas balelas
aceitas por aí como verdades reveladas – e nem os
tristíssimos índices educacionais maranhenses podem fazer
nada contra isso.
(3) Outra bobagem de grande prestígio é aquela que
sustenta ser o português “a língua mais difícil do mundo”.
Baseada, talvez, na dor de cabeça real que acomete
estrangeiros confrontados com a arquitetura barroca de
nossos verbos, a afirmação é categórica o bastante para
dispensar a necessidade de uma prova.
(4) O sujeito erra o gênero da palavra alface e lá vem a
desculpa universal: “Ah, como é difícil a porcaria dessa
língua! Ah!, se tivéssemos sido colonizados pelos
holandeses”.
(5) Claro que isso não quer dizer que o queixoso fale
holandês. É justamente na imensa parcela monoglota da
população que a crença na dificuldade insuperável da
língua portuguesa encontra solo mais fértil.
(6) Não há dúvida de que o mito das agruras superlativas
do português diz muito sobre a falência educacional
brasileira, cupim que rói as fundações de qualquer projeto
de desenvolvimento social que vá além da promoção de um
maior acesso da população a shopping centers.
(7) Temo, porém, que suas raízes sejam mais profundas.
Percebe-se aí uma mistura tóxica de autocomplacência,
autodepreciação, ufanismo, fuga da realidade e desculpa
esfarrapada que pode ser ainda mais difícil de derrotar do
que nosso vicejante semianalfabetismo.
Sérgio Rodrigues. Disponível em:
http://veja.abril.com.br/blog/sobre-palavras/portugues-a-lingua-mais-dificil-domundo-conta-outra. Acesso em 06/09/2017. Adaptado.
TEXTO 1
A leitura como tratamento para diversas doenças
(2) Quem garante esse poder medicamentoso das ficções são as inglesas Ella Berthoud e Susan Elderkin, que acabam de publicar no Brasil Farmácia Literária ( Verus) Redigida no estilo de manual médico, a obra reúne cerca de 200 males divididos em ordem alfabética. Para cada um, há dicas de leituras.
(3) As autoras se conheceram enquanto estudavam literatura na Universidade de Cambridge. Entre um debate sobre um romance e outro, criaram um serviço de biblioterapia, em que apontam exemplares para indivíduos que procuram assistência.
(4) O método é tão sério que virou política de saúde pública no Reino Unido. Desde 2013, pacientes com doenças psiquiátricas recebem indicações do que devem ler diretamente do especialista. Da mesma maneira que vão à drogaria comprar remédios, eles levam o receituário à biblioteca e tomam emprestados os volumes aconselhados.
(5) A iniciativa britânica foi implementada com base numa série de pesquisas recentes, cujos resultados mostraram que pessoas com o hábito de reservar um tempo às letras costumam ter maior empatia, ou seja, uma capacidade ampliada de entender e se colocar no lugar do próximo. “É difícil lembrar-se de uma condição que não tenha sido retratada em alguma narrativa”, esclarece Susan.
(6) As autoras acreditam que é possível tirar lições valiosas do que fazer e do que evitar a partir da trajetória de heróis e vilões. “Ler sobre personagens que experime mesmas coisas que vivencio agora auxilia, inspira e apresenta perspectivas distintas”, completam. As sugestões de leituras percorrem praticamente todas as épocas e movimentos literários da humanidade.
(7) Disponível em 20 países, cada edição de Farmácia Literária é adaptada para a cultura local, com a inclusão de verbetes e de literatos nacionais. No caso do Brasil, foram inseridos os principais textos de Machado de Assis, Guimarães Rosa e Milton Hatoum, que fazem companhia aos portugueses, Eça de Queirós e José Saramago.