Max Weber considera que, para compreender a sociedade, é preciso pensá-la de forma ideal, constituída
por diferentes esferas ou ordenações, existindo uma ordem econômica, uma ordem social e uma ordem
política e, em cada uma delas há uma distribuição desigual de poder, sendo que, segundo ele, a classe
poderia ser explicada pela distribuição assimétrica de pessoas na ordem social.
Max Weber deu uma contribuição importante para a definição e o lugar que o Estado ocupa na sociedade
moderna, e, na sua "Sociologia da Dominação", explica que o Estado é uma relação social e uma
forma de dominação entre os homens, entretanto busca explicar que há motivações ou justificativas que
garantem a legitimidade da dominação pois apenas no Estado moderno haveria a aceitação, por parte
da sociedade, dos mecanismos de dominação.
Segundo Max Weber, classe é o conceito-chave para se entender a desigualdade econômica, pois são
as diferentes posições dos agrupamentos de indivíduos em relação ao acesso aos bens e serviços
no mercado que explicam as diferentes classificações de classes, sendo classe, também, todo grupo
humano que vive igual “situação de classe”, isto é, uma determinada posição no mercado.
Para Max Weber, a modernidade é um tipo de sociedade na qual a religião não é mais fundamento da
ordem social, ocorrendo um processo de secularização, em que as ações sociais e as relações sociais
são justificadas e legitimadas por critérios fundamentalmente racionais, em que a ciência se apresenta
como a forma da razão em substituição à explicação religiosa como sentido da vida, e essa extrema
racionalização da vida, essa confiança “desarrazoada” na razão ou no intelecto, leva a uma perda de
sentido e de liberdade, sendo esse um aspecto da crítica desse autor à modernidade.
A explicação weberiana sobre a modernidade tem nos conceitos de “racionalização”, “desencantamento
do mundo” e “secularização” sua base fundamental. A racionalização enquanto um processo de
"intelectualização crescente da vida", mesmo que diferenciada (entre o Oriente e o Ocidente, por
exemplo), explica o desencantamento do mundo como um processo de desprendimento da religião.