A solidariedade social, conforme definida por David Emile Durkheim, não é um fenômeno moral, por isso
pode constranger ou obrigar os indivíduos a agirem de uma determinada forma aceita pela sociedade,
mas, na condição de uma força moral, pode ser observada, e, assim, ser analisada como fato social.
Para David Emile Durkheim, a coerção social exercida pelos fatos sociais é constituída pelas crenças
e práticas sociais que se institucionalizam, isto é, se estabelecem, se fixam e impõem determinadas
maneiras de agir, e como a crença e o comportamento instituídos pela sociedade são chamados de
instituição, a Sociologia pode ser definida como a ciência das instituições, de sua formação e do seu
funcionamento.
Segundo David Emile Durkheim, os homens têm representações individuais e coletivas, além de uma
consciência individual e outra coletiva, de modo que, para buscar explicar como a sociedade se vê a
si mesma e o mundo à sua volta, é preciso combinar esses dois tipos de consciência, tomando como
referência os indivíduos.
O método proposto por David Emile Durkheim tem como um dos elementos fundamentais a afirmação
de que “os fenômenos sociais devem ser tratados como ‘coisas’ ”, isso porque a “atitude mental” do
pesquisador (sujeito do conhecimento) deve ser a de desvendar o que é ignorado ou desconhecido, já
que as representações sobre os fenômenos, formuladas sem método e sem crítica (as pré-noções), não
têm valor científico e o sociólogo, como qualquer cientista, precisa fazer “descobertas”.
Segundo David Emile Durkheim, o objeto de estudo da Sociologia são os fatos sociais, ou seja, aqueles
que têm por substrato a sociedade e não o indivíduo, e se constituem em maneiras de agir, de pensar
e de sentir, que são exteriores ao homem individualmente e que têm um poder de coerção sobre ele,
diferenciando-se dos fenômenos psicológicos.