De acordo com Thomas Hobbes, o contrato que dá origem ao Estado foi firmado pelos indivíduos entre
si e em benefício do Soberano, criado pelo referido documento, sendo essa forma do acordo uma das
razões que não permite que ele seja revogado, a não ser por consentimento do Soberano, que é o
beneficiário do pacto.
O estado de natureza hobbesiano é marcado pela desigualdade entre os indivíduos e pela ausência
de liberdade, o que leva à guerra de todos contra todos, gerando a insegurança permanente, o que
possibilita, consequentemente, os indivíduos a celebrar um pacto que cria o Estado.
O Estado moderno concentra em suas mãos o poder político, sendo que isso ocorreu porque o Estado
expropriou os instrumentos de dominação política — como o exército e outros meios de administração
— que pertenciam a indivíduos e grupos sociais.
Para Max Weber, no mundo ocidental moderno, o poder político distingue-se de outras formas de poder
pelo meio que lhe é específico para impor sua vontade — a coerção física — e apenas o detentor do
poder político pode usar, com legitimidade, a violência para resolver os conflitos sociais.
Para Max Weber, a ordem econômica pode ser compreendida através do mercado, pois é ele que regula
as desigualdades, e, através do acesso ou não acesso aos bens e serviços que circulam no mercado,
os indivíduos, na sociedade, têm mais ou menos poder político.