Questões de Vestibular

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Ano: 2015 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2015 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q583195 Literatura
            — Pois, Grilo, agora realmente bem podemos dizer que o sr. D. Jacinto está firme.
              O Grilo arredou os óculos para a testa, e levantando para o ar os cinco dedos em curva como pétalas de uma tulipa:
            — Sua Excelência brotou!
            Profundo sempre o digno preto! Sim! Aquele ressequido galho da Cidade, plantado na Serra, pegara, chupara o húmus do torrão herdado, criara seiva, afundara raízes, engrossara de tronco, atirara ramos, rebentara em flores, forte, sereno, ditoso, benéfico, nobre, dando frutos, derramando sombra. E abrigados pela grande árvore, e por ela nutridos, cem casais* em redor o bendiziam. 

                                                                Eça de Queirós, A cidade e as serras.

*casal: pequena propriedade rústica; pequeno povoado
Tal como se encontra caracterizado no excerto, o destino alcançado pela personagem Jacinto contrasta de modo mais completo com a maneira pela qual culmina a trajetória de vida da personagem
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Ano: 2015 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2015 - USP - Vestibular - Primeira Fase |
Q583193 Literatura
Nesse livro, ousadamente, varriam-se de um golpe o sentimentalismo superficial, a fictícia unidade da pessoa humana, as frases piegas, o receio de chocar preconceitos, a concepção do predomínio do amor sobre todas as outras paixões; afirmava se a possibilidade de construir um grande livro sem recorrer à natureza, desdenhava se a cor local; surgiram afinal homens e mulheres, e não brasileiros (no sentido pitoresco) ou gaúchos, ou nortistas, e, finalmente, mas não menos importante, patenteava se a influência inglesa em lugar da francesa.


                           Lúcia Miguel-Pereira, História da Literatura Brasileira -
                                  Prosa de ficção - de 1870 a 1920. Adaptado.
O livro a que se refere a autora é
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Ano: 2011 Banca: VUNESP Órgão: UNESP Prova: VUNESP - 2011 - UNESP - Vestibular |
Q580967 Literatura
Tarsila do Amaral é uma das artistas que melhor traduziu o “espírito de brasilidade", como se pode observar no quadro Abaporu.


Partindo de seus conhecimentos sobre a década de 1920, analise as afirmações.
I. O quadro Abaporu, de 1928, inspirou o Manifesto Antropofágico, e os quadros de Tarsila serviram para divulgar o modernismo brasileiro.

II. As formas ousadas e cores de tons fortes e vibrantes usadas nos quadros de Tarsila traduziram o espírito de brasilidade.

III. Em 1929, a cafeicultura no Brasil, sobretudo a paulista, sofreu um forte abalo com a quebra da bolsa de Nova Iorque.

IV. A cultura cafeeira paulista, buscando as manchas de terras roxas, possibilitou a conservação do solo e a preservação das florestas, minimizando as ações antrópicas.

Estão corretas as afirmações


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Ano: 2014 Banca: FUVEST Órgão: USP Prova: FUVEST - 2014 - USP - Vestibular 1° fase - 2015 |
Q537830 Literatura

                                     O OPERÁRIO NO MAR


      Na rua passa um operário. Como vai firme! Não tem blusa. No conto, no drama, no discurso político, a dor do operário está na sua blusa azul, de pano grosso, nas mãos grossas, nos pés enormes, nos desconfortos enormes. Esse é um homem comum, apenas mais escuro que os outros, e com uma significação estranha no corpo, que carrega desígnios e segredos. Para onde vai ele, pisando assim tão firme? Não sei. A fábrica ficou lá atrás. Adiante é só o campo, com algumas árvores, o grande anúncio de gasolina americana e os fios, os fios, os fios. O operário não lhe sobra tempo de perceber que eles levam e trazem mensagens, que contam da Rússia, do Araguaia, dos Estados Unidos. Não ouve, na Câmara dos Deputados, o líder oposicionista vociferando. Caminha no campo e apenas repara que ali corre água, que mais adiante faz calor. Para onde vai o operário? Teria vergonha de chamá-lo meu irmão. Ele sabe que não é, nunca foi meu irmão, que não nos entenderemos nunca. E me despreza... Ou talvez seja eu próprio que me despreze a seus olhos. Tenho vergonha e vontade de encará-lo: uma fascinação quase me obriga a pular a janela, a cair em frente dele, sustar-lhe a marcha, pelo menos implorar-lhe que suste a marcha. Agora está caminhando no mar. Eu pensava que isso fosse privilégio de alguns santos e de navios. Mas não há nenhuma santidade no operário, e não vejo rodas nem hélices no seu corpo, aparentemente banal. Sinto que o mar se acovardou e deixou-o passar. Onde estão nossos exércitos que não impediram o milagre? Mas agora vejo que o operário está cansado e que se molhou, não muito, mas se molhou, e peixes escorrem de suas mãos. Vejo-o que se volta e me dirige um sorriso úmido. A palidez e confusão do seu rosto são a própria tarde que se decompõe. Daqui a um minuto será noite e estaremos irremediavelmente separados pelas circunstâncias atmosféricas, eu em terra firme, ele no meio do mar. Único e precário agente de ligação entre nós, seu sorriso cada vez mais frio atravessa as grandes massas líquidas, choca-se contra as formações salinas, as fortalezas da costa, as medusas, atravessa tudo e vem beijar-me o rosto, trazer-me uma esperança de compreensão. Sim, quem sabe se um dia o compreenderei?


                                                              Carlos Drummond de Andrade, Sentimento do mundo.

Embora o texto de Drummond e o romance Capitães da Areia, de Jorge Amado, assemelhem-se na sua especial atenção às classes populares, um trecho do texto que NÃO poderia, sem perda de coerência formal e ideológica, ser enunciado pelo narrador do livro de Jorge Amado é, sobretudo, o que está em:
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Ano: 2014 Banca: PUC - RS Órgão: PUC - RS Prova: PUC - RS - 2014 - PUC - RS - Vestibular - Primeiro Semestre 2º dia |
Q535778 Literatura

INSTRUÇÃO: Para responder à questão , leia o trecho de O cortiço, de Aluísio de Azevedo, e preencha as lacunas.


Bertoleza é que continuava na cepa torta, sempre a mesma crioula suja, sempre atrapalhada de serviço, sem domingo nem dia santo: essa, em nada, em nada absolutamente, participava das novas regalias do amigo: pelo contrário, à medida que ele galgava posição social, a desgraçada fazia-se mais e mais escrava e rasteira.


A personagem Bertoleza em O cortiço, de Aluísio de Azevedo, representa o fatalismo_________ que se presentifica em muitas obras _________, pautadas pela forte influência de escritores franceses como _________.

Alternativas
Respostas
336: C
337: C
338: B
339: D
340: A