Questões de Vestibular

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Ano: 2016 Banca: INEP Órgão: IF Sul Rio-Grandense Prova: INEP - 2016 - IF Sul Rio-Grandense - Vestibular - Integrado |
Q1378854 Português
ACHADO NÃO É ROUBADO

Fabrício Carpinejar


        Não ganhava mesada, nem ajuda de custo na infância. Eu me virava como dava. Recebia casa, comida e roupa lavada e não havia como miar, latir e __________________ mais nada aos pais, só agradecer.
        As minhas fontes de renda eram praticamente duas: procurar dinheiro nas bolsas vazias da mãe, torcendo para que deixasse alguma nota na pressa da troca dos acessórios, ou catar moedas nas ruas e nos bueiros.
         A modalidade de caça a dinheiro perdido exigia disciplina e profissionalismo. Saía de casa pelas 13h e caminhava por duas horas, com a cabeça apontada ao meio-fio como pedra em estilingue. Varria a poeira com os pés e cortava o mato com canivete. Fui voluntário remoto do Departamento Municipal de Limpeza Urbana.
         Gastava o meu Kichute em vinte quadras, do bairro Petrópolis ao centro. Voltava quando atingia a entrada do viaduto da Conceição e reiniciava a minha arqueologia monetária no outro lado da rua.         Levava um saquinho para colher as moedas. Cada tarde rendia o equivalente a três reais. Encontrar correntinhas, colares e __________________ salvava o dia. Poderia revender no mercado paralelo da escola. As meninas pagavam em jujubas, bolo inglês e guaraná.
         Já o bueiro me socializava. Convidava com frequência o Liquinho, vulgo Ricardo. Mais forte do que eu, ajudava a levantar a pesada e lacrada tampa de metal. Eu ficava com a responsabilidade de descer_________ profundezas do lodo. Tirava toda a roupa – a mãe não perdoaria o petróleo do esgoto – e pulava de cueca, apalpando às cegas o fundo com as mãos. Esquecia a nojeira imaginando as recompensas. Repartia os lucros com os colegas que me acompanhavam nas expedições ao submundo de Porto Alegre. Lembro que compramos uma bola de futebol com a arrecadação de duas semanas.
         Espantoso o número de itens perdidos. Assim como os professores paravam no meu colégio, acreditava na greve dos objetos: moedas e anéis rolavam e cédulas voavam dos bolsos para protestar por melhores condições.
         Sofria para me manter estável, pois nunca pedia dinheiro a ninguém. Desde cedo, descobri que vadiar é também trabalhar duro.


Disponível em: < http://carpinejar.blogspot.com.br/2016/06/achado-nao-e-roubado.html > Acesso em: 22 jun. 2016.
Que palavra do primeiro parágrafo NÃO é classificada como verbo?
Alternativas
Ano: 2017 Banca: INEP Órgão: IF Sul Rio-Grandense Prova: INEP - 2017 - IF Sul Rio-Grandense - Vestibular - Integrado |
Q1378059 Português

Texto 1



LHULLIER, Luciana. Onde mora sua muiteza? In: No coração da floresta (blog). 08 out. 2013 (adaptado). Original disponível em: <https://contesdesfee.wordpress.com/page/2/>. Acesso: 05 ago. 2016.


Vocabulário:

Onírico: de sonho e/ou relativo a sonho.

Pantomima: representação teatral baseada na mímica (ou seja, em gestos corporais); por extensão, situação falsa, representação, ilusão, fraude.

Patético: que provoca sentimento de piedade ou tristeza; indivíduo digno da piedade alheia.

Desde o título, a autora faz referência ao substantivo “muiteza”, espécie de neologismo derivado da palavra “muita”, empregada no texto com valor de adjetivo. Com base nos conhecimentos referentes à ortografia da língua portuguesa, o que é correto afirmar a respeito da grafia de “muiteza”?
Alternativas
Ano: 2011 Banca: ULBRA Órgão: ULBRA Prova: ULBRA - 2011 - ULBRA - Vestibular - Primeiro Semestre |
Q1376720 Português
Assinale a única alternativa em que a palavra “para” está sendo usada como uma preposição e NÃO como conjunção adverbial.
Alternativas
Ano: 2011 Banca: UFAC Órgão: UFAC Prova: UFAC - 2011 - UFAC - Vestibular - PRIMEIRO DIA - CADERNO A |
Q1375636 Português
Leia os fragmentos a seguir, retirados da reportagem “Cientistas criam árvore artificial contra aquecimento global”, publicada no site da BBC, disponível em: http://www.bbc.co.uk/portuguese/ noticias/2009/07/090708arvoressinteticasebc.shtml.


    “Um grupo de cientistas da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos, anunciou ter criado árvores artificiais que podem ajudar no combate ao aquecimento global, já que absorvem CO2 da atmosfera quase mil vezes mais rapidamente do que árvores de verdade.
    [...] Embora alguns ambientalistas critiquem os métodos de enterrar dióxido de carbono, Lackner afirma que o uso de suas árvores daria ao mundo tempo para encontrar alternativas melhores, como, por exemplo, o desenvolvimento de energias ‘limpas’, que não produzem gases.
     [...] De acordo com Klaus Lackner, cada uma dessas árvores artificiais poderia absorver uma tonelada de dióxido de carbono por dia, tirando da atmosfera CO2 equivalente ao produzido por 20 carros.
    [...] ‘O mundo produz cerca de 70 milhões de carros por ano, quer dizer, a produção de unidades neste patamar é certamente possível e também existe espaço suficiente no mundo para instalar as máquinas,’ disse [...]” 
A oração “que podem ajudar no combate ao aquecimento global” deve ser classificada como:
Alternativas
Ano: 2018 Banca: FAG Órgão: FAG Prova: FAG - 2018 - FAG - Vestibular - Segundo Semestre |
Q1375412 Português
Texto 1


    [...] Cumpre-me, todavia, implorar perdão ao pobre Jeca.
    Eu ignorava que eras assim, meu caro Tatu, por motivo de doenças tremendas. Está provado que tens no sangue e nas tripas um jardim zoológico da pior espécie. É essa bicharia cruel que te faz papudo, feio,molenga, inerte.
    Tens culpa disso? Claro que não. Assim, é com piedade infinita que te encara hoje o ignorantão que outrora só via em ti mamparra e ruindade.
    Perdoa-me, pois, pobre opilado, e crê no que te digo ao ouvido: és tudo isso que eu disse, sem tirar uma vírgula, mas inda és a melhor coisa que há no país. Os outros, que falam francês, dançam o tango, pitam havanas e, senhores de tudo, te mantêm neste geena dolorosa, para que possam a seu salvo viver vida folgada à custa do teu penoso trabalho, esses, caro Jeca, têm na alma todas as verminoses que tu só tens no corpo.
    Doente por doente, antes como tu, doente só do corpo... [...]
LOBATO, Monteiro. Urupês. São Paulo: Monteiro Lobato & Cia. Editores, 1923.
Cumpre-me, todavia, implorar perdão ao pobre Jeca.” Substituindo a conjunção em destaque sem acarretar prejuízo ao texto, temos:
Alternativas
Respostas
341: B
342: A
343: B
344: D
345: B